Capitulo 2

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Mãe de Daisy, Dona Hilary na mídia....

No serviço, minha mãe escreve manchetes de artigos e fala sobre os acontecimentos da cidade.

Já que íamos nos mudar, ela pediu transferência de emprego. E eu, por tanto, serei transferida de colégio, as papeladas para a matrícula no novo colégio, já estavam organizadas.

Enfim, no carro de tia Hilary, eu avistei um céu nublado, e sabia que não iria demorar muito para começar a chover, não havia nem uma estrela no céu, só aquele azul forte e infinito, que assombrava minhas noites, e uma forte ventania, entre as arvores que parecia musica para meus ouvidos, eu fechei a janela e não se ouvia mais nada, foi como se o vidro tivesse abafado aquele som, o carro já estava em movimento quando um galho de arvore caiu no meio da rua, arrebentando um fio elétrico, de repente, todas as luzes da rua se apagaram, só a para-brisa do carro iluminava a estrada. E eu senti, poderia jurar que tinha alguém me vigiando, o estranho foi Daisy não ter notado.

Ou talvez, seja o efeito de toda a tensão, que eu senti com os diversos acontecimentos, que havia passado nos últimos dias, por isso, não dei tanta importância. Fiquei olhando o céu um bom tempo, até que tia Hilary quebrou o silêncio.

- Jenny querida, o que tá acontecendo? Você tá tão calada.

- Nada tia, só estava pensando em como vai ser minha vida, longe desta cidade – respondi desanimada olhando pela janela.

- Não se preocupe querida, você irá se adaptar logo, como sempre, afinal, Belo horizonte é um lugar turístico, por tanto, pense nesta mudança como uma nova aventura, OK – respondeu ela confiante em um tom maternal.

- Como vocês podem conversar tranquilamente, perceberam onde estamos, estamos sem saída, em uma rua completamente escura - Daisy respondeu indignada.

- Olha o tom de voz mocinha. Além do mais não estamos perdidas, só precisamos virar o carro, e pegar outra rua, logo, logo estaremos em casa, acalme-se.

Mais Daisy não se acalmou, ela ficou ainda mais nervosa, eu acho que o tronco e a escuridão da rua tinha realmente assustado ela. Ao contrario de

Daisy eu não estava com medo, e nem assustada, já vi coisas piores. Ela só se acalmou quando saímos da rua escura, e ela não podia ver mais aquele tronco que havia lhe assustado. Enquanto isso eu não parava de pensar na viagem que eu teria que fazer na segunda, ficava imaginando o que de fato me espera, quando chegar lá.

Vou admitir eu estava com muita raiva, de ter que me mudar, vivi minha vida toda em Hortolândia, e agora isso, levando em conta que aqui, eu tenho uma amiga, e lá não vou ter ninguém, Talvez leve um século para fazer uma amiga tão leal quanto, Daisy. Portanto decidi aproveitar o máximo, antes da viagem, e comentei:

- Sabe tia, já que me restam 2 dias na cidade, irei tentar me divertir e levar boas lembranças da mesma.

-É o melhor que possa fazer minha querida, estou muito orgulhosa de você - disse ela bem animada pegando em minha mão.

- Além disso, Jenny, iremos te visitar e mandar e-mails, nada irá mudar, e vamos continuar nos comunicando – Daisy fala pela primeira vez depois de muito tempo em silêncio.

- Sim querida, pare de se preocupar, e vamos, só curtir a companhia uma da outra, OK – Diz tia Hilary apertando meu joelho em consolo.

- OK – Respondi com um meio sorriso.

Quando nos demos conta, já estávamos na frente de sua casa, entramos, eu e Daisy com o braço entrelaçado, enquanto isso, tia Hilary trancava o carro na garagem e quando chega até nois, na cozinha ela pergunta:

- Meninas, o que vocês acham de escolherem um filme na sala pra assistirmos, eu vou pedir Pizza?

- Acho uma boa ideia. – falo animada.

Daisy estava desanimada para a nossa sessão de filmes, porem, fingi não me importar, e passei a noite tentando anima-la.

Escolhemos um filme de ficção e romance, e Tia Hilary chegou com a Pizza e refrigerantes, estendeu um colchão no chão, ao lado de uma pequena

mesinha de sala, para apoiar os copos. Lá fora já estava chovendo, apagamos todas as luzes, só a TV iluminava a sala.

Não estávamos nem no meio do filme, e tia Hilary já estava se despedindo da gente, ela estava muito cansada, então, subiu as escadas a caminho do quarto.

Admito, era meia noite e o filme ainda não havia acabado, Daisy logo adormeceu, mais eu estava muito interessada em ver o final do filme. Quando imaginei ter visto um vulto passar na cozinha , e um barulho me assustou , levantei curiosa, fui andando lentamente, até chegar a cozinha , quando cheguei Lá , para não acordar ninguém , peguei uma lanterna que estava no armário e comecei a investigar, só o que encontrei, foi uma fruteira de mesa jogado no chão e o chão cheio de frutas , como se alguém tivesse esbarrado nelas, logo, comecei a recolher as frutas e colocar no lugar.Não encontrei ninguém na cozinha, por tanto, voltei pra a sala.

Percebi que estava relampeando bastante e desliguei a TV, logo me juntei a Daisy que dormia tranquilamente, fiquei um tempo contando carneiros, estava sem sono, porem, tive aquela sensação de novo,estava sendo vigiada do outro lado da sala, senti um forte cala frio percorrer meu corpo, mais não pude ver direito, a única coisa que iluminava a sala era o relâmpago, que não parava. Porém, algo aconteceu, minha vista começou a ficar pesada, não consegui me manter alerta por muito tempo, o que era estranho, pois era como se eu estivesse extasiada naquele momento, minha vista começou a embaçar, mais, antes de adormecer completamente, percebi que ali havia um homem, e ele estava encostado no corrimão da escada, não consegui analisar seu rosto direito. Lembro apenas, que logo adormeci ao lado de Daisy, estava muito cansada, já tinha passado das duas da manhã. Pela primeira vez, naquela noite o sono foi mais forte que minha curiosidade. 

Floresta ProibidaWhere stories live. Discover now