43 Louco seria se eu esperasse tal coisa!

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As aulas finalmente voltariam, com a graça de Merlin, eu já andava muito entendiada com tantos dias de folga.

Sentia falta dos desafios diários, das novas matérias, dos professores e suas lições de moral. Entretanto não estava nem um pouco empolgada para retornar as aulas de DCAT. Quando será que expulsarão aquela sapa velha da escola?!

A última coisa que eu, as garotas e Tonks fizessemos nas férias de Páscoa foi comprar Skiving Snackboxes da Gemialidades Weasley, elas teriam serventia, nós só não sabiamos quando.

Naquela noite, acordei um pouco afobada e assustada, depois de um pesadelo sinistro que tive com comensais da morte e  de quebra o lorde das trevas.

Levantei cambaleando, quase pisei no rabo de Silver, que provavelmente acordaria todos os dormitórios com o miado altíssimo que soltaria, felizmente desviei a tempo e me dirigi ao banheiro, lavei o rosto e deixei as gotas de água escorrerem até cairem na pia de mármore roxo, respirei fundo com os braços apoiados ali, mirava o chão, distraidamente com aquelas imagens terríveis nublando minha mente.

Homens mascarados, reunidos caminhando em minha direção, em uma clareira numa das noites mais escuras que ja vi na vida, pararam perto o suficiente para eu ouvir suas respirações, então um deles que estava mais atrás gritou.

-MORSMORDRE!

Então a marca negra iluminou o céu, com seu crânio macabro, um vento forte e muito frio me atingiu e quando virei de costas percebi que havia outras pessoas tão assustadas quanto eu ali, e uma figura encapuzada deu ordem a seus seguidores e eles lançaram maldições imperdoáveis por todos lados, mas nenhuma me atingiu e eu sabia por que. Eu era uma sangue puro, nada que viesse deles podia me atingir. Entretanto eu também não poderia os salvar. Foi naquele momento que havia despertado.

Balancei a cabeça para espantar o sonho dos meus pensamentos e resolvi não ficar ali, talvez caminhar me faria bem.

Atravessei o quarto e andei até a porta, olhei em direção a parede de quartzo azul lapidado, antes de abri-la, e vi alguns sereanos fazendo um passeio noturno, o que me acalmou um pouco, contudo não o suficiente para meu ritml cardíaco voltar ao normal.

Já no pequeno corredor tentava fazer o mínimo de barulho, depois de sair da abertura das serpentes, e ultrapassar a parte dos estudos, ouvi ao longe.

-A que deve a honra, Greengrass?! - sua inconfundível voz arrastada preencheu o ambiente. Soltei um sorriso singelo e o que momentaneamente me fez desviar a mente de Voldemort.

-Achei que estivesse de ronda está noite... - falei me aproximando.

-Não Parkinson, foi sozinha dessa vez. - ele disse

-Então é melhor eu não demorar aqui, se ela me ver me dará uma advertência. - expressei frustrada.

-Não se preocupe - ele indicou o lugar ao seu lado no sofá, para eu sentar - ela ja foi dormir.

-Ah e provavelmente já deu seu beijinho de boa noite, não é?! - perguntei debochada tentando tornar a conversa o mais leve possível e esquecer logo o que destruia minha mente lentamente.

-Talvez. - ele sorriu malicioso querendo me provocar. Me sentei ao seu lado.

Alguma coisa estranha mexeu dentro de mim, afinal as palavras dele conseguiram me distrair.
Alguma coisa que estava adormecida há um bom tempo, mas espantei o sentimento antes que ele conseguisse fincar raízes.

E fitando a lareira a minha frente, com chamas verdes autenticas que subiam pelas pernas de nosso fundador, Salazar Slytherin, logo voltou a minha mente o maldito sonho, onde homens mascarados torturavam pessoas.

Hogwarts vista das Masmorras [Drastoria]Onde histórias criam vida. Descubra agora