Capítulo 13

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— Como assim não pode ir procurá-lo? — Adam perguntou ao homem mais velho que pegou o seu charuto enfrente ao seu computador.



— Ele matou dez dos seus homens e você não vai fazer nada? — O médico não suportava ver o enfermeiro dando chance a outro homem e principalmente Benjamin, o seu ego não aguentava perder alguém para ele.





— Ainda não, Adam! Você não tem outra coisa para fazer? — Andrew respondeu pegando no pendrive em frustração por não conseguir acessar ao conteúdo no pendrive.



— Quanto mais tempo o Raul passa ao lado daquele desgraçado menos chances eu tenho de conseguir fazê-lo meu — O médico disse fazendo o moreno passar a mão entre o cabelo em frustração com o comentário de Adam.




— A sua rivalidade amorosa não me interessa e se eu descobrir que deixou o Jones fugir, mato aquela bicha, percebeste? — Adam trincou o maxilar tentando controlar a enorme vontade de responder ao homem porém se manteve em silêncio.






Do outro lado, Benjamin tragava o cigarro enquanto escutava atentamente a sua chefe falando completamente alheio do jantar que tinha combinado com Raul.




— O Scott só precisa de mais alguns dias para conseguir acessar os arquivos que o nosso maravilhoso agente aqui decidiu que não era a hora certa para recuperá-los — Rose soltou entretadentes visivelmente tentando disfarçar a sua raiva evidente.




— Foi um deslize meu, não volta a acontecer — Falou inalando o fumo que desapareceu assim que soltou a fumaça pelo nariz e pegou a garrafa de uísque com gelo para tentar aliviar o clima tenso.



— É claro que não e o George vai estar com você para garantir que isso não aconteça — Disse apontando para o homem que endireitou os seus óculos e mostrou um sorriso falso.


O loiro olhou para o relógio no seu pulso que indicava as dez da noite e entrou em pânico quando lembrou do compromisso marcado com o enfermeiro.



— Preciso ir! — O loiro falou saindo do lugar as pressas deixando a sua chefe e o seu novo parceiro de missão que novamente endireitou os seus óculos antes de seguir Benjamin.






Do outro lado, Raul olhava para a comida fria que tinha preparado para o jantar que Benjamin havia prometido aparecer.


O homem retinto mostrou um sorriso fraco quando o Max, o seu pastor alemão lambeu a sua bochecha buscando por atenção do seu dono.

Trajando um calção confortável e uma camisola preta que engolia as suas mãos, abraçou as pernas tentando ver se conseguia cair no sono.


— Olha para mim, Max! Estou triste por um homem que poderia tirar a minha vida num piscar de olho, que lástima — Raul disse sincero.

— Agora entendo porque dizem que “a razão nem sempre vence o coração” — Falou afagando o pêlo preto do seu cão que se aninhou próximo a ele, o animal parecia e com razão já eram quase as onze da noite.

Suspirou profundamente quando se pegou pensando em tudo que estava acontecendo. O seu princípio de salvar vidas ia totalmente contra Benjamin, um assassino que provavelmente estava na sua vida por causa de uma missão ou alguma coisa do gênero e mesmo sabendo disso estava se deixando levar pelo seu coração.





Revirou os olhos quando a campainha começou a tocar, ele sabia exactamente quem estava do outro lado da porta por isso a ignorou mas não conseguiu aguentar quando o seu telefone também começou a tocar.


SOMBRA E LUZOnde as histórias ganham vida. Descobre agora