The way we met

Capítulo 8

- Você só pode estar brincando comigo, Niall - digo a ele no telefone, enquanto caminho para o estacionamento - Eu não acredito que você está num bar, você me prometeu que não iria mais beber. Quer saber... em casa a gente conversa. Se você estiver bêbado, haverá muitas consequências.

- Mas Na...

Desligo o celular, não dando chance para ele continuar.

Entro no meu carro, jogando a bolsa e meu celular no banco do carona.
Ele só pode estar de sacanagem comigo. Desde que reencontrou seu amiguinho de infância, o tal doutor Styles, que por sinal é  ele quem está cuidando da minha gravidez e pré-natal, sim, um homem, mas desde o fatídico reencontro eles não se desgrudam, mas hoje foi longe demais.

Nem percebo quando chego ao prédio ao qual estou morando com o Niall. Estaciono, pego minhas coisas, e algumas coisas que comprei na hora do almoço, coisas para o bebê, ursinhos lindos que vi em uma loja e me apaixonei, e não resisti em comprar.
Fui pelo elevador até o andar de número 26, o qual era o andar do nosso apartamento.
Coloco as coisas no quarto e vou para cozinha, tiro uma lasanha pequena do congelador, e coloco no forno microondas.
São 20 minutos, dá tempo de tomar um banho.

Deixo a água escorrer pelo meu corpo e tirar todo estresse da semana, só faz duas semanas desde que vim morar com o Niall, e desde que descobri sobre minha preciosidade.
Eu espero que seja menina. Ela irá ser linda. Se puxar ao Niall, terá olhos azuis e um cabelo lindo, e se for um menino, sedutor igual ao pai, aposto.

Desligo o chuveiro, me enrolo na toalha e vou para o quarto. Ainda bem que coloquei a lasanha no microondas, se não já tinha queimado. Visto uma roupa confortável, uma calça de moletom e uma camiseta do Niall do star wars (que por sinal fui eu que dei à ele), e vou para cozinha comer a minha lasanha, pois tem uma pessoa dentro de mim que está fazendo minha fome ser maior ainda.
Tiro a lasanha do forno microondas e a coloco em um prato, pego o garfo e a faca e um copo enorme de suco, e levo comigo até a sala. Prefiro comer e vendo alguma série na TV antes de pensar qual será a consequência do Niall.

23:40 e o Niall não chegou em casa; ele vai ter muito tempo pra pensar no sofá. Desisto de esperá-lo, me levanto do sofá e desligando a TV e as luzes e vou para o quarto. Não quero saber, a porta vai ficar trancada hoje, e não quero olhar pra cara dele. Tranco a porta e me deito, pego meu celular que estava esquecido em cima da cama. Sete chamadas perdidas do Niall, duas da minha mãe e uma do doutor Styles, que por sinal saiu pra beber com meu noivo, e tem muita cara de pau de ainda me  ligar. Bloqueio o celular e coloco na mesinha perto da cama, e me cubro. Não estou com sono, mas sei que se eu ficar quieta consigo sentir o  bebê. Não que ele vá chutar, mas sinto ele dentro de mim, um ser inofensivo, indefeso e que vai ser a maior preciosidade da minha vida.

Escuto a porta do apartamento abrir e junto meu nome ser chamado. Finalmente chegou. Olho pra o horário marcado no celular, uma e meia da manhã. Parabéns, hoje você se superou! Não respondo aos chamados do Niall, até que ouço ele tentar abrir a porta do quarto.

- Nath, por favor, abre - ele disse abafado pelo som da porta.

- Tem  um travesseiro, um cobertor e uma troca de roupa na sala... Amanhã quando você estiver sóbrio a gente conversa- digo a ele. Não vou abrir a porta. Ele chega a esse horário em casa, depois de sair de um bar e quer se deitar comigo e o bebê? Nem pensar!

-Nath eu não estou bêbado, eu juro. Eu nem bebi, só fui acompanhar meus amigos - se defende na maior cara de pau.

- Ah claro, Niall. Foi o que você disse semana passada, e chegou carregado pelo Styles. Tenha uma boa noite no sofá.- eu disse convencida de que hoje eu dormiria sozinha.

Escuto seus passos pelo resto da casa, indo de um lado para outro, alguns murmuros vindo dele, quais não pude entender, até que a sala fica silenciosa. Ele finalmente dormiu ou deitou. Acabo por deixar o cansaço vencer e pego no sono.

Acordo com algumas batidas na porta e demoro para reconhecer que é meu nome que está sendo dito atrás dela. Olho para o relógio do lado da minha cabeceira, 10:30 da manhã, finalmente me dei ao luxo de dormir até mais tarde. Foi tão bom!. As batidas na porta, junto com meu nome, continuam. Levanto-me indo em direção a ela e a abrindo, dando de cara com um Niall totalmente desarrumado, e com cara de quem passou a noite em claro.
Passo por ele sem falar uma palavra, quando ele me segura pelo braço.

-Nathalie, por favor, dá pra você parar com isso? Eu estou em casa.- ele diz como se fosse o inocente da história. Solto sua mão do meu braço.

- Não importa se você está em casa agora, ontem quando era pra você estar aqui, não estava, estava em um bar com o amiguinho de infância.- digo irritada e vou em direção ao banheiro. Escuto seus passos atrás de mim, ao entrar no banheiro, e tento fechar a porta antes dele, mas ele é mais rápido e entra no banheiro.

- Já chega, Nathalie. Eles são só meus amigos. Não é porque eu o reencontrei que eu esqueci de você ou do nosso filho- ele se aproxima colocando sua mão na minha cintura,  fazendo nossos corpos ficarem colados. Deus sabe como eu amo esse corpo.

Abri a boca para dizer algo, mas ele imediatamente me cala com um beijo. Fico sem reação, pois ainda estou brava, mas vou cedendo conforme a ausência que eu tenho dele vai me afetando. Ele começa a descer a mão pelo meu corpo, explorando cada parte como se nunca tivesse conhecido. Sua mão vai até a barra da sua camiseta a qual eu estou vestindo e a puxa para tirá-la, me deixando sem nada na parte de cima. Faço a mesma coisa com a sua.
Voltando a me beijar, sinto sua mão nas minhas pernas. E um simples clarão, me trouxe de volta ao mundo. O empurrei, não ia ser tão fácil perdoa-lo.

- Não - digo alto e claro e ele se assusta?- eu preciso de um banho...sozinha- falo antes que ele tente alguma coisa.

Ele apenas assente e sai do banheiro.

Não era só porque Niall estava em casa que ela deixaria aquilo de lado, ele precisava entender, que estava na hora de crescer e assumir as responsabilidades, uma delas estava em meu ventre. Passei a mão no local, e comecei a chora sentada no chão, não aguentava mais, eu sempre soube, que ele voltaria a ser o que era.

Enxuguei minhas lagrimas, e tirei a roupa que estava usando, e abri o chuveiro, precisava me livra de toda a emoção e pensar mais claramente, chorar não o faria mudar, Niall precisava mudar por outros motivos.

Após tomar meu banho me enxuguei com uma tolha e coloquei um roupão, para sair do banheiro. Abri a porta do banheiro, e Niall estava sentado na cama com as mão no rosto, ao notar minha presença ergue a cabeça para me encarar, apenas continue meu caminho até meu armário, para pegar uma roupa. Então sinto Niall atras de mim, e uma mão pousar em meu ombro, aquele toque arrepiou todo meu corpo. Até que ouvi sua voz, fraca falar.

- Nath, me desculpe por não ter estado ontem com você... eu juro que não bebi...

- Não importa Niall - o interrompi sentido uma raiva tomar conta de meu corpo, ainda sem encara-lo voltei a falar - Você precisa aprender quais são as suas prioridades Niall... quando eu aceitei voltar pra você, quando eu aceitei seu pedido, você me jurou que mudaria. E quer saber?- fiz uma pausa, me virando para olha-lo.- Você mudou, no inicio, mas após adquirir minha confiança novamente, você voltou ao que era antes. 

O encarava, com um pouco de receio, das palavras que acara de jogar em sua cara, mas sua resposta me surpreendeu.

- Eu sei Nath, eu errei, eu não devia ter aceitado da primeira vez que Harry me convidou, mas como não o via a muito tempo, achei que podia, e isso foi levando a outro, e a outra vez.- ele fez uma pausa e se aproximou quase colando nossos corpos.- Você é a pessoa mais importante da minha vida, vocês duas ou dois pode ser um menino.- ele riu do seu comentário, tirando um sorriso sem graça de mim, e continuo.- Eu amo você mais que tudo nessa vida. Eu faço e farei de tudo por você.

Aquelas palavras me cortaram, podia ser uma tola, mas conseguia sentir a verdade em suas palavras.
Niall se então me puxou colando nosso corpos, e aproximando seu rosto do meu, roçou seus lábios ao meu, e não me beixou ficou assim somente, curtindo o momento.

- Eu te amo, e amo mais esse pequenino dentro de você.- E então me beijou.