Capítulo 5

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"O dia está chegando. Quero o que me pertence o que sempre me pertenceu"

Maldito!

Yago está mesmo querendo voltar com grande estilo, com direito a teatro, ilusão e joguinho mental.

Mas eu não vou de forma alguma permitir isso.

Catei na minha bolsa rapidamente os papéis que imprimi ontem das casas e comecei a ler. Alguma há de me agradar.

Terminei a leitura dos papeis decidida a visitar duas casas e se tudo der certo, uma delas é minha.

Finalmente vou poder sair daquele berçário de ácaros onde vivo, meu filho vai poder respirar melhor, com certeza ele dará menos crises respiratórias. Pra melhorar as coisas vamos para um prédio melhor, mais seguro e perto de tudo.

Jamais vou dar moleza a vagabundo, de jeito nenhum. Quero esse homem, aliás, inseto, porque homem não abandona mulher grávida e some no mundo como ele fez, suma da minha vida e eu vou me preparar para fazer isso nem que eu tenha de ir na polícia.

-Você sempre trabalha assim com tanta intensidade?

A voz de Aron me assusta, eu pulo da cadeira.

Não era intensidade, era raiva mesmo.

- N...não.

Eu ia rebater com uma resposta bem malcriada, aí eu lembrei que preciso manter o foco.

-Esses papéis aí, são os contratos na empresa de bikinis?

Ele foi pegar meus papeis das casas. Eu imediatamente puxei de suas mãos mas ele continuou segurando.

-Quero dar uma olhada.

Fez pressão puxando o papel.

-Não, não é contrato.

Puxei de volta.

- São as pesquisas?

-Não, devolve, é meu!

Me preparei para dar o maior puxão que meus braços podiam aguentar aí ele fez o favor de soltar. Quase caí da cadeira, os papeis voaram, bati o braço na bolsa que caiu escancarada no chão.

Nos dois olhamos ao mesmo tempo.

Senti meu corpo inteiro ferver de vergonha e raiva. A bolsa abriu e minha calcinha vermelha de renda voou pra fora e estava na porta da sala de Aron.

Ele sorriu quando viu minha peça. Eu quis virar fumaça e sumir.

Ele se virou e foi em direção a peça para pegar.

-NÃO!

Gritei tão alto e desesperada que a recepcionista olhou assustada para nós. Aron me encarou surpreso.

-Se você tocar nisso...

Ameacei, o sorriso aumentou, ele se afastou da minha calcinha e levantou as mãos em rendição.

Corri para perto embolei a peça na mão. Essa coisas só acontecem comigo.

Catei minha bolsa do chão, enfiei a calcinha dento de um bolso com zíper para não correr mais risco.

Mas que droga, Marrie tinha que insistir em de dar aquelas coisas?

-O que significa isso?

Me virei, Aron segurava meus papéis que havia pego do chão e estava lendo.

-Isso também é meu!

Puxei irritada. Ele ficou me olhando com uma interrogação na testa e não estava mais rindo.

A conquista perfeita | DEGUSTAÇÃOWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu