Capítulo 3

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Foto de Daisy na mídia....


Quando acordei tia Hilary estava preparando o café.

Quando voltei pra sala, Daisy já estava acordada. Lembrei-me do homem que vi, noite passada, antes de adormecer, ele estava me observando, mais não pude velo direito, e não mencionei a ninguém sobre isso, afinal, eu pensei que havia sonhado, e se não fosse um sonho, porque um cara completamente desconhecido, invadiria a casa, sem levar nada. Fiquei muito confusa, e o tempo todo me convencendo, que era apenas uma ilusão, projetada pelo cansaço. Afinal, as portas não tinham sinal de arrombamento, e no carro só eu podia sentir que estava sendo vigiada, o que é muito estranho, mais talvez seja uma leve tensão pós-viagem, ou uma simples alucinação do que não é provável.

Em meio a pensamentos, lembro-me literalmente, sobre a noite passada, e o meu medo aumenta, logo vem a pergunta, que desde que acordei tento esconder, junto com a imediata curiosidade. O que de fato havia naquelas frutas, que recolhi um pouco antes de adormecer? Lembro-me que um pouco antes daquela sensação horrível de cansado e exaustão, eu naturalmente, cheirei uma das frutas, demorou um pouco mais logo adormeci, será que fui drogada?

Talvez Não, provavelmente tive um pesadelo, e estou tendo paranoia como sempre. Distração, é disso que preciso.

Tomamos café da manhã juntas, e combinei com Daisy de passarmos a tarde fora.

Para não ficar entediado e me enchendo de perguntas sem respostas, convidei Daisy para ir comigo à casa de Hannah, que é uma amiga de minha mãe. Hannah, é cabeleleira profissional e mesmo sendo Domingo, não hesitou em me atender no seu salão, que fica na entrada de sua casa. Assim que terminamos, ela se despediu de mim carinhosamente, me desejando boa viagem.

Enfim, meu cabelo é preto liso e cumprido, ele vai até o ombro, e minha franja é caída para o lado tampando um dos olhos, geralmente quando eu vou em um cabeleireiro eu peço para ondular meu cabelo deixando lindo cachos, mais desta vez, não pedi muita coisa, já que meu cabelo é de um liso natural, pedi para que Hannah apenas fizesse mechas roxas nas pontas. E foi exatamente o que ela fez.

No entanto, pensei, que essas mechas fossem igualar meu estilo, que é camiseta baby look roxo sem manga, calça preta de elastano desfiado até o joelho, tênis ALL - STARS preto, mini jaqueta preta sem manga, e com um lindo trabalhado nas costas.

Hannah fez um belo trabalho, e quando me olhei no espelho, fiquei me achando , as mechas ficaram para lá de perfeitas.

Saindo do salão, fomos almoçar na lanchonete onde eu trabalhava, pelo menos até ontem, meu ex - chefe deixou tudo por conta da casa, e pude me despedir de todos os meus colegas de trabalho, que foram todos amáveis comigo.

Também andamos pelo shopping, nos divertimos bastante, e eu registrei cada momento com minha câmera. Meu último dia na cidade foi inesquecível, mais infelizmente estava acabando.

Quando voltamos pra casa de Daisy, já era tarde, tia Hilary, já estava pronta para me levar para a casa, mais eu não estava muito animada.

- O que foi minha querida? - ela parecia preocupada - você esta bem?

- Nada não tia, não se preocupe, só estou triste por que amanhã já é o grande dia, e teremos uma longa viagem pela frente. – Ela logo respondeu:

- Não fique assim querida, quando você estiver de férias liga para cá, e iremos te buscar para passar uns dias aqui em casa, OK.

- Obrigada tia.

- Não precisa agradecer querida, você sabe que nós te adoramos. Não é?

Confirmei com a cabeça, ainda sem animo. Então ela me levou para a casa, já eram 9 horas da noite, e eu acho que estava muito cansada, pois, assim que cheguei em casa, me joguei no sofá e me apaguei. Enquanto minha mãe conversava com tia Hilary, lembro de ouvi-la dizer .

- Você deve ter orgulho da filha que tem, Nanda, mesmo não querendo, se despediu de todos, pra poder fazer esta viagem. Não me surpreende, vê-la tão cansada.

Estava exausta mesmos, e acho que minha mãe ficou com dó de me acordar, pois, ainda estava no sofá, quando acordei no dia seguinte, com uma coberta fina que provavelmente minha mãe havia posto em mim. Levantei, tomei café da manha, e fui ao colégio me despedir dos professores, quando eu cheguei lá, elas já estavam me esperando. Entre elas, a Sra. Wisly e a Sra. Lindsay que me ajudaram quando mais precisei, me levando atividades escolares durante uma semana, pra fazer em casa, na época em que estava de luto.

No entanto, nos despedimos. E 10m antes de começar as aulas, enquanto eu estava conversando com as professoras. Olhei pela janela da sala dos professores, e lá em baixo no pátio perto do portão de saída, tinha alguém me observando, desta vez com um capuz preto , que não me permitiu enxergar o rosto do perseguidor, virei tentando chamar atenção de alguma professora para o indivíduo, achei que fosse algum aluno novo , mais quando olhei de novo, havia desaparecido .

Logo tocou o sinal, e eu fui embora, já na frente de casa havia um taxi me esperando, minha mãe já estava dentro dele, este taxista iria nos levar até a rodoviária . Quando o carro já estava em movimento perguntei a minha mãe:

- Mãe, seria possível, eu ser perseguida por alguém, que considero desconhecido. - Em resposta ela disse:

- Não filha, geralmente isto só acontece em filmes, Porque a pergunta, você percebeu alguma coisa fora do comum. - Respondi meio amedrontada:

- Não mãe, deve ser algo da minha cabeça, pode ficar tranquila, não foi nada não.

- Querida, acho que você anda assistindo filmes de mais. - Ela responde debochada.

- É deve ser isso mesmo mãe, Não se preocupe eu devo estar ansiosa, por causa da viagem.

- Relaxa filha, você vai adorar a casa da sua tia, e logo estaremos lá.

- É o que espero mamãe.

Chegamos na rodoviária junto com o ônibus , minha mãe logo pagou o taxi. Estávamos na estrada de novo , eu na viagem toda fiquei calada , vendo as paisagens e como eram lindas , por outro lado minha mãe dormiu a viagem toda .

Chegando no ponto, o ônibus parou , descemos em frente a um pinheiro, e o esperamos ir embora , quando ele saiu, nos surpreendemos com uma linda vista , era uma praia muito movimentada , tinha muitos surfistas , e atletas de vôlei , eu notei gente andando de jet-ski, e na causada skatistas. Nunca havia visto tanta gente em um só lugar.

Atravessamos a rua, tia Roxy, estava em sua loja, eu deixei as malas no chão, ela ficou tão animada em me ver ,que veio logo me dar um abraço. Já eu não estava tão animada assim. Por tanto ela me perguntou:

- E aí, como foi de viagem, Jenny? - Só que eu não respondi, estava muito distraída admirando a loja, então minha mãe falou em minha resposta:

- Foi bem, só estamos um pouco exausta, não é filha? – Ela respondeu me jogando a pergunta novamente.

Na hora me perguntei, como ela pode estar exausta, ela dormiu a viagem toda? De qualquer modo, ficou um ponto de interrogação no ar. Eu estava sentada em uma cadeira de balanço, feita de madeira, olhando minhas unhas, entediado. As duas estavam olhando para mim esperando uma resposta. Então confirmei um pouco seca:

- Sim mamãe, a viagem foi muito cansativa.

Enquanto as duas, estavam colocando conversa em dia, resolvi pedir permissão pra dar uma volta, minha mãe achou isso uma boa ideia. Mais falou:

- Não vá muito longe querida. 

Floresta ProibidaWhere stories live. Discover now