Capítulo 11

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Dominic LeBlanc

"Seja por profecia ou não, terei o prazer de possuir você ..."


Não existe água gelada o suficiente que seja capaz de acalmar meus nervos...Nunca precisei resistir tanto e me controlar igual agora; minha vontade era de colocar Maitê de quatro em cima daquela bancada e fode-la até perder as forças, e só de pensar nisso meu corpo já esquenta de novo. Não posso ficar brincando com fogo, ou melhor, com a Maitê, uma hora não vou resistir e posso acabar estragando meus próprios planos.

Até poderia marcar com Emma para tentar me acalmar, mas sei que a única coisa que vai me acalmar de verdade está nesse momento lá embaixo , comendo a comida que eu fiz para ela -e quem diria que um dia iria cozinhar para uma mulher...-.

Saio do banho com uma toalha enrolada na minha cintura, e vou para o closet, quando estou prestes a entrar ouço Maitê falando alto.

- Pelo amor de Deus, Philippe. Me deixa em paz...- diz, e noto que está com a voz meio embargada. Chego mais perto da porta de entrada do meu quarto para tentar ouvir mais da conversa.

- Nós terminamos, não tem porque eu te comunicar onde estou e se estou com alguém...- diz, furiosa. E não resisto, desço as escadas e vejo Maitê de costas para mim, com o telefone na orelha e balançando a cabeça em um sinal negativo.

- Philippe, minha mãe não tem nada com...- ela tenta falar, mas é impedida por mim. Pego o telefone da mão dela, que me olha assustada, e levo o aparelho até o meu ouvido.

- Escuta aqui, Maitê...eu tenho direito de saber onde você tá. - o babaca do outro lado da linha grita.

- Não, você não tem direito nenhum com ela. - digo, e vejo Maitê vindo atrás de mim enquanto vou em direção ao sofá. Ela tenta pegar o aparelho de volta, mas eu não deixo.

- Quem tá falando? - o babaca questiona.

- Dominic LeBlanc...-digo, e olho no fundo dos olhos da Maitê e continuo. 

- Noivo da Maitê. - digo, e vejo Maitê me olhar com os olhos arregalados e logo depois com fúria. Ela tenta de novo pegar o telefone, mas é em vão.

- Mas isso não é da sua conta. Espero que essa seja a primeira e última vez que tenho o desprazer de falar com você, seu merda. Se ligar para ela, mandar mensagem, ou até mesmo se sequer pensar nela eu vou atrás de você, e juro que te mato. - digo, e desligo na cara dele. Aproveito que estou com o celular ainda nas minhas mãos e procuro o número do dele e imediatamente bloqueio.

Me viro e vejo Maitê encostada em uma das poltronas me encarando, e logo depois me olhando de cima a baixo; acho que ela só se deu conta que estou apenas de toalha agora, e tá vermelha igual uma pimenta -gostei-. Vou até ela para entregar o telefone, mas antes dela pegar continuo segurando o aparelho, chego perto dela o suficiente para que me olhasse nos olhos.

- Eu bloqueei o número dele, e espero que continue assim. Ok? - digo, e a vejo fechar a cara. Ela arranca o telefone da minha mão e me empurra, sai da frente dela e me viro para encará-la de frente.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FALAR ASSIM COMIGO? E PIOR, FALAR QUE É MEU NOIVO? - ela berra, e coloca as mãos na cintura -uma graça-. Continuo onde estou, e me apoio na poltrona.

- Sou exatamente o que eu disse que sou para ele. - digo, e dou um sorriso quando a vejo revirar os olhos e ficar de costas para mim.

- Você é um perturbado, isso sim. Vive me perseguindo e fazendo joguinhos comigo. Sabia que posso te processar por assédio moral, e até mesmo sexual? - diz, apontando o dedo na minha cara. Não resisto e faço questão de provocá-la mais um pouco, vou até a mesinha onde coloquei meu celular e o pego, procuro nos contatos o número do meu advogados, assim que acho envio para ela via mensagem. O celular dela apitou, ela olha para a tela e depois para mim.

Profecia da AlmaWhere stories live. Discover now