Capítulo 6.

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Meu bom Jesus, que cheiro horroroso, parecia que o fedor de Ger tinha grudado em mim, mesmo ela não estando comigo dentro do avião eu podia sentir e o pior, os outros passageiros podiam sentir também. A Ger me pagava por isso, estavam achando que eu era a fedida da história.

Assim que o avião pousou no Rio de Janeiro, saí praticamente correndo quando as portas se abriram, como não tinha bagagem passei rapidamente pela sala de desembarque e encontrei Leo me esperando com um sorriso lindo. Me aproximei, mas assim que lhe dei um beijo ele fez uma cara estranha.

"O que foi?" perguntei.

"Me diga que esse cheiro não está vindo de você" ele falou e eu dei um tapa em seu braço.

"Lógico que não, você não sabe o que aconteceu." Contei para ele o ocorrido com a torneira do meu banheiro.

"Isso é sério?"

"Claro que sim, minha imaginação é fértil, mas nem tanto né? Podemos ir agora? As pessoas estão olhando pra mim achando que eu estou fedendo."

"Mas você está fedendo, Duda, não queria dizer, mas está."

"Ai que cretino, vamos logo pegar a Ger, ela deve estar esperando, aquela cachorra fedida!"

Ele riu e fomos pegá-la, o cheiro dela estava ainda pior que o meu. Coitada da cachorra. Leo olhou nós, riu e depois simplesmente me entregou a caixa onde ela estava, pegou minha bolsa e caminhou na minha frente.

"Leonardo Dias, não me deixe para trás com essa cachorrinha fedida." Andei batendo o pé segurando uma caixa que fedia a lixeira.

Saí do aeroporto o mais rápido possível, as pessoas me lançavam olhares estranhos, tinha até medo e Leo nem para me acudir.

Assim que chegamos ao carro travei a casinha no sinto de segurança no banco de trás, Leo abriu todas as janelas.

"Como você é dramático, Leo" falei enquanto colocava meu cinto.

"Não quero que esse cheiro fique no meu carro."

"Acho que não vai ter jeito, meu amor, e pare de drama, é apenas cheiro de cachorro molhado" disse dando de ombros.

"Cheiro de cachorro molhado que estava se esbaldando em uma lixeira, isso sim." Tudo bem, ele tinha razão, eu não fazia ideia do que a Ger tinha aprontado dentro do meu banheiro, eu estava com tanta pressa para não me atrasar que apenas desliguei o registro da água e tentei secá-la da melhor maneira possível, uma missão que obviamente eu não consegui completar, bastava chegar perto dela e sentir o cheiro para concluir isso.

"Vou ligar pro Farofa" falei e saquei meu celular de dentro da bolsa.

"Para quê?"

"Se a Ger está fedendo desse jeito, tenho medo de como está meu apartamento, pior, o meu banheiro." Dei um sorriso e ele não se segurou me acompanhando na risada.

Depois de passar o trajeto todo do aeroporto até o apartamento do Leo praticamente implorando para que meu amigo fosse limpar o meu apartamento, ele finalmente topou, claro não sem antes me informar que cobraria esse favor.

Homens, a preguiça vem no sangue.

"Amor, por favor, vocês precisam de um banho" Leo falou mantendo a distância dentro do elevador.

"Você está com nojo de mim?" perguntei chocada.

"Não, mas vocês estão fedendo e não é pouco" ele me disse sorrindo.

"Você me paga, Leo."

Não dei tempo de ele falar mais nada, peguei a chave da mão dele, abri a porta do apartamento e fui em direção ao banheiro com a Ger, ainda na caixa. A deixei lá e voltei para despensa, Leo guardava os produtos dela lá.

Amor Real 2 - O grande diaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang