Capítulo 16

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Amanda

Tem um ditado que diz:

"Sorte no jogo, azar no amor"

Comigo funciona mais ou menos assim:

"Sorte no profissional, azar no amor"

Como sou boba em achar que Gui estava comigo por gostar realmente de mim? Além de ser ignorada por todos, ainda fui traída pelo cara que diz ter um relacionamento comigo. Um relacionamento que nem ele sabe como classificar, patético é pinto.

É difícil descrever o que senti no momento em que vi as fotos, um misto de raiva com decepção. Pior que isso é que todos os meus amigos, inclusive meu irmão, estavam no grupo, viram as fotos que Paula mandou. Não sei que é pior, ela por saber que estávamos juntos ou ele que estava comigo em relacionamento. Estou tão magoada, irritada, com raiva do mundo, tanto que não consegui pregar os olhos. Tudo que pensava, era em como nunca dou certo com ninguém, acredito que dói mais quando você realmente gosta da pessoa.
Quando começou a clarear me dirigi ao saguão do hotel, sentei em um poltrona com o tablet. Tentei continuar o livro que estava lendo e ainda estava com a leitura um pouco atrasada.

Distância: Espaço entre dois pontos, dois lugares ou dois objetos.

As vezes era preciso, Gwen pensou.

O tempo sempre é o melhor remédio. Ele faz você entender melhor tudo que acontece no dia a dia, a distância também ajuda, mas será a forma mais eficiente?

Chorei compulsivamente, ali sozinha me sentindo o pior ser humano do planeta. Peguei meu telefone, mesmo sabendo que era madrugada liguei para meu irmão. Precisava que alguém me escutasse.

- Alex! Sou eu. Alex por que me tratam assim? Todos fazem isso. - Disse aos prantos.

- Amanda! O que houve? Fique calma! Onde você está?

- O Gui! Ele e Paula. Olha as fotos no grupo, esperou que eu viajasse para aprontar uma dessas.

- Espera um segundo, porque não sei do que está falando. - Disse Alex se ausentando por um momento - Caramba! Vou arrebentar a cara daquele desgraçado.

- Quero ele longe de mim, fora da minha vida. Fora da minha casa o mais rápido possível. - Disse ainda chorando.

- Pode deixar que ele irá sair, por bem ou por mal.

- Obrigada por em ouvir. Volto na semana que vem e não quero vê-lo no apê. Não quero vê-lo mais.

Desliguei a ligação com meu coração partido. Pode ser um grande erro, mas não posso permitir que mais um brinque com meus sentimentos, assim como se fosse fácil. Saí do hotel para fazer uma caminhada pelo ar frio da cidade de Turim, faziam em média 3 graus.

Algumas horas mais tarde ao retornar ao hotel liguei para Eduardo. Estava na hora do almoço e precisava me distrair um pouco. Parar de pensar no Gui pelo menos por algumas horas do dia. Um tempo depois Eduardo apareceu, saímos em busca de um lugar legal para almoçar. Encontramos um restaurante bem aconchegante.

- Vai me dizer por que está com esse rosto inchado de quem andou chorando? - Disse Eduardo com ar divertido, devo estar com uma cara deplorável.

- Coisas da vida, as vezes estamos bem, as vezes não. Hoje não.

- Se quiser conversar, fique à vontade. Sou todo ouvido.

- Quando você se envolve com alguém que acaba se esbaldando com outra, as coisas ficam meio tensas. Então precisamos tomar uma atitude drástica.

- Então você tem alguém?

- Tinha na verdade. Mas acabou.

- Não deu certo?

SufocadosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang