ARTHUR

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Estava de olho em Rebeca e vi o momento em que ela se afastou de Paula e foi ao banheiro, não me importei pois sei que não é nada de mais. Já fazia um bom tempo que só estávamos eu e Rodrigo sozinhos na mesa bebendo, quando avistamos uma Paula meio desesperada vindo em nossa direção. Meu coração já ficou aflito, e logo meus pensamentos foram voltados para Rebeca.

- Arthur, não acho Rebeca em lugar algum! E já faz um bom tempo que ela se afastou. - falou ela preocupada.

- Acalme-se Paula, faz quanto tempo que ela disse que iria no banheiro e não voltou? - perguntei mais desesperado ainda, mas não demostrando nada.

- Não sei Arthur, já aparenta fazer uns 15 minutos. Ai meu Deus do céu! - sim ela já estava quase roendo suas unhas, quando Rodrigo levantou-se a abraçou e a colocou sentada.

Quando eu ia me levantar para ir atrás de Rebeca, recebi um sms de um número desconhecido.

"Procurando alguém amorzinho? Acho bom ser rápido, acho que você não irá querer perder alguém importante não acha? Hahaha."

Sabia bem quem era, e eu literalmente estava quase matando alguém. Não acredito que Juliana foi tão baixa a ponto de tentar algo contra Rebeca para me atingir. Mas ela não conseguiria fazer isso sozinha, tinha mais alguém envolvido e eu, irei descobrir.

Contei a situação para Rodrigo e Paula, e eles ficaram junto a mim eufóricos. Paula estava chorando, e Rodrigo tentava consolá-la de qualquer forma. Fomos para o lado de fora, e assim liguei para o número do sms, chamou 2 vezes e eu pude ouvir aquela voz que eu não queria ouvir nunca mais em minha vida.

- Até que você foi rápido docinho! Perdeu alguma coisa? Venha buscar!!! - disse ela com muita raiva na voz, dando uma risada sarcástica.

- Juliana, não faça nada contra Rebeca! Ela não tem nada a ver com isso. O que você quer sou eu, e ela não tem culpa de nada. - disse tentando reverter a situação.

- Meu amor, nada do que você disser, vai me fazer ter menos raiva dela. Mas enfim, se quiser salvar o seu "amor" terá que fazer isso sozinho. E ai de você se envolver polícia ou seus seguranças no meio. Se vir mais alguém junto, pode se preparar para perder o que há que mais precioso para você!

- Tabom Juliana, agora me fale onde vocês então pelo amor de Deus!

Ela então me passou o endereço e eu anotei. Ficava em um bairro bem afastado na cidade, eles estavam em um galpão em um lugar que não haviam casas por perto. A raiva estava me consumindo, e naquele momento meu único pensamento era em matar Juliana e quem mais estivesse envolvido neste assunto. Agora que estava tudo bem, por que isso? Estava bom de mais para ser verdade todo esse silêncio de Juliana. Falei para Rodrigo ficar em alerta e levar Paula para casa. Disse para ele permanecer todo o tempo ao lado dela, pois ela também poderia estar correndo perigo.

Peguei meu carro e parti rumo ao endereço que aquela mulher passou. Fui tão rápido que nem sinalizações respeitei. Estava com sede de vingança, queria acabar com tudo isso de uma vez, queria ter Rebeca novamente em meus braços e protegê-la ainda mais. Eu sinto que não fui o suficiente, sinto que não estava a protegendo como eu deveria, nesse momento, queria me matar por ter a feito correr perigo. Estava com um pressentimento ruim, e estava com medo de o que poderia acontecer quando eu chegasse lá, não queria nem pensar no fato de Juliana tentar... Não gosto nem de pensar, não me perdoaria se acontecesse algo com Rebeca. Já não basta aquele acidente que eu perdi meu filho. Não quero perder mais uma coisa importante para mim.

Cheguei ao local indicado e parei em frente ao galpão que aparenta ser o que Juliana descreveu. Vi que havia um carro parado na frente, e então resolvi entrar. Se eu estava com medo? Sim eu estava, mas estava fazendo isso por minha mulher!
Eu já havia vindo preparado, carrego sempre uma arma junto a mim, nunca sei quando precisarei usar, todo cuidado é pouco. Coloquei ela em minha cintura e me aproximei da enorme porta daquele lugar. Abri bem de vagar e percebi que o lugar estava todo escuro e quieto. Quando entrei, somente uma luz se acendeu, e eu pude ver Rebeca sentada em uma cadeira, toda amarrada, e chorando desesperadamente, tentando gritar meu nome, mas o pano em sua boca a impedia.

- Ora ora, olha quem chegou. Pronto pra assistir o showzinho Arthur? - disse Juliana indo em direção de Rebeca. Somente ouvia sua voz, e o barulho de seus saltos batendo no chão.

- Juliana, solte-a, deixe-a em paz, por favor. - disse tentando fazê-la mudar de ideia, mas percebi que foi em vão.

- Deixe de ser tolo Arthur. Acha mesmo que aceitaria o seu pedido? - disse mudando a voz. - me polpe né meu querido, isso daqui não vale nada. - disse e deu um tapa na cara de Rebeca. Rebeca tentou gritar, e chorou ainda mais. Foi então que tirei minha arma da cintura e apontei para Juliana.

- Acha que estou com medo? Atire, mas a sua menininha também não sairá viva na história. - nesse momento olhei para o lado e vi quem eu menos esperava encontrar. Não podia ser. Lá estava ele apontando uma arma para a cabeça de Rebeca, e uma para minha. Diego!

- Você ? Eu sabia esse tempo todo que você não prestava, seu filho da puta. - disse andando em direção a ele ainda com a arma apontada. Foi quando ele disparou um tiro para cima, mais ainda em direção de Rebeca me fazendo parar.

- Se aproxima, e sua preciosa morre. - disse ele friamente.

Foi quando vi, Juliana se abaixou em frente Rebeca e começou a falar algo que não consegui entender. Foi tudo muito rápido e vi quando Rebeca chutou a cara de Juliana, fazendo a mesma cair para trás. Enquanto Diego estava distraído olhando para as duas que ainda estavam brigando, pulei em cima dele em um só impulso e consegui tirar as armas de suas mãos. Estava dando vários socos em sua cara, e estava batendo muito nele. Vi quando Rebeca conseguiu desacordar Juliana somente com o pé. Essa é minha mulher!
Continuei batendo em Diego e vi que ele já havia ficado desacordado. Fui então até Rebeca a desamarrei, e a abracei, lhe dei um beijo e disse para sair dali o mais rápido possível. Antes de tudo, amarramos Juliana para ela não fugir e esperar a polícia chegar.

- Rebeca, eu cuido do Diego, pegue meu carro e saia daqui por favor, eu vou ficar bem.

- Não Arthur, eu não vou te deixar, por favor.

- Rebeca, vá ! Agora ! - disse com um tom autoritário, e quando ela se levantou para ir, e já estava saindo ouvi um disparo. Cai de joelhos no chão e pude ouvir o grito de Rebeca vindo da porta. Foi tudo muito rápido quando Rebeca pegou a arma que estava perto e atirou na cabeça de Diego o fazendo cair no chão. Depois disso, só vi o reflexo de Rebeca me pegando nos braços, e chorando em cima de meu corpo. Depois disso, ficou tudo escuro e já não vi mais nada...


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Estamos quase lá amores!!!!!

E agora em? O que será que vai acontecer? Ansiosos?

Comentem o que estão achando. Beijos e até o próximo.

Doce desejoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora