- Eu estou aqui pra te defender, S/n. Então eu preciso saber exatamente o que aconteceu. Mesmo que seja verdade ou então mentira.A garota olha par abaixo e depois suspira.
- Ele me atacou. Ele queria me matar porque eu sorri para outro homem, não namorávamos nem tínhamos nenhum contato. Uma vez na empresa ele caiu da escada e eu o ajudei e depois disso ele começou a me perseguir. Então eu não tive escolha.
- Você tentou falar com a polícia?
- Sim mas não adiantou de nada. Disseram que eu só estava estérica naquele momento e anularam minhas queixas.
- E foi aí que você pegou a faca e apunhalou no peito dele?
- Não. Depois disso, eu fui pra casa e ele me seguiu. Eu sentia a observação de longe, a obsessão dele estava me deixando exausta entao eu precisei dar um fim sozinha. Ele invadiu minha casa e tentou me matar. Mas eu fui criada entre seis homens narcisistas incluindo meu pai. Então eu o ataquei com uma pedra na cabeça. Ele se afastou de mim e eu corri pra cozinha. Peguei a faca e apunhalei sem pensar demais. Ele merecia morrer. Eu descobri que eu não era a única pessoa que ele atormentava.
- E depois dessa você deu mais 18 facadas no pau dele e nas coxas.
- Isso mesmo. Eu matei ele.
- Em legítima defesa.
- Exato. Mas quando a polícia chegou lá ignoraram minhas palavras e então estou sendo vista como a psicótica. Eu acho que a família dele apoia tudo aquilo. Ou querem evitar problemas. Estao me oferecendo dinheiro desde semana passada para que eu nao seguisse adiante com o caso no tribunal. Mas eu quero justiça! Não quero ficar parada vendo que ele pode fazer outras mulheres de vítimas. Quer dizer, ele morreu ainda bem.
Kugo anota algumas coisas no papel e abre um sorriso torto.
- Esse tribunal vai ser uma verdadeira guerra de sangue. Você contratou a melhor pessoa para te defender S/n.
Ela sorri erguendo a cabeça e estende a mão para Kugo. Ambos trocam apertos de mão bem firmes e ela geme sem querer.
- Muito apertado?
- Você é admirável Kugo. Desculpa gemer... Foi estranho.
- Como pretende me pagar?
- Como?
- S/n você é pobre. Trabalha numa empresinha de merda CLT, entras 06hrs e sai às 23 hrs. E ganha uma merreca de mil e vinte dois ienes.
- Bem... Xerecard pra você você funciona?
- Hm.. - ele analisa o corpo dela - Considerando que meu preço é de doze bilhões. Eu acho que vou aceitar. Você parece bem gostosa. Eu tô louco pra te comer.
- Ótimo! Vamos manter em segredo por favor.
- Como quiser.