Capítulo 24~

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*** NÃO REVISADO ***

Eva

Algum tempo depois, ali sozinha e chorando, consigo me acalmar. Minha respiração volta ao normal.
Meu celular notifica com uma mensagem. É Tinna perguntando onde estou. Respondo-a e ela me manda outra avisando que está vindo. Enxugo meu rosto.

Após alguns minutos, Tinna surge. Ela senta-se ao meu lado no banco. No começo ela fica em silêncio, e apenas respeito o seu momento.

-Papai demitiu Manu. -olho para ela que encara qualquer coisa ao longe. -Meus pais consideram que Manu traiu a confiança deles.

-O que não é nenhuma mentira. -ela olha para mim agora.

-Mas eu quis ter relações com ele. Manu não me obrigou, quer dizer, somos adultos. -diz chateada.

-Você disse relações? -pergunto confusa.

-Sim Eva. -ela assente. -Não aconteceu somente uma noite, mas algumas noites. -ela pausa um pouco. -Estou grávida de um pouco mais de três meses.

Encaro sua barriga praticamente inexistente. Fico chocada com a informação. Como assim esses dois estavam dormindo juntos esse tempo todo? Sabiam mesmo disfarçar, mas o que mais me deixa com raiva é que Manu vive dizendo que me ama, estraga meu casamento, mas mantém algum tipo de relação com a minha melhor amiga.

-Eu nem sei o que dizer. -olho para ela ainda surpresa.

Tinna começa a rir e chorar ao mesmo tempo.

-Isso não é totalmente uma loucura? Eu sou apaixonada pelo homem que é apaixonado pela minha melhor amiga. -ela nega. -Eu achei que poderia faze-lo esquecer de você, mas pelo o que vi, somente consegui um bebê.

Não acredito que Tinna ficou com Manu para tentar conquista-lo, tenho vontade de brigar com ela, mas o estado em que ela se encontra agora, eu preciso me conter.

-Aí Tinna. -fecho os olhos por um momento.

-Você também vai me julgar?

Seu rosto em lágrimas me quebram.

-Claro que não. -puxo-a para meus braços. -Apesar de não concordar com o que fez. -ouço seus soluços. -Mas já aconteceu e agora temos que cuidar de um bebê.

Tinna se afasta um pouco e me olha.

-Amo você Evangeline.

-Também amo você Tinna.

Nos abraçamos novamente e começamos a chorar as duas, ambas por suas próprias ruínas. Não contei a Tinna sobre Manu ter vindo até aqui, melhor evitar falar sobre ele, Manu já tinha nos causado problemas demais.

Quando conseguimos no recompor entramos no prédio novamente. Mais tarde consegui ver e ficar um pouco com o senhor Heitor e fico mais do que feliz que ele não tenha me olhado com decepção ou tenha questionado sobre saber sobre Tinna e Manu. Fiquei com ele, para que a senhora Nora e Tinna fossem em casa tomar um banho e comer alguma coisa.

Cheguei em casa já a noite. Theo não havia chegado da empresa. Estava tudo quieto e em um silêncio. Isso me faz lembrar da solidão que encontrava todos os dias ao entrar no meu antigo apartamento.
Estava tudo bom demais para ser verdade, a minha vida estava começando a fluir, mas agora é como se estivesse regredindo.
Tomo um banho, me troco e desço para me forçar a comer alguma coisa e tomar algum comprimido. Minha cabeça estava a ponto de explodir de tanto que doía. -ouço a porta e então saio da cozinha em direção a sala.

Vejo Theo entrando. Ele tira o terno, a gravata e já vai subindo as escadas. Ele olha em minha direção, mas não pára, então o sigo.

-O senhor Heitor está bem melhor. -ele se quer olha para trás.

Vinhedo De Amor 🍇Onde histórias criam vida. Descubra agora