Pela segunda vez de toda minha vida eu fiquei sem palavras. Como isso aconteceu e tão rápido? É impossível. Eu a tratei de um jeito tão... Não mereço ser amado por ninguém, muito menos por ela. Talvez seja só uma fantasia, ou sei lá, coisa de garota da idade dela. Juro que não acreditei naquilo. Eu não sei o que houve comigo, mas me senti atraído por ela também, mais do que eu imagina que poderia estar, poderia ser pela sua atitude, pelo modo como ela me enfrentou. Ninguém tinha feito isso antes. Mas eu não poderia ceder ao desejo de beijá-la principalmente ali em público, eu era um homem casado e um deslize como aqueles poderia me custar milhares de dólares.
-Bea, eu sou... Casado.- Cerrei a mão que carregava a aliança.
-Eu sei e não é só isso.- Ela sorriu erguendo brevemente os ombros- Um homem como você não sairia com uma garota como eu.
-Nao é isso... - Respirei fundo.
Não pude evitar revirar os olhos, se ela soubesse o que se passava em minha mente naquele momento...
-Eu sei...- Ela enxugou as maçãs de seu rosto com as palmas das mãos- Olha, a última coisa que eu quero é ser um problema pra você.
-Não é.- Sem perceber eu estava olhando diretamente para os seus lábios rosados- Eu tenho problemas de verdade e você de fato não é um deles.
-Quer conversar?- Seu olhar se tornou atencioso e meigo.
-Sobre o que?!- Franzi a testa.
-Sobre você.- Suas mãos estavam segurando a grossa alça de sua bolsa.
-Nao gosto de conversar sobre esse tipo de coisa. Na verdade não me expresso muito bem.
-Então eu vou embora.- Apertou seus lábios em um breve sorriso.
-Deixe-me levá-la em casa pelo menos.- Toquei a lateral de seu braço.
-Não precisa, meu carro está logo ali.- Apontou com o polegar para trás.
-Não me lembro de ter dito que era opcional.- Segurei seu braço e a levei até meu carro.
Steven nos esperava com a porta aberta, eu a coloquei firme porém gentilmente no banco traseiro. Steven balbuciou discretamente antes que eu entrasse:
-Não vá fazer nenhuma besteira, senhor.
-Alguma vez já fiz!?- Lancei a ele um olhar sério.
-Não, senhor. E para onde devo levá-los?
-Você conhece bem o caminho.
Entrei no carro e me permiti sentar ao lado dela, mas parecia um pouco assustada, talvez por causa da minha abordagem objetiva. Nem mesmo eu sabia ao certo o que aconteceria depois, só tinha certeza sobre o lugar onde estávamos indo. Era um hotel maravilhoso, onde eu costumava passar as noites quando não queria ir para casa, achei que seria uma boa ideia levá-la lá.
Não conversamos durante o caminho, ela literalmente se afastou de mim e ficava alternando seu olhar entre Steven e a estrada. Demorou apenas alguns minutos e chegamos ao hotel. Não esperei que Steven abrisse a porta para mim, quis ser um cavaleiro e desci segurando a porta para que ela saísse.
-Onde estamos?- Ela perguntou antes de sair do carro.
-Em um hotel onde costumo me hospedar. Vamos.- Estendi a mão para ela, mas fui ignorado.
Ela saiu e me seguiu ainda com um pouco de receio sobre mim. Chegamos na recepção. Bea se sentou em um divã enquanto eu ordenava o quarto.
-Suíte presidencial, por favor.- Olhei para a recepcionista com um sorriso educado.
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Just be Mine | Livro I | Série "Mine"
RomancePLÁGIO É CRIME! (Art. 184 - Código Penal) CONTÉM CONTEÚDO ADULTO [+18] Vencedor do 2º lugar na categoria hot do consurso STORYTELLER (1ªED). Vencedor do 3º lugar no concurso HOT IN BOOKY da página Book Infinity. Uma grande empresa. Um homem control...