MALE READER (Fanboy ver) [mas se você é garota/pessoa inclinada para o feminino, fique a vontade para ler também 😉]
Ei você 🫵🏻! Isso mesmo, você aí que vai ler minhas ilusões diárias! Se você é um Moa ou Stay (ou os dois porque eu também sou) sej...
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O som estridente do despertador cortou o silêncio do quarto, arrancando S/N do sono profundo. Ele piscou várias vezes, sentindo os olhos pesados enquanto tentava decifrar os números no visor. "Droga," murmurou ao perceber que estava atrasado. Em poucos minutos, já estava pulando para fora da cama, vestindo a primeira roupa que encontrou no armário e correndo para o banheiro.
Com a pressa, pegou a caixinha de lentes de contato e, sem perder tempo, tentou colocar uma delas. Era um ritual diário: as lentes de contato marrons eram uma espécie de armadura para ele, a maneira de esconder a diferença de cores entre seus olhos, algo que desde pequeno o fazia se sentir desconfortável. Ele até gostava de ter um olho castanho claro e outro azul, mas era o tipo de coisa que chamava atenção, algo que ele preferia evitar. Com as lentes, passava despercebido, e a vida na faculdade seguia tranquila.
Mas naquela manhã, a pressa cobrava seu preço. Com os olhos ainda meio sonolentos e as mãos apressadas, ele acabou deixando a primeira lente cair. A lente deslizou pelo dedo e, antes que ele pudesse reagir, escorregou direto para o ralo. Ele ficou imóvel, encarando a pia como se pudesse, de alguma forma, reverter o desastre.
— Só pode ser brincadeira. Merda. — murmurou, enquanto pensava freneticamente em uma solução. Procurou por outra lente na caixinha, mas já era sua última de reserva — Ótimo. — resmungou, se dando conta de que não tinha saída: teria que ir para a faculdade com os olhos desiguais —
A caminho da aula, cada passo parecia pesado. S/N sentia a presença das cores distintas em seu rosto como se fossem um farol. E para piorar, sabia que naquele dia teriam uma atividade em grupo, o tipo de trabalho que exigia interação constante e, claro, muitos olhares cruzados.
Ele chegou à sala tentando manter a cabeça baixa, rezando para que ninguém reparasse. A professora, sempre pontual, já estava à frente da turma, organizando os grupos para a atividade prática do dia.
— Bom dia, turma! Hoje vamos começar a primeira etapa do projeto de criação de uma coleção colaborativa. Vamos explorar a composição visual e a criação de peças conceituais em dupla. E, como alguns de vocês sabem, essa fase exige um contato constante com o parceiro.
Os olhos de S/N se arregalaram. "Duplas" era a palavra que ele menos queria ouvir naquele momento. Ele espiou os outros alunos em busca de rostos familiares, mas o pior aconteceu quando a professora o chamou pelo nome.
— S/N, você vai trabalhar com Hyunjin.
Hyunjin estava ali, um pouco mais à frente, e se virou para ele com aquele sorriso casual de sempre, como se estivesse genuinamente contente com a parceria. S/N se obrigou a responder com um aceno de cabeça, tentando ignorar o nervosismo crescente. Hyunjin, afinal, era um dos alunos mais populares do curso, alguém com quem S/N trocava algumas palavras, mas mantinha uma certa distância, até porque nunca sabia ao certo como agir perto dele.
Assim que se aproximou, S/N tentou disfarçar o desconforto, focando em tirar seu caderno e os materiais da mochila. Hyunjin se sentou ao seu lado, ocupando o espaço com um sorriso despreocupado.
