Capítulo 20

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  POR FAVOR, LEIAM A NOTA FINAL.

Acordo em torno de  duas da tarde. Passei a noite toda chorando, meus olhos e minha cabeça doíam. Depois que cheguei em casa não parei de pensar no que fiz, aquilo foi um erro. Fiquei tão irritada por ele ter falado aquelas coisas de mim que não pensei direito, eu só queria saber mais sobre ele e agora sei que ele só queria me poupar.

- Você não vai sair da cama hoje? - Monique Me pergunta entrando no quarto.

- Não sei. Eu queria passar o resto do dia aqui. - Digo puxando a coberta ainda mais.

- Aconteceu alguma coisa? - É incrível como Monique me conhece a pouco tempo mas sabe quando acontece algo comigo.

- Eu terminei com ele. - Digo em tom baixo e evitando o contato visual. Ainda é estranho pensar a partir de agora as coisas vão ser diferentes.

- Por que? - Pelo tom que ela usa tenho quase certeza de que ela sabe o motivo.

- Ele não quer as mesmas coisas que eu. E eu não quero abrir mão do que eu quero, nem por ele nem por ninguém. - Me dou conta de que falei em um tom determinado. Fico orgulhosa de mim, meu pai sempre né ensinou a ir atrás do que eu quero é pelo visto eu aprendi.

- Concordo. Sei que é difícil mas vai passar. - Ela diz mas nós duas sabemos que vai demorar para a dor passar e que mesmo que passe dez ou vinte anos eu ainda vou me lembrar dele, mesmo que seja apenas uma vez por ano, ele vai estar lá.

Pov Arthur

Pego o telefone novamente com a intenção de ligar para ela mas como fiz das outras vezes eu decido desistir. Foi melhor assim, eu não vou abandonar a minha mãe e também não vou privar a Amber de viver um sonho, eu a amo e só quero que ela seja feliz... Mesmo que eu não esteja ao lado dela.

Meu celular toca e eu me apreço a atender imaginando que pudesse ser ela, claro que não era...

- Oi mãe, tudo bem? - Pergunto preocupado.

- Filho, minha... Cabeça...

Assim que ela diz isso ouço o barulho semelhante a algo caindo e minha mãe não responde mais. Saio de casa correndo, tenho medo de que ela morra...

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Já estava esperando o médico a tanto tempo, estava começando a ficar agoniado.

- Senhor Fosther. - Ouço um homem chamar pelo meu sobrenome. Assim que viro tenho a confirmação de que é o médico.

- Sou eu... - Mal consigo falar, só quero saber como ela está.

- Venha comigo.

Eu o acompanho por um amplo corredor, era bem iluminado com paredes brancas, mas o que me chamava a atenção era a quantidade de pessoas lá. Todas pareciam estar muito doentes, o que me deixou ainda mais nervoso. Ele abre uma porta e gesticula para que eu entre primeiro.

- O que houve? - Já estou começando a ficar irritado.

- Você sabe que sua mãe tem câncer. Certo? - Odeio ouvir isso. É como se me dessem um soco todas as vezes que ouço alguém dizer que minha mãe tem câncer.

- Sim, eu sei. - Diz logo o que aconteceu...

- Bem, o tumor está crescendo, e com esse crescimento rápido logo não vamos poder fazer mais nada. Senhor vocês têm que decidir. Caso ela queira operar assine isso é rla irá para a sala de cirurgia imediatamente.

- Eu tenho que falar com ela. - Digo. - Quais são os riscos?

- São muitos. O cérebro é uma parte muito sensível do nosso corpo, os riscos variam.

O Insuportavel Do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora