|Capítulo 04|

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P.O.V Charlotte Stilinski

Stiles e eu entramos no hospital, cada um carregando seu próprio peso de preocupação. Ele disse que me esperaria na recepção enquanto eu ia para mais uma sessão de quimioterapia. Eu odiava essa rotina. Toda vez que passava por isso, não conseguia evitar contar os dias que me restavam. Era um tipo de matemática que ninguém deveria fazer.

Na sala de tratamento, a doutora Maggie sempre me recebia com um sorriso caloroso, mas eu sabia que ela também carregava uma carga emocional. Ela cuidava bem de mim, fazendo tudo ao seu alcance para tornar o processo o menos doloroso possível.

Após uma hora de exames de rotina e a aplicação da quimioterapia, percebi que algo parecia incomodar a Maggie. Havia um ligeiro franzir de testa, uma hesitação em sua voz que não pude ignorar. O ambiente, estava um pouco pesado, e Maggie continuava a trabalhar, mas aquele sinal de preocupação me deixava com o coração ainda mais apertado. Estava prestes a perguntar se algo estava errado, mas talvez eu não quisesse saber a resposta.

— Tia Maggie, tem algo de errado? — perguntei, desconfiada. A expressão dela mudou rapidamente para um sorriso, mas não era um sorriso genuíno.

— Tá tudo bem, querida. — ela mentiu. — Charlotte, como você tem se sentido esses dias? — perguntou, tentando manter a voz neutra.

— Normal. — murmurei, ignorando o fato de estar ouvindo ou sentindo coisas estranhas.

— Sem dor no coração? — ela perguntou, e neguei com a cabeça. A atenção de Maggie voltou para as folhas que estava segurando, como se estivesse analisando algo. — Por hoje é só isso. Continua tomando seus remédios e vitaminas.

— Tudo bem... — xoncordei, um pouco relutante. — Posso ver o tio?

— Claro, vai lá. — Ela respondeu, sorrindo de forma mais convincente desta vez.

Saí da sala e fui para outra ala do hospital. Bati na porta antes de entrar, encarando  tio Peter sentado na cadeira de rodas. Fechei a porta atrás de mim e caminhei até ele, sentando na cama ao lado. Apesar de ele não poder falar, eu gostava de conversar com ele. Era como se, de alguma forma, ele entendesse tudo que eu dizia. Enquanto balançava os pés, comecei a falar.

— Oi, tio Peter, como vai? — perguntei, sabendo que ele só poderia responder com um sorriso ou um gesto sutil. Mesmo assim, isso era o suficiente para mim.— Tio Peter, você não sabe o que aconteceu... Mas olha, é segredo, viu? Não conta para ninguém. — continuei, abaixando a voz como se estivesse compartilhando um grande mistério. Ele sorriu levemente, o que me encorajou a contar o que aconteceu na noite anterior.

Comecei a descrever tudo: como fomos até a floresta, os cervos correndo, a mordida, as sensações que estou sentindo, e como meu irmão, Scott e eu encontramos Derek Hale hoje cedo,
Enquanto eu falava, os olhos do tio Peter brilharam com interesse, como se estivesse seguindo cada detalhe do que eu dizia. Ele não podia falar, mas a expressão dele dizia muito. Era como se ele me incentivasse a continuar, a desabafar tudo o que estava guardado dentro de mim.

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐖𝐎𝐋𝐅 𝗧𝗪 𝗨𝗡𝗜𝗩𝗘𝗥𝗦𝗘Where stories live. Discover now