O rapto de Perséfone

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O Monte Olimpo era um lugar longe dos campos onde Perséfone morava. Ela ficara encantada com o novo ambiente a sua volta. As flores eram diferentes, de todos os tipos e tamanhos. As árvores eram altas e perfumadas, possuíam um verde tão vivo que deu a intender que ali neste lugar existia apenas vida. Os pássaros e as ninfas cantavam agitavam-se animadas. Na verdade, Perséfone não recordava-se de nenhuma delas, mas quando elas avistavam Perséfone, soltavam risadinhas fofinhas e acenavam para a mesma. A imaginação que Perséfone tinha sobre o mundo a sua volta era bem diferente, mas estando neste lugar ela viu que não era bem assim.

Perséfone estava tão atenta a paisagem que mal ouvia sua mãe falar durante a viajem e mal percebera que a carruagem havia chegado ao seu destino.

Um homem vestindo terno azul marinho escuro e com um sorriso de orelha a orelha, abriu a porta da carruagem para que Perséfone pudesse descer. Perséfone olhou para onde sua mãe estava e a viu descer da carruagem com a ajuda de um outro homem, que parecia ser mais novo.

Perséfone, então, aceitou a ajuda para descer. Assim que pôs os pés no chão, o homem beijou de leve sua mão e disse:

____És tão bela quando, a descreveram, Senhorita Perséfone.

Perséfone não sabia como reagir a situação, achou uma graça do rapaz ser tão educado. Muitas vezes Perséfone se deparava com essa situação, mas ela fugia pelos campos e sua na floresta ou ela apenas dizia que era nova demais para essas coisas e que queria ser livre. E agora diante de um homem bonito e educado Perséfone duvidava de si mesma de sua própria capacidade. Sua mãe dera diversas aulas de etiqueta, mas Perséfone não prestava muita atenção ela só queria saber de correr pelos campos com suas amigas ninfas e colher flores ou dar vida a elas. Perséfone sempre fora uma ótima filha, sempre entendera tudo o que a mãe ensinava, ela era jovem e apenas queria ser diferente.

____Obrigada. ____disse ela. ____Mas como posso chama-lo, ainda não sei seu nome.

O homem abriu outro sorriso, mas não pode dizer nada, pois acabara por ser interrompido no exato momento.

____Esse é o deus mensageiro do Olimpo, Hermes, seu meio irmão. ____disse o rapaz que guiava Deméter. ____E eu sou Ares o deus da guerra. Ao seu dispor senhorita.

Ele fez uma breve reverência teatral, Perséfone não gostara nada do sujeito. Ele tinha um ar de brutalidade e esse não era o tipo de homem ou melhor dizendo, o deus que o coração de Perséfone escolheria. Por mais que Ares fosse muito atraente com seu terno preto e seus olhos que pareciam sempre queimar em chamas ardentes, não era o que Perséfone procurava.

____Tire o olho de minha filha seu brutamonte. Como ousa quere-la para si se você anda tendo casos com Afrodite. E tem mais meu queridinho, não se esqueça que você também é meio irmão dela. ____rosou Deméter colocando –se ao lado da filha. ____Já você Hermes querido, talvez pudesse ter alguma chance, mas creio que não será possível. Você já sabe disso.

____Ah, sim é realmente lamentável, adoraria ao menos poder dançar com sua adorável filha Deméter. Apenas como bons amigos ou irmãos. ____sorriu Hermes.

____Isso vai depender da vontade dela. ____disse Deméter.

____ Mas é claro que dançarei com você Hermes, você parece seu um cara bem legal. ____disse Perséfone. Ela sempre sabia como distorcer as coisas sem que ninguém percebesse nada. ____E com você também, Ares. Prazem em conhece-los.

____Tudo bem agora vamos. ____exigiu Deméter puxando a filha e deixando os dois deuses para trás, perdidos em amores pela deusa.

Perséfone ficara encantada coma beleza do Olimpo. Todo era feito de mármore e ouro. Sua arquitetura era tão bela que Perséfone não conseguia mover-se.

O Rapto de PerséfoneOnde histórias criam vida. Descubra agora