Acidentalmente me apaixonei!

Isso foi uma ameaça?

Vanessa

Eu e Sérgio voamos da minha casa até o hospital sem nem nos darmos conta do tão rápido ele estava dirigindo. Assim que meu telefone tocou e no visor aparecer Tati, meu coração se aliviou achando que Enila tinha ligado pra ela falando da declaração linda que meu irmão tinha feito a ela. Pra minha surpresa, elas nem estavam se falando e pra piorar a notícia que Tati estava prestes a me dar era a pior que eu recebera há anos! Enila havia sido atropelada, estava em coma induzido pois perdeu muito sangue e não tinha previsão de quando iria acordar.

Corremos o máximo possível e chegamos na sala de espera. Odeio clima de hospital! Na verdade ninguém gosta né? Mas no meu caso, me dá enjôo e falta de ar. Toda minha aversão é devida a uma operação que tive que fazer há alguns anos. Minha redução de seios não foi uma questão estética e sim de saúde. Meus seios cresceram em um ritmo absurdo e aos 17 anos tive que reduzir. Foi o pior mês da minha vida! Não aguentava mais ficar deitada naquele quarto de cor branca e com cheiro de guardado. Devido a isso, mesmo após 7 anos, meu corpo passa por um arrepio enorme.

Sérgio segura minha mão, me olha nos olhos e me encoraja a entrar, mesmo sem ele saber o que eu estava passando.

A primeira pessoa que eu avistei sentada no sofá da sala de espera daquela ala do hospital foi Raquel. A mãe de Enila estava com rosto mais magro, sorriso sem brilho e olheiras fundas como de um zumbi. Em pouco tempo de hospital, Raquel já tinha captado todas as energias ruins pra si. Ao lado de Raquel, estava meu irmão segurando sua mão. Raquel o olhava com olhos tão tristes que antes mesmo de chegar perto dela, minhas lágrimas caíram.

Te-la visto daquele jeito, me fez lembrar de quando Guto quebrou a costela. Minha mãe ficou irreconhecível! Não comia, não dormia... Mesmo após todos os médicos dizerem a ela que Guto não passava perigo.

No caso de Enila a coisa é mais complicada. Não tinham previsão e muito menos certeza que ela sairia ilesa dessa.
Infelizmente, essa era a verdade.

Cheguei bem perto da Raquel e do meu irmão me abaixando e dando um beijo na bochecha molhada de cada um. Ao olhar pra cima, vejo Tati com Marcelo sentados no outro sofá. Quando estavamos estacionando o carro vimos Marcelo chegando na sua moto. Tati precisava de forças, ainda mais por não estar falando com a amiga desacordada.

Assim que ela me viu, veio em minha direção, jogou seus braços por minha volta e chorou soluçantemente e sem parar.
Eu fazia carinho em sua cabeça, enquanto Sérgio foi até Marcelo.
Tati não conseguia falar nada, apenas me abraçava. E assim nossas lágrimas se misturaram.

******

A noite caia lentamente, junto com as lágrimas de todos que ali estavam a espera de alguma notícia da Enila, algum sinal de melhora.

Raquel não havia comido nada desde que cheguei no hospital. Meu irmão estava sobrevivendo a base de café. Tati chorava o tempo todo. E eu? Estava perdida.. Não sabia o que fazer.

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Tatiane

Desde que Vanessa chegou, meu coração se sentiu menos vazio.
Marcelo ficou do meu lado o tempo todo me dando forças e me lembrando que a culpa daquilo tudo não era minha, nem de ninguém! Foi um acaso da vida.

Vida? Que droga de vida!
Que vida é essa que quer levar minha melhor amiga de mim? De nós?

O estado de choque do Guto é visível. Ele não consegue nem se mexer muito. Raquel então, nem se fala!

Uns 5 minutos, chega um médico com papéis na mão vindo em direção a Raquel, que se levanta rapidamente.

-Raquel Albuquerque?

-Sou eu! Alguma notícia?

-Sim, Enila está respondendo aos sinais vitais de maneira satisfatória.

-Graças a Deus! -Raquel esboçou um sorriso aliviado direcionado a Guto, que também sorriu de volta.

-Mas não temos previsão de quando ela acorda ainda. A partir de amanhã ela já poderá receber visitas. Nós médicos, acreditamos que ao ouvir estímulos de pessoas queridas faça o paciente acordar.

-Claro doutor! Faremos o possível pra ter nossa menina de volta. -Guto falou com um brilho apaixonado no olhar.

-Todos poderemos vê-la? - Perguntei, afinal queria ver minha amiga também.

-Sim, num curto período de tempo, dando pausa pra medicação dela. Fora isso não vejo problemas.

Sorri. Não via a hora de ver minha amiga!

-Olha nós achamos um pequeno papel num dos bolsos dela, não lemos mas devemos entrega-lo a família. -Disse o médico entregando o bilhete na minha mão pois eu era a mais próxima dele nesse momento.

Sinalizei com a cabeça para Raquel e ela acenou de volta como se me permitisse abrir o papel.

Meu corpo inteiro se arrepiou e eu não entendi o que aquilo poderia ser.

O papel não era rosa, como no bilhete que entreguei a Enila em nome de Guto.

Abri o papel e li em minha mente apenas...

Era culpa minha! Aquele L era Lauro! Tudo naquele bilhete me fez entender que ENILA FOI AMEAÇADA! AQUILO NÃO FOI UM ACIDENTE! FOI LAURO! VOU ATRÁS DELE NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA!

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Oii gente.. Capítulo tenso né?
Ao menos Enila está melhorando..
Quanto tempo será que ela vai demorar a acordar?

Vish, será que Tati vai achar o Lauro?

Tenho novidades vindo logo logo *_*

Gostaram do capítulo com mudança de narrador?
Farei isso algumas vezes.. Achei que não preciso enrolar tanto pro capítulo ficar grande!

Mereço estrelas??
Comentem *_*
Beijos
Família A.M.A

FUTURA FAMÍLIA M.B
E DEPOIS B.D.C