Capítulo 8

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Comesso a me desesperar e quando me dou conta já estou descendo as escadas. Meus pensamentos estão em Arthur, se acontecer alguma coisa com ele eu espero que Adrian tenha morrido ou ele vai se arrepender.

Chego na rua onde tem muitas pessoas em volta, um homem tirou Arthur de dentro do carro. Ele estava todo machucado e inconsciente mas estava vivo e é isso que importa. Asssim que a ambulância chega eu digo que sou irmã de Arthur e vou com ele na ambulância.

Quando chegamos no hospital eu ligo para a mãe dele e explico tudo que aconteceu, em questão de minutos a mãe de Arthur estava no hospital. Ela estava falando com o médico em particular, o que me deixou ainda mais nervosa. Ligo para meu pai e explico tudo para ele quando a mãe de Arthur aparece do meu lado.

- Como ele está? Ele vai ficar bem? O que o médico disse? - Digo tudo tão rápido que não acho que ela tenha entendido.

- Ele está bem, só está dormindo. Ele quebrou a perna, teve alguns cortes profundo e bateu a cabeça. Mas está fora de risco.

Fico aliviada ao saber que tudo vai ficar bem. Arthur se tornou um dos meus melhores amigos e eu não sei o que faria sem ele aqui.
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Passo a noite no hospital, não podia deixar a mãe de Arthur sozinha, mesmo o médico nos dando garantia de que Arthur vai ficar bem ela ainda estava agitada com a ideia do filho ter sofrido um acidente de carro. E eu estou agitada por que Adrian também está no hospital. A enfermeira disse que ele teve poucos ferimentos e que seria liberado no dia seguinte.

Estava conversando com a mãe de Arthur quando um médico aparece e diz que ele havia acordado e que se quiséssemos poderíamos entrar uma de cada vez para falar com ele, mas que devia ser rápido pois ele precisava descansar.
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Estou esperando a mãe de Arthur na recepção, meu pai não parava de ligar para saber exatamente o que havia acontecido. Não queria ter que explicar de novo, meu pai quer que eu volte para a casa mas eu não posso deixar Arthur sozinho.

- Amber? - Me viro para ver a mãe de Arthur ao meu lado. - Ele quer falar com você.

- Eu?

- Sim, ele disse que é importante. Mas se você não quiser entrar lá hoje eu posso dizer a ele que você teve que ir embora...

- Não, tudo bem. Só fiquei um pouco surpresa.

Dito isso vou andando calmamente em direção  a porta do quarto. Assim que abro a mesma forço um sorriso para não preocupar Arthur.

- Oi. - Ele diz com um sorriso no rosto. Posso perceber imediatamente que é falso já que tem dor e desespero estampado em seus olhos.

- Sua mãe disse que queria falar comigo. Sobre o que?

- Só queria que você estivesse por perto. - Dito isso ele abaixa a cabeça mas percebo uma tonalidade rosada em suas bochechas.

- Você só tem sua mãe? Não tem mais ninguém aqui, é tão estranho.

- A minha família não é muito unida. - Ele fala em um tom que me faz perceber que estou entrando em um assunto perigoso.

- E seu pai? Onde ele mora? - Insisto no assunto.

- Não sei. Olha, eu não quero falar da minha família.

- E sobre o que quer conversar? - Pergunto mexendo nos medicamentos que estão em cima da mesa.

- Qualquer coisa. Eu só quero me distrair um pouco, não tem nada para fazer nesse quarto. - Olho em volta e percebo que no quarto tem apenas a cama e uma mesa pequena onde estão os medicamentos.

- Eu não posso ficar muito tempo, o médico disse que você tem que descansar.

- Não estou cansado. Acordei agora.

- Quer sair daqui?

- Claro. Eu odeio hospitais.

- Então faça o que o médico diz. Se você obedecer pode sair daqui amanhã. - Duvido que ele vá obedecer, mas vou tentar convence -lo mesmo assim.

- Eu vi quem estava no outro carro. - Ele fala de repente. Paro de mexer nos remédios e olho para ele incrédula.

- Eu também. Estava no meu quarto e vi tudo pela janela. Adrian está no hospital também só que ele não vai chegar perto de você se é isso que te preocupa.

- Eu não tenho medo dele. Como ele está? - Arthur pergunta e eu não consigo identificar nenhum sentimento em sua voz ou em sua expressão.

- Ele só teve alguns ferimentos, nada grave. Mas por que quer saber? - Eu não devia ter dito nada, se ele estiver com raiva e machucar o Adrian? Claro que ele merece mas Arthur está mais machudo do que Adrian e pode ficar em desvantagem.

- Só curiosidade. E antes de você pensar alguma coisa eu não vou fazer nada. - Tarde de mais digo para mim mesma.
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No dia seguinte vou para a escola e conto tudo para Lúcia. Precisava falar com alguém que não fosse a mãe de Arthur ou meu pai. Eu precisava de uma amiga para contar tudo a ela inclusive meus sentimentos com relação a isso.

Lúcia fica boquiaberta com o que eu digo. Só então percebo que nem eu acreditava no que estava falando, Adrian nunca se mostrou ser uma pessoa ruim. Mas de uns tempos para cá...

Finalmente saio da escola e vou direto para o hospital a mãe de Arthur pediu para que eu fosse lá depois da aula para ajuda -lá. Ao que parece ele não quer seguir a dieta que o médico estabeleceu.
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Passo o dia no hospital, queria ficar lá caso a mãe dele precisasse de ajuda. Arthur sai do hospital amanhã e a mãe dele pediu para mim dar uma olhadinha nele de vez em quando.

Decido ir dormir mais cedo já que tenho uma prova de matemática amanhã e quero sair mais cedo de casa. Se eu chegar atrasada o professor não vai me deixar entrar e eu não poderei fazer a prova.
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Olá pessoal, não me matem eu tenho um bom argumento para ter demorado. Eu estava passando por alguns problemas e não estava com cabeça para escrever. Mas agora já está tudo bem e eu vou dar continuidade ao livro.

Gente, esse na capa é o pai da Amber.

Bj

O Insuportavel Do Meu VizinhoWhere stories live. Discover now