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19 Wuxian  Acordei na manhã seguinte com o vento soprando contra a barraca e Wangji aninhado em meus braços

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Wuxian

Acordei na manhã seguinte com o vento soprando contra a barraca e Wangji aninhado em meus braços. Uma dessas coisas era uma ocorrência natural na floresta. A outra, uma aberração selvagem da ordem natural das coisas.
Respirei o cheiro de mel do cabelo de Wangji e passei os dedos nos pelos de seu antebraço. Ele mexeu a bunda contra a minha virilha – ele estava me tentando ou apenas dormindo? Com ele, pode ser os dois. Meu corpo ronronava com Wangji em meus braços, sentindo seu peso e calor pressionado contra mim. Minha carne endurecida e minha mente tortuosa ameaçaram acordá-lo, mas eu me contive. Ele parecia em paz. Eu sabia como era raro um pai e um cara de trinta e poucos anos terem uma boa noite de sono.
A névoa do nascer do sol espreitava pela fresta da nossa barraca. Soltei meu corpo do dele e escapei da barraca, impressionado com o quão sonolento Wangji era.
Inspirei profundamente o ar fresco da manhã e ouvi a quietude ao meu redor. Ajudou a clarear minha cabeça, embora eu não quisesse que clareasse ainda. Eu queria viver na memória da noite passada um pouco mais antes de voltarmos ao mundo real.
Trotei pela trilha na floresta até o rio. Manchas de sol fresco se espalhavam na água. O gorgolejo suave de sua corrente escorria. Enquanto Sourwood era uma linda cidade pequena, meu coração estava na natureza.
Preparei-me para o frio ao entrar no rio, especialmente naquele ponto que fazia todos os caras estremecerem. O ponto onde a água atinge as joias da família. Afundei na água, fechei os olhos e escutei os sons da floresta.
— Como está a água?
Esse não era um deles.
Wangji farfalhou por entre as árvores até a margem do rio. Ele estava com o cabelo bagunçado, e eu praticamente podia sentir o cheiro do calor de sua camiseta que eu estava apenas abraçando.
— A água está ótima. Deveria entrar.
Pensei em ontem e em Wangji me encontrando aqui, em como ele estava adoravelmente desajeitado por me ver nu. E gostei. Eu gostava de vê-lo exausto e admito que fiquei meio duro com a ideia de ficar nu na frente dele.
— Está frio? — Ele perguntou.
— Sim.
— Você deveria me dizer que não está tão ruim assim.
— Opa. — Dei de ombros. Levantei-me na água, deixando a água do rio se acumular no fundo do meu estômago e os fracos resquícios de uma trilha feliz que costumava ter uma vez.
A maneira como os olhos de Wangji se deleitou em mim me deixou saber que ainda tinha jogo.
— Venha — chamei ele, acenando com a cabeça para dar ênfase.
Ele mergulhou um dedo do pé na água, em seguida, empurrou-o para trás.
— Você sabe que está frio. Basta entrar. — Fiquei tentado a puxá-lo para dentro.
— Certo. — Ele olhou para trás. — Vire.
— Seriamente? Depois da noite passada?
Ele balançou a cabeça e percebeu a falha em sua lógica. Ele tirou a camisa para revelar seu  largo peito e sua barriga.
— Não se apresse — eu disse. — Estou amando esse show.
Ele inclinou a cabeça para mim, mas diminuiu a velocidade. Ele deslizou os polegares sob a cintura e empurrou a calça e a cueca para o chão, revelando seu belo pau, que eu assisti endurecer em tempo real.
Girei meu dedo em um círculo, sinalizando para ele fazer o mesmo. Eu queria o valor do meu dinheiro neste strip-tease.
Wangji obedeceu, deixando-me ver seu pau, barriga e, em seguida, aquela bela bunda. A imagem de Wangji nu queimou em minha memória.
Lambi meus lábios? Talvez.
— Você não está entretido?
— Isso aí. Agora entre aqui. — Tive que rir de como eu soava. Kimber Ashton e os outros pais da escola teriam um ataque cardíaco. Para eles, eu era hetero e sem sexo. Aqui eu estava com tesão e me divertindo, e o que acontecia na mata ficava na mata. Esse foi o meu pensamento.
Wangji, totalmente nu, roçou o dedão do pé na superfície da água.
— Não temos muito tempo antes que os escoteiros acordem.
Ele disparou na água. Passei meus braços ao redor dele para aquecê-lo. Sua boca roçou meu ombro. Ele sabia o quão excitado ele me deixou?
— Droga — ele sussurrou-gritou. Ele respirou fundo e mergulhou. Ele pulou e respirou como se estivesse em uma aula de Lamaze.
— Você está bem? — Perguntei com uma risada.
— Chegando nisso. — Mas então, em alguns segundos, ele estava flutuando. Um grande sorriso no rosto. — Isso é legal. Eu deveria nadar pelado com mais frequência.
Wangji nadou ao meu redor, circulando-me como um predador provoca sua presa. Seu coroa subia para fora da água. Eu fiz o mesmo, nossas cabeças girando uma na outra. O céu nublado tornava a água escura, deixando o pensamento de seu corpo nu para a imaginação.
— Então, qual é a agenda para esta manhã? — Ele perguntou.
— Temos que limpar, fazer o café da manhã, carregar a van.
— Ugh, parece entediante. Como você se lembra de tudo isso?
— Força do hábito.
— Vamos apenas relaxar — ele nadou de costas, o peito e o pau saindo da água.
— Podemos relaxar, mas ainda temos coisas a fazer. — Eu não queria pensar nessas coisas. Eu queria viver neste momento. Wangji e eu e a natureza, o resto do mundo dormindo.
— Então você estava falando sério quando disse que não tinha estado com ninguém desde seu marido? — Wangji perguntou.
Balancei a cabeça com sim.
— Desculpe se eu estava um pouco enferrujado.
— Enferrujado não é a palavra que eu usaria.
— O que você usaria?
— Com fome.
Concordei. Minha luxúria era como um vulcão adormecido por muito tempo, e não por causas naturais, mas porque eu me forcei a isso.
— Você foi a primeira pessoa com quem estive em anos. Desde antes de adotar Yuan.
— Isso é muito tempo, quase uma década. — Nadei mais perto e esfreguei minhas mãos em seus ombros largos. Eu gostava que Wangji não fosse todo musculoso. Ele tinha peso para ele. O que eu não daria para tê-lo em cima de mim.
— Você e suas habilidades matemáticas. Espere um segundo. — Wangji passou os dedos no ar como se estivesse rabiscando a equação.
— Merda. Você tem razão. — Ele beijou meu pescoço e o calor percorreu o meu núcleo, atingindo aquele ponto da minha barba por fazer que formigava e fazia cócegas.
— Bem, você não esqueceu de nada — murmurei, a memória de suas mãos e boca no meu pau me deixando em chamas novamente. Seu toque era viciante. Um dedo em mim, e meu pau apontava para o norte. — Falando em esquecer as coisas, temos que ter certeza de varrer todas as migalhas remanescentes dos s’mores para que os animais não venham...
Ele me calou com um beijo.
— Pare de falar, Wuxian . Isso será feito. Tudo será feito. — Em seguida, outro beijo, o gosto de sua língua como um lar para mim. — Relaxe.
Nossos peitos se entrelaçaram e nossos mamilos colidiram, enviando inundações de desejo para minhas bolas doloridas. Como se não tivessem sido devidamente drenados ontem à noite.
Passei meus braços ao redor de Wangji e puxei-o para mais perto, seu pau cavando em minha perna.
— Deus, você é tão irritante, tentando me calar com um beijo — rosnei.
Eu o empurrei para trás até que ele estivesse contra uma rocha lisa desgastada pela erosão. Wangji jogou a cabeça para trás, com os olhos em chamas. Esfreguei meu nariz em sua pele e senti seu cheiro natural e o sabor defumado da floresta. Ele rosnou em meu ouvido enquanto nossos paus lutavam debaixo d’água. Wangji levantou a perna para descansar no meu quadril, deixando meu pau roçar contra seu buraco, me enviando para outro ataque de prazer. Estendi a mão sob a água e deixei meu dedo deslizar contra sua abertura. Wangji gritou de prazer contra meus lábios.
— Você tem um gosto tão bom. Você me aceita tão bem — eu disse.
— Nunca fui tão elogiado por não tomar banho.
Minha boca pairou sobre a dele enquanto meus dedos trabalhavam.
— Continue assim, vai me fazer gozar — disse ele, uma provocação.
— Promete? — Nossas línguas entrelaçadas em um calor faminto.
A promessa de explorar a bunda chegou a um fim abrupto quando ouvimos o barulho de folhas a distância e, alguns segundos depois. — Papai?
Essa era a maldição e o benefício das crianças. Eles só tinham um volume: alto. Neste caso, deu-nos a oportunidade de nos prepararmos.
— Merda — ele sussurrou.
Cobri sua boca com minha mão, o que foi muito sexy para nós dois, mas teríamos que deixar isso de lado.
— O que nós fazemos? — Ele sussurrou. Examinei a cena com a rapidez de um raio. Esse foi o benefício de ter uma carreira de várias décadas em operações: eu sabia como avaliar as situações rapidamente. Minhas roupas estavam do outro lado da pedra. As de Wangji estavam na entrada da clareira. Porque eu o fiz se despir para mim. Foda-se, isso era sexy.
Foco!
Os sons de pés batendo se aproximaram. Havia vários pés. Eles não estavam seguindo meu conselho anterior sobre ficar quieto ao caminhar na floresta para não levantar suspeitas sobre animais maiores e perturbar demais o ecossistema. Neste caso, novamente, outro benefício.
Mantive minha mão apertada sobre a boca de Wangji, resistindo ao calor de seus lábios  na palma da minha mão. — Vou sair de fininho e me vestir.
— Quanto a mim?
— Você apenas diz a eles que está nadando. Não queremos que eles vejam nós dois aqui, certo?
Antes que ele pudesse reclamar ou questionar, pulei para fora da água e me esgueirei para trás da pedra no momento em que os escoteiros emergiram das árvores.

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