Capitulo 5

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Antes dos bandidos irem embora eles me desamarram e desamarram minha mãe deixando ela caída no chão.

Quis abraçar minha mãe antes da emergência chegar.

Com minha mãe nos meus braços, vejo que ela ainda está quente, seu sangue escorre da sua cabeça e minhas lágrimas caem sem parar no rosto sujo de sangue da minha mãe.

   _Desculpa mãe.. Isso foi tudo culpa minha..Eu não quis te escutar e ir com você pra vovó. Culpa minha de não poder ter feito nada.. M-me desculpa mãe.- E cada palavra que eu falava, eu chorava cada vez mais.- Eu prometo.. Que nunca vou te esquecer.. E prometo que me vingarei por você mãe. Por você... Eu juro que tentarei.

Assim no meio do choro ouço batidas na minha porta.

  - Aqui é a polícia! Alguém em casa?

Então respirei fundo, tentei engoli meu choro e não sei o que falar.

  - Vamos entrar se não abrirem a porta..- O policial avisava. Mas não tinha força nem pra levantar.. Eu só queria ficar ali abraçada com a minha mãe com o pouco tempo que tenho com ela.

Então ouço um barulho forte de madeira quebrando. Os policias derrubaram a porta de casa e entraram..

E foi partir daí, que minha vida começou não ter mais sentido nenhum... Foi aí que eu vi que estava sem rumo. Tudo parecia um pesadelo em câmera lenta, tudo parecia um pesadelo tão real com a morte. Só não sabia eu, que a morte era sim um pesadelo, mas um pesadelo na vida real.

De repente sinto sendo puxada dali, afastando assim minha mãe de mim.

Eu não consigo dizer nada nesse momento, nem apenas consigo me mexer, ou que pedissem para me soltarem, eu não consigo...

  - Moça.. O que aconteceu aqui? Você mora aqui?.- Um policial me pergunta, mas continuo parada e calada.- Moça? Pode me dizer o que aconteceu aqui!?

Tudo parecia demorar para meu cérebro processar, e mesmo eu não sabendo o que dizer, não sabia direito o que acabou de acontecer.

  _ E-eu.. Não sei.- Então olhei para o policial e no mesmo ele parecia me olhar com uma cara de dó.

  - Precisamos saber o que aconteceu, para te ajudar.

  _ E-eu..- Estava na dúvida se eu falava a verdade, mas a ameaça do cara nojento começou a passar em minha cabeça.- E-eu não sei...- Começo a chorar.- Ela estava morta quando cheguei... Já estava morta!

Então só de lembrar da cena que minha mãe leva um tiro na minha frente continuei a chorar.

Foi inacreditável, o policial ficou mesmo com dó de mim, ele me abraçou e falava que tudo ficaria bem.
Vem uma policial me dando uma coberta e um copo de água, mas me falam pra ficar lá fora.

Assim fico lá fora sozinha, relembrando das palavras da minha mãe um pouco antes de sair pra festa, quando ela falou que minha vó teve um sonho estranho.. Eu apenas a ignorei.. E deixei isso tudo acontecer.. Eu fui egoísta. Só pensei em mim e na minha diversão.. Ela sabia, sabia que um dia isso tudo ia acontecer.

Lembro de relance como se fosse cenas de filme ou pesadelos após que sai de casa...

Ainda perdida nas cenas de hoje, ouço a voz do meu amigo. O Rick.

  - BRUNA!

- Não pode passar daqui garoto!.- Um policial proíbe a passagem do meu amigo até mim, por conta de ter uma faixa amarela em volta da minha casa e a vizinhança envolta da faixa querendo saber o que aconteceu.

O Vilão da minha históriaWhere stories live. Discover now