Uma Babá Inexperiente - Indisponível em Setembro

Capítulo 52

"ESSA OBRA PODE-SE ENCONTRAR ERROS E TALVEZ FRASES SEM SENTIDO. ESTOU REPOSTANDO IGUAL FOI ESCRITA HÁ ANOS ATRÁS E SEM REVISÃO! ENTÃO NÃO RECLAMEM COM OS ERROS PRESENTES!"

OS NOMES ENTÃO SEM REVISÃO!

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  Olho para o mar perdida em pensamentos, aqui me trás paz. Respiro fundo e fecho os olhos. Tenho que voltar a Nova York, não posso esconder algo tão importante para o Dante. Será que ele vai me odiar? Ou ele vai gritar comigo? Não quero imaginar o pior, não quero ver nada de ruim em seu olhar. Abraço meus joelhos e encosto meu queixo em cima, não será nada fácil, nunca passei por isso, não sei nem o que vou fazer.

  Depois que disse a Jaqueline que achava estar grávida, ela me garantiu que depois me traria um teste de gravidez, e que se ainda estiver na dúvida, iríamos fazer um teste pelo sangue. O teste de farmácia deu positivo, marcamos um horário na clínica e não tem duas horas que fui pegar, agora de frente ao mar eu penso em como minha vida mudou. Tantas coisas acontecerem em poucos meses e agora estou aqui, grávida de um mês e alguns dias e com medo do Dante me rejeitar.

- Sua prima me disse que estaria aqui!

  Abro os olhos assustada e não acredito em quem vejo a poucos metros de mim. Ele vem devagar como se não quisesse me assustar e se senta ao meu lado, aperto mais o papel com a palavra positivo na minha mão.

- Como me achou, Tony?

- Uma vez, quando estávamos conversando no sofá da sua antiga casa, você me disse que se um dia fosse fugir, você viria na casa da sua tia, pois não fez o certo da primeira vez e queria fazer da segunda, fazer sua vida se encaixar.

  Engulo em seco e por pouco me permito chorar, nem eu me lembrava dessa conversa. Tony tinha me perguntado para onde eu iria se um dia me sentisse sufocada. Então desabafei e respondi: " Para casa da minha Tia, deveria ter ido para a casa dela da primeira vez e não fiz, fingi que não tinha mais família, então se um dia isso acontecesse, eu iria pra casa dela, e encaixar minha vida."

- Suponho que a Joy não queria te dizer onde estava.

- Sim, ela disse algo que concordo. -- ele suspira e olho pra ele, ele me encara triste. -- Fui uma merda com você, eu fugi de dizer a verdade, de te apoiar, de estar presente. Agi como um namorado ciumento mesmo não sendo, não apoiei a minha amiga, não te ajudei quando precisava. Fui um imbecil e agora vejo a merda que fiz, então vim aqui te pedir perdão e dizer que não vou te julgar ou agir por impulso, vou te apoiar e ser o amigo que sempre fui para você.

   Engulo em seco, Tony não é do tipo que corre atrás e pedir perdão, se ele acha que não é necessário, ele vai embora sem se importar se vai ou não magoar alguém. E agora, o vendo aqui ao meu lado pedindo perdão e arrependido, posso perceber o quanto ele me ama, sim, Tony me ama. Ele sempre foi meu amigo, meu irmão. Quando estava em São Paulo, com um emprego arranjado pela Joy no shopping, eu conheci a pessoa que se tornaria mais importante na minha vida. Mesmo eu não contando no começo o que me aconteceu, o que o Eduardo e a Milena fizeram comigo, ele sempre esteve ao meu lado. Claro, ele não era presente, mas vivíamos tendo contato pelo celular, chamadas de vídeos, tudo que nos conectassem. Tony foi o irmão que nunca tive, e mesmo eu querendo o odiar, eu não consigo. Sempre o perdoo, pois não quero perder alguém que é da minha família, Tony e Joy, são os irmãos que não trocaria por nada, e haja o que for, eu nunca seria capaz de os odiar, pois para mim, família é mais importante. Mas eu fracassei com outras pessoas, fracassei com aqueles que mais precisam de mim ao lado.