Oceano | Capitão Nascimento - Por Agnes B.

Cap 8

Aviso: Capitulo com cenas + 18

Acordei com a luz do sol entrando pela janela, iluminando suavemente o quarto. O aroma de café fresco invadiu o ar, e eu sabia que Roberto já estava de pé, mantendo a rotina militar que o disciplinava. A lembrança da conversa sobre Rosane e Rafael ainda estava fresca na minha mente, mas hoje eu me sentia mais resoluta e segura em relação ao nosso relacionamento.

Levantei-me, vesti um roupão e segui o cheiro do café até a cozinha. Roberto estava de costas para mim, preparando o café da manhã. Eu me aproximei silenciosamente e passei os braços ao redor de sua cintura, sentindo a firmeza e o calor de seu corpo contra o meu.

- Bom dia, Capitão - sussurrei em seu ouvido, sentindo-o relaxar ao meu toque. Deixei um beijo em seu ombro.

- Bom dia, meu amor - ele respondeu, virando-se para me beijar. - Dormiu bem?

- Dormi. E você?

- Muito bem, graças a você - ele sorriu, entregando-me uma xícara de café.

Sentamos à mesa para tomar café juntos, aproveitando o momento de tranquilidade antes que o dia começasse a cobrar suas exigências. Conversamos sobre planos para o dia e ele mencionou novamente o campeonato de jiu-jitsu de Rafael.

- Eu gostaria que você fosse comigo - ele disse.

- Amor, eu não sei se consigo. Marquei de ir à casa dos meus pais daqui a pouco. Que horas será o campeonato?

Roberto pareceu um pouco desapontado, mas compreendeu.

- Às 16h... Mas se você não conseguir... está tudo bem, eu entendo. Vamos marcar outro dia para você conhecer o Rafael, então. Teremos tempo para isso.

- Teremos sim, amor. Desculpa mesmo por hoje, eu realmente preciso ir. Mas quero muito conhecer ele, prometo que vamos arranjar um tempo logo.

Ele sorriu e me beijou suavemente.

- Sem problema, meu amor. Vai lá, fica tranquila. A gente vai ter outras oportunidades.

Terminamos o café da manhã juntos, e depois de um tempo, eu me preparei para ir à casa dos meus pais. Roberto me acompanhou até a porta e me deu um abraço apertado.

- Diga aos seus pais que mandei um abraço.

- Com certeza. E boa sorte no campeonato do Rafael. Dê um abraço nele por mim.

- Vou dar, sim. Te adoro, Betina.

- Eu também te adoro, Roberto.

Com um último beijo, saí de casa, sentindo um misto de alívio e um pouco de culpa por não poder acompanhar Roberto. Enquanto dirigia até a casa dos meus pais, pensei sobre como nossa relação estava se aprofundando e como eu precisava encontrar um equilíbrio entre minha vida pessoal e esse novo amor.

O dia na casa dos meus pais foi agradável, mas eu não conseguia deixar de pensar em Roberto e Rafael. Meus pais notaram que eu estava um pouco distraída e perguntaram se estava tudo bem. Contei a eles um pouco sobre Roberto e seu filho, e eles ficaram animados em saber mais sobre ele.

- Parece que ele é um bom homem, Tina - minha mãe disse.

- Ele é, mãe. E eu realmente gosto dele. Acho que ele pode ser o cara certo para mim.

- Então, não deixe passar essa oportunidade. Se ele é importante para você, faça um esforço para estar presente na vida dele também. - ela suspirou e continuou - Sabe, filha, homem com filhos não é muito fácil, ele já teve uma vida... como é a relação dele com a mãe do menino?