"Com carinho, Deus."

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Capítulo Nove

        Conforme cada vez que eu fazia força, as Doutoras me avisavam que faltava bem pouco, até que - finalmente - Rachel apareceu. Minha respiração estava ofegante, mas eu conseguia sorrir ao imaginá-la.

- A filhinha de vocês... Está aqui! - Yana falou e levantou nossa filha.

Não pude conter a emoção e logo eu estava chorando. O Senhor é perfeito, simplesmente perfeito! Como pode nascer uma criança linda como essa, do meu ventre? Como isso é possível? Realmente não podemos duvidar do poder do nosso Deus e muito menos tentar entender o seu poder.

- Oi minha linda! - falei com Rachel em meus braços. - A mamãe te ama tanto, filha! - e chorei novamente.

Digo deu-me um beijo na cabeça e vi que ele também estava emocionado.

        Saímos do Hospital no dia seguinte e comemoramos, da maneira mais confortável em nossa casa, com toda a nossa família e amigos.

- Vem príncipe! - chamei o Gui para pegar a Rachel.

Ele sentou do meu lado, no sofá, e eu a pus em seu colo. Seus olhinhos brilhavam, ele ria e falava:

- Dinda, olha ela! - e eu ria junto com ele.

        Os meses se passaram e eu babava cada vez mais por ela. Um certo dia, que não sai da minha memória, eu ainda estava em casa para cuidar dela. Entramos na banheira e fiquei com ela no meu colo, depois de já ter dado banho, e ela me olhava atentamente. Depois de alguns segundos nos olhando, parecendo que havia alguma conexão muito forte entre nós - e há! - eu sorri e ela me imitou. Sim, foi a coisa mais linda que já presenciei!

Rodrigo narrando:

Eu já tive que voltar a trabalhar, mas não fiquei nenhum dia de plantão, pois queria voltar logo pra casa e ver minhas princesas.

Obviamente, eu sou o pediatra de Rachel e ela nasceu com 47cm 2kg e 950gr, gordinha e linda! É incrível como isso acontece né? Todo o amor que eu e Nicolle sentíamos - e ainda sentimos - um pelo outro, veio simbolizado na Rachel... É, Deus é maravilhoso!

        Voltei do trabalho, estacionei o carro na garagem, abri a porta da sala já chamando por elas duas e segui para a sala, onde estavam.

- Olha quem chegou, filha! - disse a Ni, pegando nossa filha do cercadinho.

- Oi meu amor! - falei para a Rachel, que ao me ver riu e ficou se mexendo no colo da Ni.

Dei um beijo na minha esposa, deixei minha bolsa/pasta no sofá e peguei minha filha no colo, onde a levantei e a fiz gargalhar. A enchi de beijos em sua bochecha e curti o momento com as mulheres da minha vida!  Hoje, Rachel já está com 3 meses de vida. Ela se tornou o centro das atenções da família e fez com que nossos amigos, tivessem mais desejo de ter um (a) filho (a).

Alguns dias depois...
       
Estava no meu consultório, atendendo minha última paciente e logo depois fui até o refeitório, onde comprei um suco e descansei um pouco. Voltei para minha sala, arrumei minhas coisas e o hospital já não tinha quase ninguém, tirando os médicos, a recepcionista e dois pacientes. Passei meu cartão no relógio de ponto - onde marcamos o horário que entramos e saímos - e me despedi do pessoal.

Vida de uma Adolescente Cristã IIOnde histórias criam vida. Descubra agora