The hardest goodbye.

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As mensagens não paravam de chegar. Era uma atrás de outra, sem parar! 

"Não cometa o mesmo erro que sua namorada." 

"Cuidado com o trânsito!"

"Fique atenta à estrada." 

(...)

Regina estava extremamente irritada. Parou bruscamente o carro na berma da estrada. Pegou no celular e discou o número de Lily. 

- Sim, Regina? 

- O que você quer? 

- Eu quero tudo. - Ela falou com certa tirania em sua voz. - Quero tudo o que a Emma tem e eu não! 

- O que a Emma tem que você não tem? - Regina ia ficando cada vez mais fria.

- Emma tem uma família, uma namorada, um filho, um emprego decente, ela é feliz, entre outras coisas. Mas bem, o filho eu já tenho, só preciso do resto! 

- ONDE ESTÁ O HENRY? - A morena explodiu. 

- Oh, Henry? Ele está aqui comigo. - Ela deu uma pequena risada. - Estamos prontos para ir para Nova York! Diz oi, Henry! - Um "mãe, me ajuda" foi ouvido ao longe. 

- VOCÊ NÃO O VAI LEVAR PARA NOVA YORK! EU VOU TE MATAR QUANDO EU VIR VOCÊ! 

- Calma, Regina... temos de ser calmos, não entendo porque está gritando comigo... - A serenidade na voz de Lily despertava ainda mais nervos em Regina. - Você pode ficar com o Henry... MAS... você vai ter que vir até nós... Quando o fizer, nem você nem Henry vão voltar para Storybrook. Caso contrário, a Emma morre direto. 

Regina engoliu em seco. Tentava segurar as lágrimas que queriam desesperadamente sair de seus olhos. Ela pensou. Mas era o filho dela, pelo amor de Deus. Regina tentou se recompor. 

- Tudo bem. Eu faço. - Ao aceitar o acordo, foi como se ela tivesse alvejado a ela própria. Um sentimento, cujo palavras não são capazes de descrever, apoderou-se dela. 

- Então, eu e o Henry estamos partindo agora. Vamos esperar por você no antigo apartamento do... como ele se chamava? Neal? É isso. 

- Como você sabe isso? 

- Eu sei de tudo, Regina... de tudo mesmo! Não acha que revelar meus métodos seria uma coisa idiota de se fazer? Boa sorte pra chegar aqui! - Ela riu novamente e desligou a chamada. 

A morena queria morrer. Ela não queria acreditar no que havia feito... ela iria ter que abandonar Emma, e principalmente tirar-lhe o seu filho, e isso estava acabando com ela, estava matando ela aos poucos. Regina pensou, e chegou a uma conclusão de que ela tinha que dizer adeus. Ela tinha que ver Emma pela última vez. Ela pegou no seu próprio celular e discou o número de David.

- Oi! - David atendeu.

- Vocês ainda estão no hospital? 

- Não, voltamos pra casa... 

- Ela já acordou? - A voz da morena estava trémula. 

- Não... lamento... 

Houve silêncio por alguns segundos. 

- Regina? - David estranhou a falta de diálogo. 

- Não me odeiem, ok? Obrigada por tudo. - Regina desligou a chamada. Agradeceu por os Charming não estarem no hospital, pois iria tornar a despedida muito mais fácil. 

A morena voltou ao hospital. Felizmente era hora das visitas. Regina entrou no quarto de Emma, que estava deitada serenamente em sua cama de hospital, tapada com alguns lençóis e repleta de fios, tubos e máquinas em sua volta. Regina se sentou numa pequena cadeira perto de Emma. Ela apenas a encarou por uns segundos, e cada vez se sentia pior...

- Desculpa por tudo, Emma! Foi tudo minha culpa. - Ela sussurrava e soluçava. Ela queria poder beijar a loira, ali mesmo, como um beijo de despedida, mas era impossível. A quantidade de tubos e fios não permitiam. - Eu não posso ficar aqui por mais tempo... a viagem para Nova York são 4 horas, então... - Regina deu uma risadinha fraca. - Nem sei porque estou te dizendo isso... afinal você sabe melhor que ninguém... Eu lamento imenso Emma... - Regina começou a chorar descontroladamente. - Eu... EU TE AMO EMMA SWAN! ME PERDOA POR TUDO! POR TODO O MAL QUE EU TE CAUSEI! POR TUDO O QUE EU NÃO DISSE! POR TUDO O QUE... EU TE AMO MUITO EMMA! NÃO MORRA! SE VOCÊ MORRER.... eu te mato... - Regina perdeu as forças. Ela não aguentava mais estar ali. Ela saiu rapidamente do quarto, sem olhar novamente para Emma. Ela queria se lembrar da loirinha com um sorriso na cara, divertida, feliz, e não assim, em coma, ligada a máquinas, sem reações. Talvez nem ouvindo nada. Num sono profundo.

A morena estava novamente de volta o carro. Ela lacrimejava e estava completamente perdida, devastada. Ela não quis pensar, apenas ligou o carro, e começou seu caminho até Nova York. 

"Como dizer adeus pra alguém que você nunca imaginou sem? Eu não disse adeus. Não disse nada. Apenas fui embora."

X


*Então, este capítulo era suposto ter sido muito mais longo e tals, mas gente... eu não estava me aguentando. Em minha cabeça, esse capítulo estava sendo uma coisa realmente devastadora... eu estava sofrendo e tou chorando até agora... x'D 

Enfim, espero que tenham gostado, até o próximo! :3*

The Bottle GameWhere stories live. Discover now