Capítulo 9

7K 793 11
                                    

Minha consciência gritava em conflito. Continuar com essas deliciosas carícias ou mandá-lo parar?

Ele percebe minha hesitação e sorri.

- Não me olhe desse jeito Lúcia...

Engulo em seco. – De que jeito?

- Como se estivesse com medo.

ERA TÃO ÓBVIO ASSIM??

- Eu... Eu não estou com medo... – MENTIIIRAAA.

Ele ri. – Assustada então?

- Um pouco... – confesso.

- Não vou te forçar a nada Lúcia...

- Eu sei que não... Mas fico meio receosa por... – olho para porta.

- Meus pais?

Aceno com a cabeça. Ele me beija uma última vez. – Eles não são idiotas ao ponto de não saberem o que estamos fazendo aqui.

- Uh... – fico vermelha.

- Se não se sente bem, não precisamos ir adiante. Ok?

Não o encaro. Vergonha me definia.

- Quer sorvete?

Essa pergunta tão idiota em um momento tão tenso me faz rir.

- Sim, eu quero.

[...]

- Gostou da noite?

O carro já estava parado em frente de casa. Estava bem tarde. Depois de comer duas taças de sorvete de creme com muita calda de chocolate, pensamos em assistir algum filme.

Era uma comédia e ri um pouco, mas ainda estava com a mente focada no desastre que foi no quarto dele.

- Sim... – sorrio. – Obrigada. Seus pais são incríveis.

- E o filho deles? – ele faz um sorriso encantador.

- O filho deles? – finjo estar perdida. – Eu não me lembro. Mas me disseram que ele era um perfeito mala sem alça...

- Verdade? – ele levanta uma sobrancelha.

- Não... – sorrio. – Ele é mais incrível. Uma pessoa que gosto muito e que admiro.

Ele começa a sorrir e me lanço sobre ele, o beijando.

Ele se assusta, mas logo corresponde.

Interrompo o beijo por um instante. Espero ele focar em meu rosto.

- Está bravo comigo ainda? – pergunto insegura.

- Claro que não... As vezes escuto ser comparado com uma ma...

- não... Não é por isso. É por hoje mais cedo. No seu quarto...

Ele reflete com uma das sobrancelhas erguidas e com a testa franzida.

- Não... Sou paciente. Se você não estava no clima, vou respeitar isso.

Respiro fundo.

- Ainda acho que fui uma completa estúpida.

Ele ri.

- Ei... Não fique pensando nisso. Já foi.

- Ok... Obrigada pela noite novamente.

- De nada...

Ele me puxa para mais um beijo antes de eu sair do carro.

Fico remoendo todo o trajeto até meu quarto e até mesmo depois de deitada.

Sinto um negócio martelando minha cabeça.

Será arrependimento?


Namorado AlugadoWhere stories live. Discover now