Capítulo 15

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"ESSA OBRA PODE-SE ENCONTRAR ERROS E TALVEZ FRASES SEM SENTIDO. ESTOU REPOSTANDO IGUAL FOI ESCRITA HÁ ANOS ATRÁS E SEM REVISÃO! ENTÃO NÃO RECLAMEM COM OS ERROS PRESENTES!"

CAPÍTULO 15

Nunca fui com a cara do escuro, não que eu tenha medo ou algo assim. A questão é quê: escuro envolve cegueira e cegueira envolve Elise de quatro no chão.

O escuro é meu inimigo e se já com o claro tenho três pés, imagina no escuro? De três, passa pra cinco. Eu perco os sentido dos meus pés e eles chamam algo para cumprimentar, amáveis não acham?

Entro com cuidado e tento andar no meio desse breu, claro que meus adoráveis pés queriam cumprimentar e deu um belo olá para algo duro pra caramba.

— Merda! — resmungo segurando a dor dos meus dedos.

Ouço um gemido e travo na hora parecendo uma estátua com medo dele acordar. Claro que a tinta verde não foi esquecida e darei o troco, vejo uma fresta de luz em um canto e vou até ela "até parece aquela cena de uma luz no fim do túnel", quase isso, só que em vez de túnel é cortinas.

Dou alguns passos e tropeço em outra coisa - que bosta de quarto cheio de objetos querendo ser apresentados - respiro fundo e finalmente chego nas cortinas, puxei com tudo e uma luz violenta atinge meus olhos - deixa de ser burra Elise - quase cega eu me viro para o pentelho que dorme como um verdadeiro anjo, mas sabemos que de anjo essa peste tem nada.

Eu pretendia amigavelmente ao acordar o pentelho, mas não ocorreu como eu imaginava. Antes de chegar na cama, eu acabei tropeçando novamente em um porta CD's que tinha ao lado da cama, a coisa de madeira balançou e antes que eu pudesse salvar, ela foi fazendo CD por CD cair e logo a merda foi junto fazendo um barulho alto e assustando o coitado que dormia. Vejo ele dar um pulo na cama e então um BUM alto seguida de seu gemido de dor. Eu seguro a risada, pela primeira vez desde que proclamei guerra com essas pestes não foi intencional fazer algo, mas deve ter valido como troco pela tinta verde.

— Bom dia, Pentelho! — Abro meu melhor sorriso quando paro na sua frente, ele me olha com cara de confuso e assustado e se levanta ainda cambaleando.

Que dor, sua bunda deve estar doendo nesse momento, tenho pena dele.

— Que merda acha que está fazendo? — Ele pergunta irritado.

— Eu o pretendia acordar, mas não era assim que queria que as coisas fluíssem. — falo sincera e seguro a risada quando o vejo esfregar o bumbum.

— Você é desse tipo, acha certo acordar uma criança assim? — ele aponta o dedo muito irritado comigo.

Além de chato e trambiqueiro, o pentelho acorda de mal humor, sem responder apenas o olho. Cruzo os meus braços e respiro fundo, mamãe dai-me paciência com essa criatura, olho ao redor do seu quarto e vejo a bagunça.

Coitada da Cobrine, em ter que arrumar isso, agora entendo o motivo de ter cumprimentado tantos objetos, o quarto é sucata pura! E vejo o que havia procurado ontem no meu quarto e não achar ao saber do castigo dos dois.

Tem alguns posters de carros e bandas de rock, ao que parece temos um roqueiro na turma pessoal, vejo uma guitarra no canto da parede perto da bagunça que fiz com os CD's e um violão pendurado na parede perto dos posters, uma escrivaninha com alguns objetos e porta-retratos em cima, e várias roupas pelo lixão do quarto.

— Ei, estou falando com você, sua...

— Se eu fosse você, calava a boca e nem ousava terminar essas palavras, não sou cadela para merecer tais palavras e comportamento seu. — digo dando as costas e andando até um canto do quarto onde tem uma cadeira e algumas roupas por cima, tiro as roupas e encontro minha única relíquia!

Uma Babá Inexperiente - Indisponível em SetembroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora