Capítulo 4

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Voltei a minha mesa revoltada e cheia de planos de vingança. Aquele loirodobanheiro não faz ideia de onde se meteu.

Não vai ser fácil passar um mês perto dele, já não era quando ele vinha aqui algumas vezes, agora, sendo meu chefe, com a sala dele grudada na minha mesa de trabalho vai ser um inferno só.

Depois de acabar com ele, vou bolar um plano para exterminar Christopher, mas claro, de uma forma que não deixe meu sobrinho órfão.

Catei meus papéis, enfiei na minha bolsa e sem falar nada fui embora. Pela escada.

Gustavo, ou Guilherme, seja lá qual for o nome do cara da portaria me deu tchau mas eu ignorei e continuei andando. Dei de cara com uma parede de carne e caí no saguão do prédio chamando a atenção de todo mundo.

Alguns papeis voaram longe como em um filme.

Olhei para o ser vivo que me derrubou e dei de cara com nada mais, nada menos que Luís, em pé, me olhando de cima a baixo. Pois é, só eu caí no chão.

Estendeu a mão para mim sorrindo, eu ignorei e comecei a catar meus papéis. Sem me dizer nada abaixou e me ajudou.

Ele me entrou alguns papéis que eu peguei bruscamente e enfiei tudo de volta na pasta e na bolsa.

-Eu disse, são os sinais.

Falou.

-Você não quer que eu te mostre um sinal de novo, né?

Bati a mão na minha roupa para sacudir a poeira.

-Ei, por favor, espera!

Me segurou pelo braço quando eu tentei ir embora.

-Solta meu braço ou eu quebro sua mão.

Sem duvidar da minha ameaça ele soltou os dedos e afastou a mão.

-É tão difícil assim me dar uma oportunidade? Caramba, eu sou bonito, rico, o que mais preciso pra você querer sair comigo?

Ri debochada com a humildade dele.

-Que tal nascer de novo?

Ele fez uma careta de ofendido.

-Eu só...

Interrompi.

-Olha só, meu dia foi um inferno, não me faça descontar em você. Eu só quero ir embora, me deixe em paz, eu nunca vou sair com você, procure outra trouxa.

Dei as costas para o homem que me olhava esperançoso e sai.

No ônibus, decidi ligar para Isabelle. Preciso de uma conversa com minhas amigas.

-Oi Mandy, como vai?

Atendeu o telefone com a voz bem alegre.

-Querendo matar alguém, eu preciso de vocês essa noite!

Falei exausta.

-Então teremos uma daquelas noites de amigas que Marrie ama organizar, vou ligar pra ela.

Respirei aliviada.

-Obrigado. Tem problema Tyler ir comigo?

Perguntei um pouco sem jeito, mas eu não podia deixar meu filho em casa com qualquer pessoa, não dava pra esquecer a presença de Yago.

-Traz ele!

Fiquei aliviada. Belle ficou animada com a hipótese de passer mais tempo com uma criança.

-Obrigado, de verdade!

-Que nada! Passo aí pra buscar vocês?

-Por favor!

A conquista perfeita | DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now