23:46 PM
??? — England.— Que porra você quis dizer com isso? — rosnou o loiro, enfiando o rosto nas mãos. — Isso é suicídio, seu estúpido!
— Tem como calar a merda da boca e me ouvir? — rebateu Nikolai. — Eu contatei Price em segredo. Eles não vão saber.
Maxim deixou uma risada amarga escapar, olhando para Nikolai com uma expressão incrédula, negando qualquer coisa que o homem proferia com a cabeça.
— Isso é tanta burrice!! — Maxim agarrou os ombros do amigo. — Armar uma arapuca pro Alexey é a mesma coisa que cavar a porra da própria cova!
Nikolai franziu o cenho em silêncio, encarando o loiro com firmeza.
Maxim e Nikolai se conheceram assim que se alistaram; logo, foram se tornando mais próximos a cada dia, cada missão. Eram inseparáveis. Impossível falar de Nikolai sem falar sobre Maxim.
Mas algo o cheirava mal.
Maxim parecia ser protetor até demais em relação aos planos esquisitos de Alexey que eram pouco questionados por seus superiores, por mais duvidosos que fossem.
— Maxim... — começou.
— Nem me venha com esse tom, Nikolai — rosnou o loiro, apontando um dedo no peito do amigo. — Eu não tô do lado deles. Pode parar com a palhaçada.
— Disse o homem que só falta lamber a porra das botas de luxo do Prodígio — ironizou o moreno.
Com um grunhido, mãos rudes encontraram o colarinho da camisa social de Nikolai, segurando com firmeza.
— Tem como me ouvir por um maldito minuto, cacete?! — berrou Maxim.
— Fale assim comigo de novo e entenderá com quem está se metendo, príncipe — ameaçou em um sussurro enquanto o homem ainda segurava sua camiseta com força.
Com um engolir em seco, fazendo seu pomo de Adão subir e descer, Maxim deu um passo para trás e murmurou alguma barbaridade.
Ele não era mais confiável.
Não era mais quem Nikolai uma vez conhecera.
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15:15 PM
English Shooting International — London.O tenente teve que dar longas respiradas fundas e algumas tragadas em alguns cigarros para conseguir controlar a raiva que sentia.
O final de semana inteiro foi completo de pensamentos sobre como achar o sargento russo e como acabaria com a vidinha miserável dele. Pensou em coisas simples como um tiro ou estrangulamento, mas achou mortes muito tranquilas para um verme como ele.
— Sabe, a arma não vai sair correndo da sua mão, rapaz. — O sotaque escocês ressoou pelos seus ouvidos, fazendo o maior voltar a realidade. Ele encarou o amigo. — ... Você tá segurando com tanta força que parece que vai partir ao meio — apontou.
De fato, Ghost estava segurando a arma como se ela o tivesse ofendido de alguma forma. Com um grunhido, ele ajustou seu aperto na arma e disparou seis tiros contra o alvo, acertando todos seis no centro do alvo.
— Nossa, ainda bem que não sou seu inimigo — brincou Johnny com um sorrisinho nos lábios. Cruzou os braços sobre o peito e inclinou a cabeça em interesse. — Então, rapaz? Mais calmo?
— Nem um pouco. — Ghost jogou a arma em cima de uma superfície. Queria que o alvo fosse a cabeça de um certo russo. — Um clube de tiro foi uma boa escolha, de qualquer forma.
Johnny suspirou e mordeu o lábio inferior, como se pensasse em algo. Depois de alguns momentos, balançou a cabeça e pegou um rifle.
— Sabe — começou, se posicionando para disparar no alvo. —, Price pode cuidar disso mais do que ninguém. — Ficou em silêncio por um momento, antes de acertar um tiro preciso. — Ele conhece um pessoal em volta do Alexey. O desgraçado russo.
Ghost franziu o cenho, passando uma mão pelo cabelo curto e loiro sujo.
— Price... — murmurou. — Não muito surpreso, Johnny. O que mais.
O sargento olhou em volta, como se esperasse um cara da SWAT nascer da terra como uma maldita erva daninha. Voltando a atenção ao tenente, ele soltou um suspiro.
— Price conheçe a garota desde que ela era uma criança — diz, colocando o rifle na superfície. — Passaram praticamente a vida inteira juntos; isso incluí o primeiro namoro da filha de Price. Um russo que viera a Inglaterra com o único propósito de "mudar". — Balançou a cabeça. — Dizendo que estava a procura de condições melhores de vida, e achava a grande Inglaterra como um refúgio. Mas o porco nada mais era do que um espião. Sabendo que [Nome] fazia parte de uma força tarefa, ainda mais que constava Price, ele não perdeu tempo. — Johnny deu uma pausa, olhando para longe enquanto encostava as costas no stand. — Como consequência, um namoro abusivo com tentativas de assassinato, espancamento e... abuso sexual.
Ghost sentiu o almoço voltar até a garganta.
Porra, ele estava com tanta raiva que iria surtar a qualquer momento.
— Quando conseguiu tudo o que queria — voltou a falar, com receio. —, largou tudo para trás e sumiu. Ele aparecia, a ameaçava para voltar com ele e sumia. Era um ciclo doentio. Price então, conheceu Nikolai.
— ... Nikolai? — rosnou Ghost.
— Ah, não, rapaz. Não nosso Nikolai. Nikolai Asimov. Um sagento ou tenente russo. Não me lembro.
Acredito que seja muito difícil descrever o que se passava na cabeça do maior. Tanto ódio e nojo reprimidos que o estavam deixando maluco.
Ele grunhiu, apoiando os braços no stand com uma força que séria o bastante para partir aço ao meio.
— Ei, cara — sussurrou o sargento, colocando uma mão no ombro do amigo. — ... O melhor que pode fazer pela senhorita é apoiá-la. Ela precisa de você mais do que nunca.
Os olhos castanhos do tenente encontraram os verdes do sargento, que deu um pequeno sorriso, o reassegurando.
— Price sabe o que fazer. Está tudo bem. O cara não vai sair livre. E você vai ajudar! Eu prometo.
Ghost, agora, era um homem dividido. Aceitar o óbvio conforto do amigo ou simplesmente continuar com os pés no chão, se arrastando para uma vingança pouco planejada?
Decisão difícil.
Mas sempre escolheria o que faria a mulher feliz. Segura.
— Tá — rosnou. — ... Valeu, Johnny.
— Não há de quê, parceiro.
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༼˒🌑「- 𝐋𝐔𝐑𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐅𝐎𝐑 𝐋𝐎𝐕𝐄 - 」🥀˓༽ (𝐋𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 × 𝐆𝐡𝐨𝐬𝐭)
Fanfiction🌑 ──────⊹⊱✫⊰⊹────── 𝐆𝐡𝐨𝐬𝐭 não faz ideia do por quê, mas aquela mulher o chamava atenção. 𝐌𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐥𝐞́𝐦 da atração física, seu desejo pela mulher apenas crescia cada dia mais. [Nome], por outro lado, ainda precisa curar as feridas de s...