O Golpe Silencioso

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Na primeira noite de detenção, Sofia se dirigiu à sala de poções com o coração pesado, sabendo que enfrentaria um longo e desagradável encontro com Snape. Quando chegou à sala, já estava escuro lá fora, e o ambiente dentro da masmorra era frio e silencioso, exceto pelo som suave das chamas crepitando sob um caldeirão ao fundo.

Snape estava esperando por ela, já de pé ao lado de uma longa bancada coberta de ingredientes de poções. Seu olhar era severo, e ele nem mesmo esperou que Sofia se acomodasse antes de começar a falar.

Snape: Sofia, acredito que você tenha entendido que seus recentes comportamentos serão corrigidos com esta série de detenções. — seu tom é gélido — Sua tarefa esta noite será simples, mas meticulosa. Você vai limpar todos os caldeirões da sala... sem o uso de magia.

Sofia respirou fundo, tentando manter a calma. Ela sabia que Snape faria de tudo para tornar essa semana insuportável, mas ela não deixaria que ele visse o quanto isso a incomodava.

Sofia: Entendido, professor. — diz com um tom gélido

Sem dizer mais nada, ela se dirigiu aos caldeirões empilhados em uma prateleira ao fundo da sala. Eram muitos, alguns grandes e outros pequenos, todos encrustados com resíduos de poções anteriores. A tarefa parecia interminável, e Snape sabia disso.

Enquanto ela começava a esfregar o primeiro caldeirão, Snape circulava a sala, observando-a com um olhar avaliador. De vez em quando, ele parava ao lado dela, fazendo comentários mordazes.

Snape: Parece que até mesmo uma tarefa simples como essa pode ser um desafio para você, Sofia. Talvez se você concentrasse mais a sua energia nas suas responsabilidades ao invés de causar problemas, não estaria aqui agora.

Sofia cerrou os dentes, mas continuou trabalhando, deixando os comentários de Snape passarem. Cada caldeirão que ela limpava parecia se arrastar por uma eternidade, e o silêncio opressivo da sala só era quebrado pelas observações esporádicas e cortantes de Snape.

Após horas de trabalho, as mãos de Sofia estavam dormentes, e seus músculos, cansados. Mas, finalmente, o último caldeirão estava limpo. Ela levantou-se devagar, com as costas doendo, e olhou para Snape, esperando que ele a dispensasse.

Snape: Você pode ir agora, Diggory. — ele faz um gesto para a porta

Sofia acenou em silêncio, sem querer prolongar a conversa. Ela recolheu suas coisas e caminhou até a saída  da sala de poções, sentindo-se exausta e com os pensamentos tumultuados.

Antes que Sofia pudesse sair da sala de poções, Snape a chamou, sua voz cortando o silêncio da masmorra.

Snape: Espere, Sofia.

Ela parou na porta, sentindo o peso da exaustão em seus ombros, mas virou-se para encará-lo, mantendo sua expressão neutra.

Snape: Eu espero que você entenda que não se trata apenas de punição. — diz com os olhos fixos nela, em um tom baixo e enigmático — Suas ações têm consequências, e cabe a você decidir como deseja ser vista neste castelo.

Sofia franziu ligeiramente a testa, tentando ler além das palavras de Snape, mas ele não deu mais explicações. Havia algo em seu tom que sugeria mais do que a habitual frieza, uma espécie de advertência ou talvez até uma preocupação velada, mas que ele rapidamente escondeu.

Sofia: Eu entendi, professor. — diz, com um toque de desafio

Snape estreitou os olhos, como se tentasse discernir se ela estava sendo sincera ou sarcástica, mas apenas assentiu ligeiramente, dispensando-a com um gesto.

Snape: Muito bem. Agora, vá para seu quarto. Estarei esperando por você amanhã à mesma hora.

Sofia não respondeu, apenas acenou de leve antes de sair, fechando a porta suavemente atrás de si. Enquanto caminhava pelos corredores vazios de Hogwarts, as palavras de Snape ecoavam em sua mente, deixando-a inquieta. Havia mais por trás de seu comportamento severo, e ela estava determinada a descobrir o que era.

Garota Encrenca - Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora