Pobre Jeff, Maldito Jeff

2.1K 122 28
                                    

Pov Júlia

Túlio parou às 15h10min na porta dela, me atrasei colocando o lixo pra fora, no caso o lixo vivo, a Marina.

Se ela lê isso, te amo miga <3

Bati na porta, estava vestindo apenas uma calça folgada, uma regata que não deixava as pessoas verem que metade da minha bunda (ou da calcinha que eu usava) estava à mostra e que falhava um pouco em cobrir os peitos, por isso o top cinza e a jaqueta de couro preta por cima. Um cordão com uma pedra que eu não conhecia completava minha aparência, juntamente com meus óculos escuros.

A porta foi aberta pela Bárbara, linda de parar, com uma calça jeans rasgada e bem colada e uma camisa preta, com os dizeres "Don't look for the perfect boy, he doesn't exist", que eu realmente gostei. Seus cabelos caíam por seus ombros ondulados nas pontas. Sorri pra ela e subi os óculos até o topo da cabeça.

- Você está... – ela parou em algo perto do meu rosto e não completou.

- Linda? Obrigada, você que é, Babi.

- Eu ia dizer atrasada, mas tá linda também, mesmo que isso não faça diferença. – nossa, que tapa.

- Depois dessa, vamos?

- Oi Júlia, como vai? – a mãe dela apareceu na porta e sorriu pra mim. Oi sogra -n

- Oi tia, vou bem e a senhora?

- Estou ótima, ela vai sair com você, não é?

- Aham, vamos dar um passeio pelo shopping, tarde de meninas. – tarde de meninas, que coisa mais gay. Só podia vir de mim, né.

- Ok, podem ir. – ela beijou o topo da cabeça da Babi e veio me abraçar, abracei de volta.

Um pensamento atravessou minha cabeça: será que ela me trataria bem assim se eu fosse a nora dela?

Nossa, viajei. Eu nunca nem vou conseguir ter nada com a Babi, olha.

- Tchau tia.

- Tchau mãe.

- Tchau meninas. Juízo, e Bárbara, não faça nada que eu não faria. – e piscou pra Babi, que revirou os olhos. Não entendi bem essa fala da mãe dela, mas ri mesmo assim. Abri a porta pra ela e entramos no carro.

- O que a sua mãe quis dizer?

- Nada demais.

- Hm. Você tá muito gata.

- Parece o Jeff falando. – revirei os olhos. – Brincadeira, queria ver sua cara.

- Já tá ótimo, né? Já. – peguei uma Halls no meu bolso e coloquei na boca. – Quer?

- Isso explica seu hálito de cereja. Quero. – dei uma a ela.

- É a melhor bala que existe, não sei se isso vai me trazer alguma consequência futuramente, mas eu chupo todo santo dia, além do gosto bom, deixa a língua vermelha haha. – mostrei a ela minha língua. Eu adoro doce, meu Deus.

- Acho que não tem nenhuma consequência pra quem chupa muita bala. Cárie, talvez.

- Nunca tive, engraçado.

Em meio a aquela conversa sobre cárie, saúde bucal e sabores de bala, chegamos rapidamente ao shopping.

- Que horas eu venho busca-las, Ju? – Túlio perguntou ao nos deixar no estacionamento.

- Só à noite, eu ligo.

- Ok.

- Aonde a gente vai primeiro, Ju?

MineWhere stories live. Discover now