Capítulo V

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Seu nome era Lynda, por coincidência também morou no Alabama como eu, uma coisa a mais ao meu favor.

Após dias de conversas e treinamento para trabalhar na loja ela foi efetivada para nossa felicidade, resolvi então chamar Lynda para sair, comemorarmos, ela aceitou e acrescentou "precisava disso para me chamar pra sair?" e deu uma risada de canto de boca.

Era uma noite fria, a levei em um restaurante chamado La Tapatia, eu gostava de comida mexicana, foi um golpe de sorte, ela também gostava.

Enquanto esperávamos os pratos pedi a Lynda que me contasse um pouco de sua história, como parou em Phoenix se morava em Alabama, queria saber dos detalhes, mas não quis me mostrar tão interessado.

Ela não me falou muita coisa, só disse que resolveu ter uma vida nova, conhecer pessoas novas e lugares, também disse uma frase que até hoje não sai da minha cabeça, ela disse: - A vida nem sempre é como queremos ou escolhemos ser.

Então fiquei quieto, vi um pouco dela em mim devo admitir, o que fez eu a olhar de outro modo.

Ela tinha uma jeito diferente, olhava nos olhos para conversar, não desviava o olhar, como se fosse um encantador de cobras. Aqueles olhos verdes eram lindos, ela então me perguntou como tinha chegado em Phoenix, óbvio que não falaria a verdade, disse que queria tentar a sorte em um lugar melhor que o Alabama, nossos pratos chegaram, comemos, rimos e bebemos a noite toda, então a convidei para ir ao meu apartamento.

Ela aceitou, já estava bêbada para andar sozinha, então a carreguei até lá enquanto me dizia o quanto estava feliz em ter saído comigo e a noite ótima que tínhamos passado até o momento.

PsicopataWhere stories live. Discover now