Capítulo 7: Coisa de Coelho

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10/05/2024: Gente, a situação do RS segue bastante complicada. Eu e minha família e amigos estamos seguros e ajudando no que podemos. A reconstrução da cidade vai ser massiva, e não quero nem imaginar as cenas tristes que vamos encontrar quando a água finalmente baixar. Quem não puder ajudar agora, por favor se lembre da gente daqui umas semanas ou meses, vamos estar precisando ainda. 

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Era segunda pela manhã e Katsuki tinha um milhão de tarefas para fazer, então decidiu chegar ao escritório super cedo. Depois da sessão mandatória de alívio de stress com Deku (que ainda estava dormindo, mas tudo bem pois falaria com ele na parte da tarde), ele sentiu que estava pronto para vencer qualquer planilha de excel ou apresentação que mandassem para ele.

Na hora do almoço ele foi falar com Deku mas ele estava em uma reunião, então ele teve que se contentar em sentar ao lado de Eijirou no refeitório.

- E aí, Bakubro, tudo bem?

Bakugou tentou analisar a expressão dele, mas o sorriso perpétuo que o lagarto tinha dificultava que ele deixasse escapar qualquer informação.

- Tu que me diz. Como foi a entrega da coleira? Eu vi o Denki hoje de manhã e ele não estava usando nada.

Kirishima riu e tentou desprezar aquele assunto como algo não importante.

- Ah, nada de novo sobre isso, vamos ver como as coisas vão. E como foi o seu final de semana?

Bakugou não era do tipo que levava aquele tipo de resposta vaga pra casa.

- Oe, cabeça de escama, eu não sou idiota. O que diabos aconteceu? Ele foi estúpido o suficiente pra recusar?!

- Não cara, ele só...

- Eu te disse que ele precisa de um adestramento urgente. Ele não tem família não? Um bando? Alguém que corrija os comportamentos e coloque senso na cabeça dele e-

- Não é isso, meu! Cala a boca!

Kirishima interrompeu ele num pequeno surto e Bakugou apenas deixou sua boca se fechar silenciosamente. Havia apenas uma outra pessoa na vida de Katsuki que tinha mandado ele calar a boca e sobrevivido (sua mãe). Mas ver seu amigo agindo assim tão fora do normal para ele fez alguma surgir dentro dele que não era a raiva que normalmente brotava.

- Okay, eu me excedi. Se você quiser falar sobre isso, pode vir no seu tempo...

Eijirou respirou fundo se desculpando e quando Katsuki voltou a comer em silêncio ele decidiu começar a falar.

- Denki aceitou a coleira que eu dei para ele. - ele falou baixinho - Mas ele também... gosta muito de trabalhar aqui. E eu entendo porque eu também gosto. O problema é que se ele começa a usar a coleira... como que ele vai seguir trabalhando aqui?

Bakugou engoliu a comida enquanto pensava. Ele não tinha avaliado a situação daquela maneira ainda. A mesma coisa aconteceria com Deku se ele algum dia aceitasse a coleira de alguém.

- Então é isso, é complicado. A gente ainda está conversando sobre isso, mas está tudo bem entre nós, só não decidimos o que fazer ainda. Desculpe por gritar com você, eu estou meio... estressado eu acho. Eu normalmente buscaria o Denki nessas horas mas... Depois de tudo que aconteceu no final de semana eu não quer dar a impressão de que estou monopolizando ele ou alguma coisa assim.

Katsuki concordou e imediatamente pensou que se o amigo precisava se aliviar do stress, Deku era a melhor opção que ele teria, mas ao mesmo tempo não queria sugerir. Algo dentro dele talvez quisesse monopolizar o coelhinho.

- Que pena que não deu tão certo quanto a gente esperava. Mas como você mesmo disse, está tudo bem entre vocês e é isso que importa, certo? Não é o fim do mundo.

Emprego de Estimação [BakuDeku]Where stories live. Discover now