Pt.13

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Eu estava saindo e indo em direção a porta da saída do hospital, até que avisto aquela moça loira que estava na casa de Sebastian mais cedo. Ela estava tomando sangue e usando aparelhos respiratórios, seu estado parecia muito mal. Chego mais perto para verificar e vejo sua ficha médica, seu nome era Tânia e ela tinha 18 anos. Me aproximei dela para ver seu rosto e pude perceber a mesma marca de roxura em seu olho e desta vez parecia estar mais funda. Quando eu olho mais um pouco pra mesma, percebo que ela havia acordado

- Fuja, fuja o quanto antes - Tânia diz com a voz fraca - Ele vai acabar com você depois de prometer te amar. Fuja...

- Como assim? De quem você está falando? - pergunto segurando sua mão

- Sebatian... ele é um monstro. Ele me espancou várias vezes, fica longe dele. - ela diz alterada

Antes que eu pudesse reagir, uma médica aparece na porta perguntando sobre o estado de Tânia e quem eu era. Respondi que eu era uma conhecida, mas que eu já estava de saída. Antes deu sair, a médica me chamou e disse que o estado de Tânia era grave e que talvez ela não sobreviveria por conta dos ferimentos e seus orgãos internos que estavam destruídos.

- Meu Deus... que crueldade fizeram com ela? - pergunto com a mão na boca

- Ela foi encontrada por um homem na estrada, jogada no chão. Ela estava muito magra e bastante fraca, trouxemos ela pro hospital e ela parece estar em estado grave.

- Senhor tenha piedade da pessoa que fez isso com ela. Ninguém tem nem pistas de quem fez isso? - digo virando pra Tânia

- Desconfiamos que foi obra do assassino mascarado. Ela pode ter fugido e sobrevivido. Estamos esperando ela melhorar para dar depoimento para a polícia. Espero que peguem quem fez isso com ela. - ela se vira e sai

Fico sozinha com Tânia novamente. Pergunto pra mesma como que ocorreu tudo e ela logo começa a explicar.

- Eu tinha 15 anos quando fui morar na cidade De Forcks, eu estava com meus pais até que fui sequestrada e não lembrei de mais nada. Acordwu e vi Sebastian, meu sequestrador, ele me fazia sofrer todos os dias. Eu era estuprada várias vezes por ele em apenas um dia, eu sofria muito nas mãos dele. - ela chora

- E como veio parar aqui? - pergunto intrigada

- Ele se mudou pra cá depois que matou algumas pessoas da cidade onde ele me sequestrou. Eu pedi ajuda a ele algumas noites atrás, mas ele não quis me ouvir. Quando foi hoje pela manhã, eu fui a casa dele e ele me bateu e disse que iria "cuidar" de mim hoje a noite. Eu fugi, e por estar muito debilitada eu apaguei no meio da estrada. - diz em meio de choro

- Meu Deus, se você não tiver onde ficar me procura, eu vou te ajudar. Confia em mim. Ele nunca mais vai te machucar - aperto sua mao

Quando terminei de falar, Tânia deu um leve sorriso e seus olhos começaram a fechar, os aparelhos começaram a apitar informando que ela estava morrendo. Apertei várias vezes o botão de ajuda até que apareceram alguns médicos e pediram para me afastar. Fizeram massagem cardíaca, usaram o aparelho, mas nada há fazia acordar, infelizmente, Tânia se foi. Eu fiquei abalada mesmo não conhecendo ela, sua história era muito triste e fiquei muito mal pela sua morte.

- Não tem mais jeito, infelizmente ela se foi. Sinto muito - diz o médico - Que ela fique em paz.

Me retirei da sala com lágrimas nos olhos pois vi alguém que nem conhecia morrer na minha frente, e supostamente, seu assassino era Sebastian. Eu estava perplexa e eu estava com medo dele fazer o mesmo comigo ou com mais alguém. Saí rápido do hospital e peguei o primeiro ônibus que eu vi. Mesmo eu não tendo certeza que ele era o culpado, eu não conseguia esquecer as palavras de Tânia, ela parecia realmente assustada com tudo aquilo.

No ônibus, quando eu estava a caminho de casa, passei pela casa de Sebastian e vi que não havia ninguém nela. Puxei a parada e desci após a casa dele. Eu bate na porta mas ninguém atendeu, então entrei pelos fundos. Fiquei investigando a casa dele centímetro por centímetro procurando pistas sobre ele. Eu subi pro seu quarto e revistei todo seu guarda roupa, até que encontrei uma caixa que estava meio pesada. A abri e vi que tinham algumas identidades de mulheres e várias de Sebastian. Haviam cartas de amor escritas a mão, as letras eram românticas.

Quando eu resolvi me aprofundar na caixa, ouço passos vindo da escada e pude perceber que havia mais alguém na casa. Corri pra debaixo da cama e fiquei até que a porta abrisse. Quando abriu, pude perceber que era Sebastian e ele estava conversando com alguém no telefone.

- Eu sei cara. Não vou demorar muito aqui, preciso pegar aquela garota ainda hoje. - ele suspira e senta na cama - Ela foi ao hospital e conheceu Tânia, minha ex prostituta, agora que ela sabe de tudo não posso deixar que ela saia espalhando por aí que eu sou um assassino, mas se ela soubesse a verdade, estaria do meu lado.

Será que ele estava falando de mim? Não, deve ser loucura minha, ele não é capaz. Eu sei que não é.

Demorou alguns minutos o telefonema, aparentemente ele estava falando com seu amigo ou alguém próximo. Quando desligou o telefone, abriu a porta e saiu do quarto. Eu achei brecha pra sair de debaixo da cama. Abri a janela e pulei até o fundo do quintal, sai correndo até a rua e segui em frente. Cheguei em casa e peguei meu telefone e liguei pra Ália mas ela não estava atendendo. Depois de algumas tentativas, Ália atendeu, e eu comecei a explicar tudo à ela. Ficamos em ligação por horas até que Ália faz um convite para dormir em sua casa, pois na visão dela eu estava correndo perigo. Eu respondi que iria, mas primeiro ia fazer algumas tarefas.

Eu lavei algumas louças e arrumei meu quarto. Coloquei tudo que precisava numa bolsa e fui tomar um banho. Enquanto eu tomava banho, ouvi meu celular tocando sem parar, umas 3 ou 4 vezes. Terminei meu banho e fui ver quem era, e no mesmo instante o telefone começou a tocar novamente. Eu não reconhecia o número da tela então atendi, uma voz masculina e alterada respondeu-me

- Esqueça os 3 dias, você será minha hoje. Melhor não fazer gracinhas, eu sempre estou de olho em você, Kate. - o telefone desliga.

The masked killerWhere stories live. Discover now