Prólogo

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Oi brotinhos, como vão?

Eu decidi colocar logo a história disponível para vocês poderem colocar na biblioteca.

Eu vou começar de fato postar os capítulos quando eu finalizar "A proposta".

Espero que vocês gostem, mill beijos, obrigado por estarem aqui e boa leitura!

A vida não costuma sorrir para mim, nunca sorriu aliás.

As coisas deram uma melhorada nos últimos meses. Admito que aquela caipira veio para nossa realidade como uma benção, melhorando a vida de todo mundo, inclusive a minha e eu agradeço mentalmente todos os dias quando acordo toda manhã e não tenho a preocupação de onde vou deixar meu filho o dia inteiro.

Christopher me deu um bendito aumento e finalmente eu tenho acesso a benefícios na empresa como auxílio creche e plano de saúde. Eu e meu bebê não estamos desamparados.

Agora sim eu trabalho mais feliz, com vontade.

Sinto falta de dividir a mesa com Isabelle, conversar com ela, mas estou tranquila já que sempre quando pode, ela que agora é assistente de Christopher e Marrie que presta serviços para a empresa do primo estão sempre aqui.

Já ouviram aquele ditado, "Quanto mais eu rezo mais assombração me aparece"?

Pois é, e lá vem Aron com seu maldito sorriso perfeito de conquistador barato e aquele cabelo milimétrico e estrategicamente bagunçado.

Dica número um, ignorar sua presença.

Colei minha vista na tela do meu computador fingindo que estava organizando uma planilha.

Ele parou na frente da minha mesa, calado, mas eu não vou dar o gostinho de parecer afetada com sua maldita presença.

-Mulheres concentradas...muito sexy.

Comentou com ar de riso na voz.

Notem: ele usou o termo "mulheres", logo concluo que todas as secretarias do prédio já devem ter ouvido esse "elogio"infame.

Ignorar ,Amanda, ignorar.

-Você está especialmente linda hoje, Amanda. Que tal a gente almoçar juntos?

Insistiu.

Ele não quer comer comida, quer comer outra coisa.

Mas eu não vou ser o barquinho de comida japonesa que ele pede, come e descarta.

Ah não!

-Vou considerar isso como assédio. Pode apostar que eu vou amar ver você com um processo nas costas.

Meus olhos estavam doendo de encarar a tela, volta e meia eu teclava alguma coisa para manter minha farça.

-Eu não sou seu chefe, não sou seu colega de trabalho, mas se você gosta de perigo, podemos fingir que sim e eu vou te dar o processo que quer..

Não!

Aí já foi demais para meu juízo. Vou deixá-lo infértil.

Irada, levantei da minha cadeira tão rápido e abrupto que ela correu para longe e fez um barulho alto.

Ele estava me olhando rindo. O maldito estava rindo!

-Olha aqui seu...

A porta da sala de Christopher abriu no mesmo momento me interrompendo. Ele saiu de lá calmo olhando nossa cena novela mexicana.

-O que está acontecendo aqui?

Perguntou. Mas ele já sabia o que acontecia. Aliás, a empresa toda sabia e eu posso apostar que a maioria acha que vou ceder e ir para a cama com Aron e isso me deixa ainda mais furiosa.

-Nada.

Aron mentiu, rindo.

Christopher me olhou.

-Assédio sexual, o de sempre.

Ele segurou o riso.

Encarei meu chefe o desafiando a tirar aquele homem de perto de mim.

-Tudo bem...Aron, deixe minha secretaria em paz, você já tem a sua que por sinal é muito bonita. Se ficar tentando corromper minhas funcionárias vou limitar sua entrada aqui.

Aron levantou as mãos em rendimento e piscou para mim antes de entrar na sala.

Quando ele desapareceu da minha vista eu relaxei meu corpo.

-Desculpe, ele é um cara insistente.

Christopher disse pesaroso me encarando.

-Eu não vou pedir desculpas quando ele perder a virilidade.

Voltei a me sentar na cadeira que busquei no canto da parede onde ela foi parar.

-Eu achei que você tinha olho azul.

Christopher me encarou confuso. O homem me conhece a anos e é distraído o suficiente pra não lembrar da cor dos meus olhos.

- Vocês Collins tem probleminhas.

Ele riu e voltou para a sala. Eu tinha alguns minutos para me recompor até a próxima sessão de cantadas quando Aron saísse da sala.

Essa era minha rotina. Ele vinha com cantadas novas a cada dia e eu tenho que elaborar as melhores respostas.

Eu sei que isso está virando um jogo para ele e está se divertindo muito, mas eu já não consigo ignorar.

Voltei a minha planilha que finalmente eu iria fazer de verdade.

Passei alguns minutos escrevendo, trabalhando.

O telefone tocou, era da portaria.

-Amanda falando...

-Oi, aqui é Gustavo da portaria, tem uma carta para você.

Pra mim?

-Pode mandar subir, por favor.

Uns minutos depois outra secretaria me entregou o envelope branco.

Não tinha remetente, isso era estranho. Abri curiosa.

Não era uma carta de verdade e sim um bilhete pequeno escrito algumas palavras.

Como eu disse, a vida não gosta de mim e sempre que pode me derruba e no momento estou tão no chão quanto posso estar.

Meu coração disparou, as palavras ecoaram na minha cabeça.

Isso não pode estar acontecendo.

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