Queridos(as) leitores(as), eu sei que é chato começar o capítulo com uma nota tão extensa, mas eu não tive escolha, tem umas coisas que devem ser tratadas antes de eu prosseguir com a história, e significaria muito para mim se todos(as) lessem este bilhetinho antes de continuar o capítulo, principalmente o segundo ponto.
1. Essa postagem demorou porque eu perdi o capítulo no computador (êêê parabéns Bruna!), e não estava aceitando o fato de que teria que escrever tudo de novo. É importante que vocês saibam que eu não sou uma pessoa organizada como as outras escritoras do wattpad. Eu não tenho cronograma, não tenho reserva de dez capítulos caso eu tenha bloqueio criativo, eu escrevo cinquenta livros ao mesmo tempo (nem todos eu trago para vocês, mas em breve!), e isso sem falar das minhas atividades diárias, que me consomem. Eu não consigo escrever assim. Apenas tenho a história na minha cabeça. Às vezes ela sai, às vezes não. Eu sei que é um porre ficar esperando, e eu fico muito triste quando vocês, acostumadas com outro tipo de escritor, ficam me cobrando. Eu me sinto incapaz e insuficiente, porque até o ano passado eu era escritora de gaveta e não estava acostumada a lidar com um público que responde em tempo real e se comunica comigo diretamente. Sinto muito por decepcionar vocês que me tratam com tanto carinho, e me acolheram e levam minha escrita tão a sério.
2. Para ser bem sincera, a imaturidade de algumas pessoas está começando a encher o meu saco (desculpa falar assim, mas é a verdade). Eu já expliquei umas quinhentas vezes e já está me irritando a ponto de pensar em desistir do livro. Se você não consegue compreender que Não Confie nas Boas Meninas é um livro crítico, que satiriza situações da vida, e que eu uso de milhares de alegorias para ilustrar uma situação do mundo real – que, apesar de algumas pessoas não admitirem, existe sim –, você não deve ler o livro. A questão das escolas públicas que eu trago é uma CARICATURA, UMA METÁFORA, e se você está ofendido(a) com isso, por favor, não leia o livro. Não comente. Não interaja. A minha intenção é justamente romper certos preconceitos que muitas pessoas têm com a educação pública, e isso é real. Eu sei porque eu estudei em uma escola pública. Se você, depois de mais de vinte capítulos, ainda não entendeu que as Boas Meninas são alienadas por terem recebido uma educação privada e católica, e só começaram a ver que o mundo não gira em torno do Colégio Santa Luzia depois de tudo que ocorreu com o Professor Tomás, muito dificilmente você vai conseguir aproveitar o que o livro vai trazer para você.
Sei que muita gente não merece ler isso, mas não está dando mais, galera. E quem gosta do livro, quem entende o que eu estou tentando trazer, não merece que eu atrase posts ou tenha bloqueios criativos porque esses comentários me desestimulam e me dão vontade de nunca mais escrever uma linha.
Enfim, desabafos à parte, aproveitem o capítulo.
De todas as pessoas daquela escola que poderiam tê-la flagrado escapulindo pelo portão de abastecimento do refeitório, tinha que ser o Professor Tomás. E Alana tinha plena consciência do quão culpada – e patética – ela parecia com a boca aberta daquele jeito, mas não podia evitar. Os olhos dourados de Tomás pareciam fogo-vivo perante a luz do sol, e ele cruzara os braços relativamente musculosos para um acadêmico com tanta veemência que, só de se deparar com aquilo, ela sabia que estava encrencada. Aliás, duplamente encrencada: uma, por estar fugindo da escola; duas, por estar fugindo da escola com um garoto, e ter sido flagrada por seu não-namorado.
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Não Confie Nas Boas Meninas
Teen FictionAlana David e suas melhores amigas, Brenda e Silvia, são o tipo de garotas que nunca se metem em problemas. Sempre chegavam em casa antes das dez, não fumavam cigarros e não se metiam com os garotos da escola pública. Eram conhecidas no Colégio Sant...