Nos dias que se seguiram, Sofia e Snape começaram a se adaptar à nova rotina em sua casa. Era um período de transição, cheio de pequenos momentos de descoberta e convivência.
Na primeira manhã após aquele dia emocional, Snape acordou cedo, como de costume. Ele girou lentamente na cama, o colchão fazendo um leve estalo sob seus movimentos cuidadosos. Quando seu olhar encontrou Sofia adormecida ao seu lado, o contraste entre a serenidade dela e a agitação emocional da noite anterior parecia quase surreal. O rosto dela estava em paz, com os cabelos castanhos caindo em ondas desordenadas sobre o travesseiro e o peito dela subindo e descendo com a respiração tranquila.
Sentindo um impulso de ternura inesperada, Snape se aproximou com a máxima delicadeza, cada movimento calculado para evitar qualquer perturbação. Ele inclinou-se devagar até ficar bem próximo de Sofia. Com uma gentileza quase reverente, ele tocou o pescoço dela com os lábios, um beijo leve e quase etéreo.
Snape: Minha linda... — sussurra deixando vários beijos na área, sua voz carregada de um afeto profundo que contrastava com o seu habitual tom frio e distante
Sua mão deslizou com cuidado pela cintura de Sofia, os dedos tocando a pele com uma leveza quase etérea. Ele traçou um caminho gentil ao longo de sua cintura, sua carícia quase imperceptível. Sofia se mexeu ligeiramente, ajustando-se em resposta ao toque, mas permaneceu em profundo sono, respirando calmamente e sem acordar.
Snape se deteve por um momento, observando o perfil de Sofia com um olhar de proteção e cuidado. Ele sentia uma mistura complexa de emoções, uma combinação rara de afeição e vulnerabilidade, que ele raramente permitia a si mesmo sentir. A visão dela adormecida e tranquila parecia criar uma paz temporária que contrastava fortemente com a turbulência de suas interações diárias.
Com um suspiro silencioso, Snape se afastou com a máxima precaução. Levantou-se da cama, movendo-se com passos leves e silenciosos, de modo a não perturbar o sono de Sofia. Ele desceu as escadas com um leve rangido das tábuas, que se dissolvia no silêncio da casa. Na cozinha, começou a preparar o café da manhã, suas ações metódicas e cuidadosas refletindo o estado de calma interior que o momento com Sofia havia lhe proporcionado. O aroma do café fresco começou a preencher o ar, e enquanto Snape mexia nas panelas e utensílios, a sensação de proximidade e tranquilidade com Sofia persistia, proporcionando-lhe um raro momento de paz e contentamento.
O cheiro de café fresco e pão torrado permeava a casa enquanto Sofia descia as escadas, ainda meio sonolenta. Ao vê-la, Snape a recebeu com um olhar sereno e um leve sorriso, uma expressão rara, mas que Sofia estava começando a ver com mais frequência.
Snape: Bom dia, Bela Adormecida.. — brinca, servindo uma xícara de café para ela
Sofia: Bom dia.. — responde, sentindo-se grata pelo gesto — Eu ainda estou me acostumando a te ver assim tão... caseiro.
Snape deu um leve sorriso.
Snape: Há muitas coisas sobre mim que você ainda vai descobrir — comenta, repetindo o que já havia dito antes, com um toque enigmático na voz
Durante os dias seguintes, os dois se dedicaram à tarefa de organizar a casa. Snape passou bastante tempo no porão, montando seu laboratório de poções. Ele transformou o espaço em um ambiente funcional e ordenado, com estantes cheias de ingredientes raros, caldeirões de diferentes tamanhos, e um grande armário para armazenar suas poções finalizadas. O espaço tornou-se o seu refúgio, e Sofia o apelidou de "o covil do mestre de poções" em tom de brincadeira.
Certa tarde, enquanto Snape estava concentrado em uma poção complexa, Sofia entrou silenciosamente no laboratório. Ela o abraçou por trás, beijando seu rosto delicadamente.

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Garota Encrenca - Severus Snape
Fanfiction[ 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐮𝐦 ] Ela é a garota encrenca, já ele, o professor mais temido de Hogwarts. Sofia Diggory, uma aluna com longos cabelos castanhos escuros e um espírito rebelde, está prestes a entrar em seu último ano em Hogwarts. Conhecida por suas tr...