prisoner // harryelouis

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[N/A] Eita, mais um capítulo gente :)

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Chegamos em Liverpool ao final da noite, fomos direto ao hospital em que meu pai estava internado, e para nossa surpresa ele teve uma parada cardíaca logo após minha mãe sair do hospital de madrugada, mas conseguiram reanimá-lo e agora estava estável.

Minha mãe estava aos prantos, a tal amiga que ela tinha citado, estava lá e foi correndo ao seu encontro, a abraçar e confortá-la, elas pareciam bem próximas. A mulher nem ao menos me cumprimentou, somente abraçou minha mãe e saiu corredor a fora.

O médico conversou comigo e Zayn, falando que meu pai já estava lúcido e que poderíamos ir conversar com ele. Zayn não quis entrar e preferiu ficar na sala de espera, sentado em um dos sofás brancos.

Entrei no quarto super equipado, com vários aparelhos mostrando desde como o sangue estava fluindo até um quadro que era atualizado de cinco em cinco minutos sobre como o corpo estava - temperatura, se estava dolorido, se havia veias entupidas. Troy estava lendo um exemplar de ''Morro dos Ventos Uivantes'' e seus óculos de grau estavam um pouco caídos sobre o nariz.

- Então você anda causando problemas? - eu disse sorrindo.

O homem parou de ler para me encarar, abaixou o livro lentamente e ajeitou o óculos em seu rosto.

- Anne não podia ter te contato, não acredito que ela fez isso.

- Não estamos mais na época desse livro que você está lendo, onde as mulheres eram submissas a seus maridos, e eu tinha o direito de saber que meu pai está hospitalizado.

- Mas eu pedi para ela, Louis, eu não quero ser um fardo.

- Eu também nunca quis, apesar de parecer ser um, mas não estamos aqui para trazer fantasmas do passado... Quero saber como você está, me conte, o que aconteceu?

Troy me explicou que havia começado a se sentir mal a mais de seis meses, mas só foi no médico depois que desmaiou em um jantar de negócios, e logo depois foi diagnosticado o tumor. Ele havia pedido sigilo a todos, principalmente aos médicos que cuidaram do caso, e ainda cuidam.

Fiquei mais de uma hora conversando com meu pai sobre assuntos aleatórios, até ele começar a falar sobre a empresa.

- Você sabe que agora terá um compromisso com empresa, não sabe? - eu somente assenti - Eu sei muito bem que não é o que você quer, mas precisa continuar o legado de seus avós, não faça por mim, faça por eles.

- Anne já conversou comigo, vamos resolver tudo até o final da semana.

- Obrigado, eu espero que você faça um bom trabalho, eu acredito em você...

- Não fale como se não fosse estar mais em nossas vidas, você vai viver mais um tempo, não vai deixar de gritar com a gente tão cedo pai.

- Não Louis, eu estou ficando fraco a cada dia, meu corpo esta morrendo aos poucos. Estou vivo até hoje graças a medicina avançada, caso não fosse isso eu já estaria a sete palmos do chão.

- Não fala isso, pare!

- Eu preciso que você faça uma coisa para mim, por mim. - ele falou sério, arrumando seus óculos.

- O que foi? Alguma coisa ligada a Lucas Carl?

Eu não sabia se era o momento de falar sobre isso, mas eu iria arriscar.