Planos em ação (Parte 2)

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Escutem a música: Bad blood da Taylor Swift.

- O que aconteceu? - pergunto sem entender o que está acontecendo.

- Ah um traidor entre nós.  - minha mãe exclarece, mas isso  parece não ajudar minha mente confusa.

- Como assim, um traidor? Quem? - indago indignada e surpresa. Olho para todos os analisando. Falta Edward e Felipe.

- Felipe, ele contou a Victor nosso plano. - desta vez é Ricardo quem responde.

- Mas... Por quê? Por quê ele faria isso, ele é como eu... Como? - sim, estou chocada, sem palavras. Sem saber o que realmente pensar.

- Não sabemos. Edward foi atrás dele para descobrir onde foi. Estávamos esperando você chegar para ir junto. - Rafael diz e o olho. Seu olhar é tão acolhedor que me sinto mais calma. Sorri ao lembrar que Edward ficou com muito ciúme de minha aproximação com Rafael, tivemos uma briga feia, mas depois ele venho pedir perdão por ter sido tão possessivo e não ter acreditado em meu argumento em dizer que apenas via em Rafael um irmão que nunca tive. Que sempre desejei. Às vezes me sentia sozinha e uma companhia era bem vinda.

- Então vamos, estamos perdendo tempo.

Saltamos pelas grandes janelas para chegarmos o mais rápido possível, alguns vampiros que passavam por ali se assustaram, mas logo quando perceberam que eram nós, tranquilizaram-se.

Fui na frente por ser mais rápida. Ia seguindo conforme sentia o cheiro de Edward.  Entramos na grande e escura  floresta e pude perceber que Edward fez questão de deixar seu cheiro impregnando no caminho que passou para podermos acha-lo facilmente.

Em uma longa corrida chegamos à um campo aberto e enorme. Havia um pequeno lago do outro lado e podia ver as montanhas que eram refletidas nele. Seria um lugar perfeito se não fosse o cheiro horrendo de sangue podre. Corpos dilacerados e apodrecendo, mordidas feias, cabeças jogadas ao lado de seus respectivos corpos. Um lugar com o potencial de ser maravilhoso na verdade era o lugar que eu menos queria estar naquele momento.

Minha visão é desviada quando Edward se mantém ao meu lado sem que eu perceba. Seu corpo está apreensivo. E ele mantém seu olhar fixo na frente. Sigo seu olhar e meu coração para. Um trovão dispara no céu, clareando seu rosto.

Victor.

Como sei? Apenas pelo seu olhar frio e seu sorriso irônico. Meus olhos parecem arder em chamas. A ardência era muita e eu sabia que eles estão tão vermelhos como nunca estiveram e meus caninos crescem rapidamente.

- Victor.  - minha voz sai tão fria que quase não a reconheço.

- Isabella ou melhor dizendo... Bella. - seu sorriso se amplia. Parece até o coringa. Se não fosse tráfico até poderia rir. Nossos tons são audíveis, mas não para humanos na distância considerável que nos encontramos.

- Você não tem o direito de me chamar assim. - rosno e começo a avançar com passos largos e ameaçadores em sua direção. Ele arquea as sobrancelhas em desafio. Continuo andando, ele está ao lado do lago. Escuto Edward correr em minha direção e se posicionar ao meu lado quando escutamos passos correndo em nossa direção. Uma respiração me chama a atenção. Olho para a floresta em busca de confirmar o que estava pensando.

E quando eles saem finalmente da floresta, posso ver e confirmar. E da pior forma possível, com um bônus de horror. Escuto minha mãe gritar em desespero e tudo o que faço é me agarrar em Edward para não despencar no chão. O meu desespero e notório, mas silencioso.

A minha vontade era correr em busca de meus dois pais que eram trazidos por alguns guardas, Dulce e Felipe, mas minhas pernas mais pareciam gelatinas e meu cérebro que agora era para ser comandado por minha parte racional, não ajudava em nada. Eu estava presa à mim mesma.

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