DEZESSETE.

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Desculpas primeiramente pela demora e antecipadamente por qualquer erro que possam encontrar na escrita.
Obrigada por esperarem.
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Domingo, nove de Agosto.

O frio se alastrava durante o dia, não havia uma parte se quer da cidade de Londres que não se encontrasse dominada pelos ventos gelados. Os gansos procuravam arbustos para se aquecerem juntamente com seus filhotes no parque em que Harry levara Louis para passear no dia em que se conheceram. O tempo estava confuso, era Agosto e desde o primeiro dia do mês não houve se quer vestígio de calor. Louis gostava de frio, portanto não seria um grande problema para ele, mas esperava que o calor o surpreendesse em alguns dias.

Harry permaneceu em casa com sua mãe desde o dia sete, a não ser pela minúscula exceção em que Anne o fez acompanha-la até o mercado, no dia anterior. Os dias que passara longe de Louis fez com que sentisse saudades extremas do garoto e de seu toque. Sua imaginação provavelmente se voltou noventa por cento do tempo para o que tinham passado no dia sete, o que lhe dava mais vontade de ter seu corpo e alma.

Pensara em chamá-lo para sair. Quem sabe uma longa caminhada seria convidativa, sabia que Louis amava caminhadas. Pensou em fazer isto no horário do pôr do sol, porém se lembrou que Louis preferia seu nascer. De qualquer forma iria chamá-lo. Seu celular estava na cozinha enquanto ele, deitado em sua cama, jurava uma preguiça eterna. Cochichou para si mesmo algo como "vamos, ande" e levantou para buscar o aparelho.

Desceu as escadas deslizando uma das mãos pelo corrimão e a outra guardada dentro do bolso do short jeans. Em cima do balcão, junto com algumas contas e papéis, havia um pequeno bilhete de Gemma que chegara pelo correio. Decidiu que deixaria sua mãe abri-lo. Pegou o celular que estava perto do bilhete e ao se virar deparou-se com sua mãe. Ela sorriu ao ver o que Gemma teria mandado. O pegou e encostou as costas no balcão, começou a lê-lo.

"Vou chamar Louis para ir ao apartamento." comentou com o celular em mãos, antes de convidá-lo.

"Vocês estão bem?" Anne o observou. Estava calma e pensativa. Era visível que sua atenção teria sido tomada. "Ele está bem?"

Harry olhava para a tela do telefone enquanto mordia o lábio inferior. O colocou no bolso e puxou uma cadeira que estava perto de si.

"Estamos... bem, ele tem alguns problemas, mas acho que contornamos isso? Estamos contornando na verdade."

"Você também tem problemas Harry e sabe como ninguém que deve ajudá-lo." Anne aproximou-se do garoto, ficando de frente para ele e depositando uma mão sob o ombro de Harry. "Sei que está fazendo isso."

Observava o chão e pensou que poderia estar sendo rude com sua mãe. Levantou os olhos até encontrar os de Anne e sorriu.

"Eu gostaria de conversar com ele algum dia, com a mãe dele também." disse enquanto massageava o ombro do menino "Imagine Harry, todos jantando em família."

Família. Pequena palavra com significado profundo e vasto. O que seria família? O que poderia lhe dar um sentimento de estar em família? Harry pensava. Pensava não somente em sua mãe e irmã, não somente em seu pai que estava longe, não somente em Liam e Niall, pensava em Louis. Família significava, para ele, sentir-se confortável e amado independente da situação que se encontrasse. Sentir-se protegido. Proteção. Harry gostaria de proteger Louis. Gostaria de lhe dar conforto e amor. Gostaria de ser sua família.

"São 4 meninas, Jay e Louis. Espero que faça um jantar ótimo para nossa família." riu como se estivesse debochando de Anne e suas habilidades na cozinha, porém, dizer que Jay e seus filhos seriam sua família o fazia sentir-se realmente em casa.

HEAL | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora