REBECA

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Quando vi aquela mulher no banheiro, não acreditei. Eu não queria a encontrar nunca mais em minha vida, e bem em um dia de diversão ela aparece para atazanar minha vida.

- Ora, ora. Você por aqui Rebeca? Que surpresa agradável querida! - disse ela vindo em minha direção mexendo em seus cabelos.

- Só se for para você! O que você quer Juliana? - perguntei já com raiva, querendo pular no pescoço dela.

- Acalme-se querida. Além de ser uma insignificante já quer fazer barraco. Mas indo direto ao assunto, você vem comigo!

- Eu não vou com você Juliana. Ta louca ? - dei uma risada sarcástica - nunca que eu iria para algum lugar com você.

- Isso é o que vamos ver! - disse vindo em minha direção. Eu sem esperar sai do banheiro.

Sai do banheiro e sem nem ao menos conseguir me livrar, senti braços me agarrando e me puxando para uma saída de emergência que havia ao lado dos banheiros. Não sei como ninguém havia prestado atenção no que estava acontecendo. Será que ninguém percebeu? Não é possível. Saímos e bem em frente à porta, já havia um carro esperando, vi quando Juliana abriu a porta, e a suposta pessoa me jogou lá dentro, entrando logo após e me amarrando. Ainda não sabia quem era a pessoa, pois ainda estava de costas para ela. Vi quando fecharam a porta e caminharam para a frente do carro. Eu não conseguia fazer nada mais do que chorar, pensava em Arthur e entrava em desespero. E se fizessem algo contra ele? Juliana era capaz de tudo. Agora mais do que nunca queria estar nos braços de Arthur. Vi quando o homem que me amarrou entrou no lado do motorista, e Juliana no carona, Juliana então virou-se para mim e deu uma risada.

- Ainda chorando? Continue e irá sofrer as conseqüências! - disse ela virando-se novamente para a frente. Foi quando o suposto cara virou-se para trás e eu não acreditei no que estava vendo. Diego. Como ele foi capaz de fazer isso comigo? Ele se fazia tão amigo, como ele conseguiu? Não sei.

Seguimos então para um lugar que eu não sabia ao certo onde era, demorou mais ou menos uns 20 minutos para chegar e isso estava me matando. Ainda não tinha conseguido para de chorar, e isso com certeza estava irritando Juliana. Não tinha forças pra fazer nada naquele momento, estava com um pressentimento ruim, e estava temendo algo.
Entramos então em um certo galpão que haviam me levado, e lá dentro me colocaram sentada e amarrada de frente para a porta de entrada. Já estava na minha mente o plano de Juliana e Diego. Foi então que Juliana se agachou em minha frente e me olhou com um  sorriso no rosto.

- Está com medo é? Espera só um pouquinho, já já o show começa querida. Mas acho bom você se comportar, não vai querer ficar sem o seu "moreno" né ? Bom acho que não. - disse levantando-se e tirando o celular de dentro de sua bolsa. Não estava com meu celular, pois a hora que sai para dançar, havia deixado o celular no bolso de Arthur. Acho que toda a água do meu corpo já havia acabado de tanto que eu estava chorando. Estava em desespero, e não conseguia pensar em mais nada, além de não ser o que iria acontecer daqui para a frente. Foi então que percebi Juliana atendendo uma ligação, e pelo tom de voz dela, já sabia bem de quem se tratava. Ela então colocou no viva voz para que eu pudesse escutar.

- Até que você foi rápido docinho! Perdeu alguma coisa? Venha buscar!!! - disse com raiva na voz, olhando para mim e dando uma risada sarcástica.

- Juliana, não faça nada contra Rebeca! Ela não tem nada a ver com isso. O que você quer sou eu, e ela não tem culpa de nada. - disse Arthur tentando reverter tudo. Aquilo me cortou o coração, ouvir a voz de Arthur, pude perceber o seu desespero.

Doce desejoWhere stories live. Discover now