Capítulo VI

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Chegando no meu apartamento Lynda e eu nos deitamos na cama bêbados, perguntei se ela gostaria de olhar um filme comigo e se queria passar a noite ali para amanhã irmos juntos ao trabalho e ela aceitou.

Tirei seus sapatos, a cobri, liguei a televisão e fui até a cozinha preparar um café para ela, então lá da cozinha gritei perguntando qual realmente o motivo dela ter saído do Alabama, ouvi risos e ela gritar - Eu matei um amigo - então gargalhou mais algumas vezes, não dei muita importância por ela estar bêbada, levei o café até a cama e me deitei ao seu lado, ela estava fora de si, não conseguia parar de rir, até confesso que eu próprio ria de suas risadas.

Ela falava todo tipo de bobagem que existe, dizia ter assassinado um amigo, que assaltou um banco, que era casada com um cara chamado Jack, dizia que ele era um bilionário, ela não parava de falar, sem dar descanso entre as frases. Ela falou por volta de uns 10 minutos, mas não lembro de todas as coisas pois foram muitas, então sua voz foi ficando mais leve, bocejou , chegou bem perto de mim e deitou no meu braço, me deu boa noite e um beijo no rosto, eu não disse nada, era diferente pra mim, as pessoas fugiam de mim, não me davam beijos.

Ela dormiu, mas eu fiquei pensando, o porque ela falaria essas coisas, será que era o efeito da bebida ou ela deixou escapar algo exatamente pelo mesmo motivo, assim passei a madrugada, olhando televisão e pensando sobre isso, uma menina linda que foge de sua cidade natal, deixa pra trás tudo por nada?! Algo não estava certo, mas já que não sou investigador melhor eu não me envolver nisso, mas bem queria saber o real motivo dela ter fugido.

Pensei comigo - e se ela for como eu? - que também tenha fugido por ter assassinado pessoas, será que ela estava pensando em me fazer alguma coisa?!

As horas passaram rápido, os pensamentos faziam minha cabeça doer, voltou as cenas da minha mãe me batendo, aqueles meninos da escola, as pessoas que eu assassinei, aquilo estava me deixando maluco, começou uma chuva forte lá fora, os flashes dos relâmpagos iluminavam o quarto, não consegui dormir, fiquei acordado, até meu despertador tocar as 6 horas da manhã, levantei calmamente da cama para não acordar a Lynda, fui até a cozinha fazer o nosso café da manhã, preparei o que faço para mim todas as manhãs, bacon com ovos mexidos, o mesmo que Harry me preparava quando eu era pequeno e morava no Alabama.

Acordei a Lynda e a convidei para o café, quando viu o prato ela exclamou - Nossa, não como isso desde que saí da casa dos meu pais, meu café da manhã preferido! -não sei se foi só para me agradar mas deu certo.

Apesar disso continuei pensativo com os acontecimentos da noite anterior,as coisas que ela tinha me dito, queria descobrir se aquilo tudo era verdade ou só falou por estar bêbada.

Terminamos o café, nos arrumamos e fomos para o trabalho, no caminho comecei a fazer algumas perguntas, nada que demonstrasse um interesse tão grande como exatamente eu estava...

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⏰ Last updated: Oct 21, 2015 ⏰

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PsicopataWhere stories live. Discover now