Capítulo 18

892 63 1
                                    


Rapidamente Anahí retirou a camiseta molhada. Alfonso engoliu em seco ao vê-la apenas de sutiã. Os olhos dele fixaram-se nos seios fartos dela, passou a língua nos lábios. Anahí sentiu-se quente ao notar o olhar desejoso de Alfonso sobre o corpo dela. Jamais deixaria isso transparecer a ele, ajeitou-se no banco puxando o cinto e olhou fixamente para a frente, observando a chuva que caia.

Alfonso ficou alguns segundos ainda a admirando, depois ligou o carro e em poucos minutos chegou em sua casa. Logo que estacionou em frente a pequena casa dos Herrera. Pela janela Anahí observou que se tratava de uma casa humilde, bem simples, com as paredes de um aspecto velho e a tinta meio desbotada, um pequeno jardim a frente, um belo gramado. Ele desceu do carro, deu a volta e abriu a porta do carona, já com o guarda chuva aberto para que ela não se molhasse.

Anahí mal entrou na casa e foi recebida com um abraço caloroso de Luiza, que ficou feliz em ver a loira ali. Abaixou-se para ficar da altura da menina e a abraçou mais uma vez.

- O que essa garota faz na minha casa? – Helena perguntou demonstrando arrogância em seu tom de voz. Ela estava parada na entrada da sala, com os braços cruzados sobre o peito, com o peso do corpo apoiado na perna esquerda. Anahí soltou-se do abraço de Luiza e levantou-se. Alfonso estava de costas para a mãe, observava a irmã e Anahí, virou-se imediatamente ao ouvir a voz fria e áspera da mãe.- Eu lhe fiz uma pergunta Alfonso! O que essa garota faz aqui? – ela arqueou uma sobrancelha, trocou o peso do corpo de perna. Alfonso respirou fundo.

- Essa garota se chama Anahí, e ela vai passar a noite aqui! – respondeu impaciente.

- Em minha casa não!

- Vem Any, vamos até meu quarto! – falou pegando na mão dela e a puxando.

- Não pense nisso Alfonso! – disse barrando a passagem dele na porta que ia para os quartos – Nunca permiti que levasse uma garota no seu quarto e não será agora que vou permitir. Ela que vá para casa dela, deve ser muito mais luxuosa. Como pode ver aqui é tudo simples – ergueu as mãos mostrando o local.

- Creio que seu filho já é bem grandinho para decidir o que ele faz ou deixa de fazer, não acha? – empinou o nariz e encarou a mulher a sua frente – Ou quem ele leva para o quarto ou não e... – Alfonso tampou a boca dela com as mãos.

- Anahí controle a sua boca, por favor! – pediu e ela mordeu a mão dele.

Rapidamente tirou a mão da boca dela com cara de dor e ela lhe lançou um sorriso cínico. A verdade era que não queria discutir com nada nem ninguém, e arrumar uma briga com a mãe de Alfonso não ajudaria em nada naquele momento.

- Alfonso não temos com o que alimentar mais uma boca. Ela precisa ir embora!

- Mãe...

- Eu não gosto dela, não sou obrigada a aceitar pessoas que não me agradam dentro da minha casa. Ela tem dinheiro, que vá a algum hotel, motel, seja lá onde for. Aqui na minha casa não! – disparou friamente, sem se importar se estaria ferindo Anahí ou não. Não acreditava que de Valéria poderia ter nascido uma boa menina.

- Anahí vai ficar! Essa casa é minha também! – parou em frente a Anahí e encarou a mãe – Goste ou não a senhora vai ter que aceitar a Any aqui hoje! E quanto a comida dona Helena, não se preocupe, Anahí comerá a minha parte. Não me importo em ficar sem jantar! – olhou friamente para a mãe, passou por ela esbarrando e puxando Anahí. Assim que entraram no quarto, ele trancou a porta a fim de impedir que a mãe lhe interrompesse. – Vou separar algo pra você vestir, tomar um banho... – disse carinhosamente e ela assentiu. Alfonso foi até seu guarda roupa, separou uma camiseta azul e um short de malha, com certeza tudo ficaria grande nela, mas ajudaria ate a sua roupa estar seca. Ele lhe estendeu as peças e quando ela tocou em suas mãos para pegar a roupa, Alfonso a puxou contra si.

A Arte do CoraçãoWhere stories live. Discover now