Luke?

285 27 12
                                    

Louis pov.

- E ninguém viu nada? – perguntei incrédulo. Stanley estava me contando que o carro de Andrew, seu irmão, foi exatamente violado durante a madrugada e, absolutamente, NINGUÉM foi pego. Uma bela falta de serviço qualificado, cadê os seguranças em uma hora dessas? Assobiando para as mulheres na rua?

- Apenas um garoto e uma garota, mas eles já estavam longe e os seguranças não conseguiram alcançá-los. – Stan respondeu, fechando seu armário e então, começando a andar pelo corredor em direção à sala de sua primeira aula no dia, que por coincidência era a mesma que a minha, então eu caminhei ao seu lado. – Grandes velhos idiotas! Mal sabem tomar conta de uma casa.

Um grupo de garotas parou em nossa frente, nos atrapalhando, pedindo assinaturas para um baixo assinado contra alguma coisa que eu não me dei o trabalho de ouvir, então apenas revirei os olhos e acabei assinando contra a minha vontade, porque Stan deu uma cotovelada na minha cintura quando disse que aquele papel era irrelevante. Assim que elas deram o fora, voltei a andar com ele atrás de mim. Minha mente dava milhões de voltas para saber quem tinha violado o carro de Andrew.

A resposta deu o ar da graça assim que Harry e Zayn apareceram no corredor, junto com Taylor feito um cachorro atrás de Styles. Não tinha outra alternativa, óbvio que tinha sido ele.

- Qual era a tinha que estava pintada no carro? – perguntei para Stan.

- Verde. – respondeu. Styles era tão previsível.

Então ele deu um breve selinho em Swift, sussurrou algo em seu ouvido que fez as suas bochechas ficarem vermelhas e entrou no banheiro masculino, enquanto ela e Malik continuaram o seu caminho. Não pensei duas vezes e entrei no banheiro, deixando um Stan confuso para trás. O banheiro estava meio lotado, o que dificultava o meu processo.

Mas então, rapidamente avistei Styles prestes a abrir a porta de uma das cabines e corri até ele, o empurrando contra o local e fechando a porta atrás de nós. Eu sabia que esse pequeno momento iria gerar uma fofoca e tanto pela escola, mas eu estava pouco me importando.

- Você é louco, Tampinha? – ele esbravejou, com o maxilar travado e o cenho franzido.

- Eu que pergunto, seu idiota! – o empurro, fazendo ele cair sentando no caso sanitário. – O que você tinha na cabeça quando violou o carro de Andrew? Pelo o que eu saiba, eu nunca meti nenhum de seus amigos nesse jogo!

- Quem te garante que fui eu que fiz isso?! Você nem tem provas e fica me acusando. – ele levantou-se.

- A tinta no carro era verde, Styles. Verde. – falei. – Você é tão previsível que as vezes dá pena, ainda mete a sua cadelinha no meio!

- Cadelinha? – ele perguntou, confuso.

- Não se faça de burro uma hora dessas. A Taylor, óbvio! – respondi, revirando os olhos e ele começou a rir, ou melhor, gargalhar. Teve até que se sentar no vaso para controlar o riso. Que merda é essa?

- Você tem ciúmes dela? – ele perguntou, depois de controlar a sua crise de risos.

- O quê? Isso não tem nada ha-...

- Cala a boca, Tomlinson. – ele cortou-me, levantando-se novamente e aproximando-se do meu corpo. – Eu sei que você sente. No dia do refeitório, você jogou a bandeja nela logo após nós termos nos beijados. Sem falar em toda a vez que eu te pego nos olhando quando eu estou junto com ela.

Eu empurrei-o, fazendo-o cair sentado no vaso mais uma vez, só que gargalhando dessa vez.

- Pare de excretar pela boca e admita logo que foi você que fez!

Ele arqueou a sobrancelha e sorriu de lado:

- Se é o que a madame quer, fui eu sim. Mas não era a Taylor me ajudado e nem foi por causa desse nosso jogo. – ele disse, sério. – O que Andrew fez no passado foi desumano e eu quis que ele pagasse pelo o que ele fez.

Ele saiu da cabine e o banheiro masculino já estava completamente vazio, o que indicava que as aulas já haviam começado.

- O que ele fez? – perguntei quando Harry já estava prestes a abrir a maçaneta e sair do banheiro.

- Ele tentou resolver um problema, da pior maneira possível. – ele disse e então saiu, deixando-me sozinho. Eu não tinha para onde ir já que já haviam passado mais que 10 minutos após os sinais baterem, então apenas me encostei naquela parede imunda e suspirei, pegando o celular do meu bolso e indo atrás de algum jogo idiota para passar o tempo até a segunda aula começar.

Fiquei uns 15 minutos jogando até que a porta do banheiro foi aberta e meu olhar se dirigiu para a figura estática na entrada.

- Louis Tomlinson matando aula? Acho que é o apocalipse! – o garoto com piercing nos lábios e o cabelo loiro escondido pelo boné disse.

- Seu rosto não me é familiar... – comentei guardando o celular e tentando me lembrar onde eu tinha visto aquele garoto. – Já nos conhecemos?

- E como. – ele deu um sorriso malicioso, se aproximando e se sentando ao meu lado, no chão. – Por que está sentado no chão?

- De onde nos conhecemos?

- É mal educação responder uma pergunta com outra pergunta. – ele tinha um sorriso brincalhão nos lábios. – Mas eu vou lhe responder do mesmo jeito. Nos conhecemos na festa de sexta passada. Sou Luke.

Suspirei, colocando o rosto entre os meus joelhos. Ele tinha que lembrar-me logo dessa festa?

- Eu estava bêbado.

- Eu tinha percebido. – ele sorriu. – Mas foi bem legal conhecer o seu outro lado.

- Oh Céus. – revirei os olhos, corando. – Nós transamos?

- Não. – ele gargalhou. – Mas se você não tivesse me largado na pista de dança talvez isso poderia ter acontecido.

- Desculpe-me...? Eu acho. – olhei para ele, que tinha os olhos azuis brilhando em minha direção. – Se eu não tivesse bebido, talvez não tenha feito nós dois passarmos por essa situação constrangedora.

Ele sorriu. Não tive como não admitir que seu sorriso era lindo.

- Eu também preferiria que você estivesse sóbrio. – eu acabei rindo com ele. – Tem planos para amanhã à noite?

Estudar.

- Não. – eu poderia burlar um pouco as regras, mais uma vez.

- Quer sair, então? Podemos ir assistir um filme ou ir em uma pizzaria... – ele disse, com um olhar envergonhado. – Você pode chamar alguns amigos caso não ser muito estranho apenas nós dois.

- Não, vai ser legal, só nós dois. – eu corei na última parte e ele sorriu, carinhoso.

- Pego você às oito?

- Sim. – respondi. O sinal bateu e ele levantou-se do chão, estendendo a mão para me ajudar a levantar também. Saímos do banheiro e ele se despediu com um beijo na testa e um "vejo você mais tarde", depois cada um foi para a sua aula.

Agora eu só teria que passar pelos meus pais... E por Niall.

Game On // Larry StylinsonTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang