Capítulo 06 - O que é o amor?

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Chegamos em casa eufóricos, riamos muito descontroladamente, aquele nó preso em nossa garganta por todos os dias de nossa vida foi desfeito com a força de um beijo. Subimos as escadas juntos e tentando manter o silêncio apesar da euforia, pois mamãe dormia, entramos no mesmo quarto e ficamos ali abraçados na mesma cama, lembrando da nossa vida, dos nossos sonhos, dos nossos desejos.

Ele sentou-se ao meu lado, pegou o seu violão e começou a tocar uma daquelas canções bobas, mas que fazem todo sentido quando se está sozinho com alguém, enquanto fazia isso, ele acariciava meus cabelos, me fazia rir e chorar ao mesmo tempo, aquilo só podia ser um sonho. Eu sabia, em algum lugar dentro de mim, que ele jamais me rejeitaria, que ele nunca me deixaria, mas nunca imaginei que iríamos estar juntos ali da forma que sempre quisemos, esse amor dói, pensei mais uma vez, quando senti meu coração ser atingido por uma dor lancinante, eu olhava os olhos dele, eu ouvia sua voz suave, nos beijamos mais uma vez, com mais força, mais vontade, mais desejo e então descobrimos o que era o amor.

Felipe tirava minha camiseta, como se estivesse tirando um plástico do fogo, com delicadeza e vagareza, ele tirava minha roupa e via minha pele arrepiada, fiquei só de cueca e rimos daquela cena íntima tão esperada, depois foi minha vez de tirar as peças dele, peça a peça, sua pele arrepiada os sorrisos sinceros, os gestos a delicadeza que só um ato de amor pode ter, sem cuecas ambos, estávamos desejáveis, lindos, e potentes, éramos ambos apaixonados, me deitei de bruços e deixei com que ele fosse meu pela primeira vez, eu não tinha dúvida alguma que era aquela dor que eu iria sentir, que era aqueles sussurros que invadiriam meu ouvido quando ele me penetrasse, seu pênis estava em mim, éramos um só como sempre sonhamos, íntimos e únicos, como todos sempre pensaram, ele entrava e saía de mim e eu só podia agradecer por aquilo tudo, existia carinho, força, vontade, uma sede enorme. Eu e ele éramos um só, suados e felizes, ele então vibrou ao gozar em mim.

Dormimos abraçados, de conchinha, rindo como bobos, quase patetas, diante da realização amorosa, ele me apertou com força contra o corpo dele:

- Você não vai escapar daqui nunca mais.

- É só o que eu quero.

Eu disse emocionado.

- EU TE AMO! –ele disse.

Aquelas palavras penetraram em mim como a força de um tufão, eu o amava com uma força quase abrupta:

- EU TAMBÉM TE AMO MUITO – disse beijando-o.

Depois de enxugar uma lágrima que escorria em seus olhos, ele me disse:

- Eu seria capaz de morrer por você.

Poderia ser um conto de amor desses antigos e cheios de idealizações amorosas, mas era um conto de amor desses modernos, onde homens beijam homens, e eles podem se amar eternamente, amarem-se sem apenas desejar o sexo, ou a libido, amarem-se no sentido literal do amor, o amor verdadeiro escrito com letra maiúscula, era esse o tipo de amor que sentíamos.

Corpos Colados (Romance Gay)Where stories live. Discover now