16 Não há perigo aqui... Será?

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(Revisado)

Os dias haviam sido bem movimentados por conta da escolha dos campeões, afinal Fleur, Krum, o lindo do Cedrico e Potter foram os nomes cuspidos pelo cálice. Diante do pouco tempo de convivência que tive ao lado deles desde a Copa Mundial de Quadribol, nunca pensei que Harry Potter fosse fazer um coisa dessas, que feitiço será que ele usou para enganar o cálice?

Ao pensar em Potter, automaticamente todos os outros vieram junto, a Granger e os Weasleys. Eu não entendia o que havia acontecido, em que momento no começo das aulas paramos de nos falar por completo, parece que havia ocorrido o mesmo com minhas amigas, nós mal conversávamos nas aulas e não nos sentamos mais próximas durante as refeiçoes, sempre acordo antes e deito depois de todas. Tudo girava em minha mente, quando eu entrei na sala Comunal vazia na hora do intervalo, os raios de sol invadiam as janelas reluzindo mais forte através das água do lago negro, acho que eu ainda não tinha presenciado aquele efeito tão bonito, mas alguém tinha que interromper, por que alguém sempre interrompe?

-Precisava mesmo de ajuda! - ouvi sua voz se aproximando de mim rapidamente, não cheguei nem a me virar, ele esbarrou em mim e sem pedir desculpas seguiu caminhando - Astoria, eu preciso de ajuda, você está surda?! - Eu revirei os olhos, mas ele estava de costas e longe o bastante para não notar. Fiquei parada no mesmo lugar fingindo ser uma estatua.

-Ei - ele virou para mim com uma grande caixa nas mãos, a qual ele havia batido no meu braço - por que esta parada aí?

-Você está brincando não é? - falei brava - você esbarra em mim, exigi que eu o ajude e quer que eu vá correndo atrás de você, como se o mundo fosse acabar!

-Não estaria fazendo mais do que a sua obrigação! - ele disse espantado com minha reação.

-Tchau Malfoy! - eu me virei e fui em direção a parede da passagem.

-Desculpe Astoria, ok! - ele suspirou cansado - não sei onde Crabbe e Goyle se meteram e por isso estou um pouco bravo, tenho várias coisas para fazer.

-Tudo bem - falei balançando a cabeça de um lado para outro, revirei os olhos quando parei na sua frente - então, o que você quer que eu faça?

-Quero que vá comigo para o meu quarto. - ele sorriu do seu jeito malicioso, eu levantei uma sobrancelha e inclinei a cabeça para o lado.

-O que foi que disse? - perguntei.

-Vamos! - ele me pegou pela mão e me puxou, segurando a caixa no outro braço que parecia estar pesada.

-Mas eu não posso entrar lá, esqueceu das portas das serpentes?

-Não se preocupe com isso. - ele disse.

Demos mais alguns passos e ficamos de frente para a porta das serpentes, eu fechei os olhos com medo das picadas das serpentes, ele abriu a porta e me empurrou fortemente para dentro, Draco fechou a porta atrás dele depois de passarmos e esfregou o braço que estava um pouco vermelho.

-Você me empurrou, sabia? - eu disse.

-O que você escolhe um empurrão ou as picadas? - ele falou me mostrando seu braço.

-Eu não preciso responder, não é mesmo? - falei.

-Acho bom! - ele disse bravo e seguiu andando.

-Tá espera, deixa eu ver isso. - falei seguindo no pequeno corredor um pouco menos iluminado do que o das meninas.

Cheguei ao lado dele e peguei seu braço livre, vermelho e machucado, entre meus dedos e o meu toque, fez os pelos do seu braço se arrepiarem. Olhei nos olhos dele que estava um pouco surpreso com a situação. E disse:

Hogwarts vista das Masmorras [Drastoria]Onde histórias criam vida. Descubra agora