Capítulo 7

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Aron era o modelo da vez, sem camisa, duas modelos de lingerie se esfregavam nele de forma sensual.

Entre as duas mulheres, ele olhou diretamente para mim e sorriu.

Nojento!

Pedi desculpas as pessoas que me olhavam e fiquei quieta em um canto da sala.

-Ele é demais, não é?

Marco aparece do meu lado admirando Aron.

-Porque ele está fazendo essa sessão de foto?

Ignorei a pergunta.

-Ele já foi modelo quando era mais jovem, só depois assumiu a empresa e parou. A tempos estou tentando convence-lo a fazer uma sessão, só hoje ele concordou.

Só hoje? Porque será?

-Tá...Onde eu entro? Porque estou aqui?

Questionei sem deixar transparecer minha raiva.

-Você é a secretaria querida...Tem que colar nele.

Que eu saiba eu não fui contratada como assistente pessoal...cuido dos assuntos da empresa não dele, não sou obrigada a isso, mas preferi não citar isso, o pobre do Marco está tão feliz com o súbito de bondade mentirosa daquele loiro de farmácia que nem percebeu a diferença.

Sorriu e voltou a olhar pra frente. Dessa vez uma das meninas estava o beijando.

Cada dia que passa mais eu odeio esse cara.

Fiquei lá no studio até a bendita sessão acabar. Me distraí da cena de senvergonhice falando com meu filho pelo celular.

Sim, meu filho de seis anos tem um celular. Como mais eu iria saber se ele está bem durante o dia?

Muita gente se engana com aquela cara de menino bobo. Tyler é muito inteligente, esperto, aprendeu a mexer em um smartphone antes de mim. Mas eu não esqueço que ele é uma criança, as vezes carente e medroso e por esse motivo, eu estou sempre em contato.

-Gostou da sessão?

Alguém falou no meu ouvido. Involuntariamente minha mão voou na cara dele.

-Merda, Amanda!

Aron reclamou com a mão na bochecha. Eu fiz cara de inocente.

-Desculpas, reflexo.

Tentei não rir. Bem feito, cretino.

-Então, o que me diz?

Me olhou com um sorriso provocador esperando minha resposta.

Ainda estava sem camisa, só com uma toalha enrolada na cintura, com o abdômen dividido, brilhando.

-Desnecessário...mas não fiquei surpresa.

Respondi tentando parecer desinteressada.

-Tá bom- deu uma gargalhada grave e gostosa de ouvir- vou me vestir e já volto, me espera na recepção.

Piscou e saiu.

Quase corri para a receção.

A menina que trabalha lá estava tão atribulada com algumas modelos que nem me viu chegar.

As mulheres cacarejavam como galinhas furiosas e a pobre coitada não conseguia manter a ordem para falar.

Deu pena.

Elas falavam ao mesmo tempo que queriam toalhas rosa, ar condicionado no camarim, salada sem torrada, suco de morango, um maquiador para cada.

A menina estava ficando vermelha e quase chorando.

A conquista perfeita | DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now