Capítulo 5.

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Depois de cambalear para fora da cama, troquei de roupa em tempo recorde, eu estava esgotada, passar o dia todo falando de flores e pesquisando sobre elas me deixou cansada, Miguel me fez querer somente minha cama, mas eu sabia que meu amigo precisava de mim então saí correndo para a casa dele, passei pelo espelho do corredor e vi que a combinação da minha roupa não tinha ficado boa, na verdade estava péssima, vestido azul com uma bolsa laranja que Leo tinha me dado e para completar uma sandália que eu não sabia identificar a cor, mas não me importei, eu precisava chegar o mais rápido possível para ajudar Farofa e outra, ninguém pagava minhas contas, eu poderia vestir o que eu quisesse.

Fui dirigindo, iria ser mais rápido, cheguei na casa do meu amigo em tempo recorde, senão fossem pelos radares de velocidade eu teria chegado mais rápido ainda. Aprendi que dirigir rápido era a melhor coisa desse mundo, dava uma liberdade incrível.

Assim que Farofa abriu a porta do apartamento vi sua cara, ele estava realmente desesperado.

"O que houve, Farofa?"

"Ela... Eu... Nós... Eu não sei, Duda..." Meu Deus, o homem estava com problemas na fala, deveria ser bem sério mesmo.

"Calma, venha." O puxei pela mão e sentamos no sofá, ele não parava de passar a mão no cabelo, aquilo estava me dando nos nervos, mas não reclamei. "Alguém morreu?" Foi a minha primeira tentativa de tentar entender, ele negou com a cabeça. "Vocês vão se separar?"

"Não! Deus me livre!" Graças a Deus ele recuperou a fala.

Tudo bem, fiquei aliviada, eu não saberia conviver com os dois no escritório se eles decidissem se separar, seria horrível, para dizer o mínimo.

"Então o quê? Você vai me matar de curiosidade aqui."

"Ela está grávida, Duda, eu vou ser pai."

Soltei um grito, não sabia se era de felicidade ou de espanto, acho que dos dois ao mesmo tempo.

"Isso é ótimo! Não é?" Ele não respondeu, droga, já fazia quase dois anos que eles estavam casados, deveriam estar treinando para isso, pelo menos eu imaginei. "Cadê a Ju?"

"No banheiro, ela fez alguns testes, mas eu acho que surtei um pouco quando vi todos aqueles testes positivos."

"Surtou um pouco? São quase uma da manhã, Farofa, você surtou geral."

"Obrigado pelo apoio" ele disse sarcasticamente.

"Olha, eu não sou a melhor pessoa do mundo para isso, mas eu cuido da Ger, ela é uma filha pra mim, não deve ter tããão diferente assim."

"Você está comparando meu filho com sua cachorra?"

Pensei um pouco e respondi.

"Estou. Você sabia que ela chora quando está com fome e quando quer ir passear pra fazer as necessidades? Os bebês são assim também, oras."

"Ai meu Deus, onde eu fui amarrar meu burro!"

Fiquei em silêncio, não sabia o que dizer, mas o que ele queria? Eu não era mãe, nem grávida eu estava e nem pretendia estar tão cedo, a Ger era o mais próximo que eu tinha da experiência materna.

"Olha, eu estava pensando, talvez você devesse ir ficar com a Ju" falei depois de um tempo.

"Sim, você está certa."

"Só não surta, tudo bem?" falei sorrindo para ele que teve a cara de pau de me mostrar o dedo do meio.

Descarado.

Ele demorou tanto a voltar que cochilei no sofá, eu estava morta, cheguei a sonhar com flores, de todos os tipos, cores e tamanhos, despertei assustada, aquilo estava me assombrando, tinha que pedir ajuda.

Amor Real 2 - O grande diaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang