Prólogo

107K 5K 381
                                    


     Emma

ओह! यह छवि हमारे सामग्री दिशानिर्देशों का पालन नहीं करती है। प्रकाशन जारी रखने के लिए, कृपया इसे हटा दें या कोई भिन्न छवि अपलोड करें।

     Emma

Olhando para o pequeno bastão branco, com listras azuis em seu centro, tudo o que mais posso desejar nesse momento é que eu esteja sonhado. Talvez eu tenha feito uma viagem no tempo e essa seja a Emma do futuro... Formada em Literatura com honras, com um emprego incrível, uma casa adorável e casada com o meu namorado atual...

Uau, essa é uma pintura realmente bonita da vida que sonho para mim daqui a alguns anos. Mas, adivinha? Não, isso não é um sonho.

Não estou dormindo, prestes a despertar pela manhã. Muito menos viajei para o futuro. Eu poderia me beliscar para provar o quanto estou acordada, mas sei que não é necessário. Nada em toda a minha vida, nunca foi tão real quanto esse instante. Um ponto de ruptura. Sei que absolutamente nada a partir de agora será como antes e eu não me sinto nem um pouco preparada para tamanha mudança. Talvez, o fato de que terei oito meses para me acostumar com essa realidade, devesse me servir de consolo. Mas, eu não me sinto consolada também.

Estou assustada, incrédula e um tanto quanto raivosa comigo mesma. Como pude ser tão tola e imatura?

Nem ao menos posso me justificar usando a minha pouca idade para isso, porque engravidar em meu último ano de faculdade entrará para o hall das minhas tolices e será sem sombras de dúvidas a maior de todas. Vinte e um anos e grávida... Deus, eu tinha tantos planos e sonhos. Olhar para o teste de gravidez em minhas mãos equivale a ver todos eles escoarem pelo chão.

Eu sei que amarei esse bebê, porém, esse é o instante em que sinto como se minha vida chegasse ao fim... Não chegou, é óbvio. Ser mãe inesperadamente será apenas uma curva na estrada e não o fim dela. Mas, eu me permito alguns minutos de desespero e medo extremos.

— Emma, você está bem? — Rachel me pergunta, sussurrando e batendo levemente na porta do banheiro onde me tranquei há alguns minutos.

— Sim. — respondo em um fio de voz... Eu estou longe de me sentir bem, mas a força do hábito me obriga a responder assim — Eu sairei em alguns minutos.

— Tem certeza? — ela insiste aparentemente não muito convicta de minha resposta.

A sua insistência me obriga a me afastar da banheira na qual me encostei, quando o resultado do exame tornou as minhas pernas fracas demais para sustentarem o meu peso. Deixo o bastão branco sobre a pia e de repente todo o significado que ele tem para mim, deixa de pesar sobre os meus ombros por um segundo. Abro parcialmente a porta e a encontro do outro lado, seu rosto tem tanta expectativa quando o meu. Mas, embora ela seja a minha melhor amiga e compartilhamos muito mais do que apenas uma casa; não será a sua vida que irá sofrer a mais brusca transformação.

— E então? — ela murmura se afastando da parede e elevando os ombros — Fez o teste?

— Eu fiz. — afirmo em um sussurro. Não sei ao certo o porquê de estarmos murmurando, quando estamos apenas nós duas em casa. Talvez ambas tenhamos medo da verdade, caso dita em voz alta.

— E?

— Deu positivo. — conto, fechando os olhos e apertando a maçaneta da porta.

— Tem certeza? — ela me empurra levemente para o lado, me forçando a recuar e abrir espaço para que possa entrar no banheiro.

Fico em silêncio, enquanto a observo caminhar até a pia e olhar, com uma distância segura, o teste que ficou sobre o balcão. Alguns segundos se passam antes que ela me olhe e ainda permanecemos em silêncio por mais algum tempo, até que ela diga.

— O que você quer fazer?

— Como assim? — replico a pergunta, um tanto confusa.

— Você pode ter o bebê ou...

— Não, — eu a interrompo com a mão no ar — não diga isso, não quero ouvir...

— Estou te dando opções. — dessa vez ela me intercepta — É importante que você saiba que as possui e que elas vão além de se tornar uma jovem mãe.

— Eu sei que as possuo, mas deveria ter pensando mais seriamente nelas antes de engravidar.

— Acidentes acontecem.

— Não foi um acidente. — não quero que meu filho pense que o seu nascimento foi indesejado, embora eu, vergonhosamente, esteja me comportando como se fosse exatamente isso.

— Então você terá o bebê? — ela indaga, como se isso realmente a surpreendesse.

— Sim, eu terei. — afirmo com a coragem que não possuo no momento.

— Tem ideia do quão difícil isso será; não tem?

— Estou imaginando um cenário bem complicado... — sibilo com certa tristeza — Mas, não há outra opção, além dessa.

— Você tem. — ela me lembra ao se aproximar, me deixando surpresa pela insistência.

— Está fora de cogitação, — balanço a cabeça, dando um passo para trás — jamais conseguiria seguir em frente após algo assim. Eu me conheço... Eu terei esse bebê, sozinha ou com apoio, não me importo.

Falar parece infinitamente mais fácil. Mas, eu sei que irei encontrar meu caminho. Preciso encontrar um caminho.

— Estarei aqui por você, Emma. — ela me diz, segurando minha mão e me puxando para um abraço sem jeito — Jordan também estará eu tenho certeza.

— Eu sei... — digo, mesmo que não tenha tanta certeza.

Não, eu não tenho certeza de nada. A não ser de que serei mãe e isso é irreversível.

Olhando para o meu próprio reflexo no espelho às costas de Rachel, juro a mim mesma que farei o melhor para ser uma boa mãe e fazer essa criança feliz... Deus queira que eu consiga.


Apenas Diga Que Me Ama/ Capítulos para degustaçãoजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें