Drácula Begins IV

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O conde não soube explicar o que aconteceu com ele, mas ao olhar de perto o padre, já não estava mais ali, e sim em outro lugar, uma floresta, de dia cercado de outras pessoas.

Só sabia que precisava fugir dele, antes que morresse de novo.

Morrer de novo?

Pensou confuso, já longe da igreja, em cima de algum telhado desabitado, suando frio e tremendo.

Meio desorientado, sua mente estava confusa, os pensamentos sem ordem e nexo, flash de florestas desconhecidas passavam e sua e mente e principalmente aquele rosto lindo, o rosto do padre.

Não sabia dizer como havia chegado ao castelo, e pela primeira vez, entrou pela mesma entrada que o Louis, não teve força para dar impulso até a torre.

O servo o achou deitado nas escadas que davam acesso à torre, e o ajudou a chegar até o seu caixão.

Seu sono foi uma continuação de suas visões, tiros, festas, castelos habitados, floresta, Liam e o padre.

Despertou quando o sol se pôs, mas nem saiu do caixão, seu corpo queimava de febre, como se fosse um humano frágil e isso o enfureceu.

- Liam? Onde está? Cadê o Liam?_ perguntou com a voz trêmula.

Louis negou com a cabeça e deixou a vítima desacordada do conde no seu quarto e saiu, seu senhor podia estar febril e delirante, mas mesmo assim não queria provar de sua ira.

Quando chegou até a sala onde o vampiro costuma ficar em dias normais, se assustou, havia um vampiro parado na janela olhando para o lago abaixo.

- Quem é você?_ perguntou já pegando uma tocha da parede.

- Então já sabe que o fogo também nos mata?

O servo não respondeu nada, apenas o analisava, se perguntando o que ele queria e temendo pelo seu mestre fraco, sabia que essa região só podia ter um senhor dos vampiros, e essa posição era cobiçada, mas não ousavam desafiar o atual, pois ele era muito mais forte e velho que eles. Porém, fraco como estava, era um perigo.

- Não se preocupe criança._ falou com uma voz terna, acalmando o Louis, que mesmo sabendo que estava sendo forçado a ficar calmo, não conseguiu evitar, pois estava sendo compelido a isso._ Eu não vim machucá-lo, somos amigos, seu mestre e eu. Onde ele está?

- Eu não vou te falar. Nem obrigado._ falou num ato de ousadia.

- Niklaus..._ Louis ouviu a voz de seu mestre e se postou em sua frente.

- Se esconda. Você está fraco para se proteger.

- Meu doce e fiel Louis, não se preocupe, ele não me fará mal, agora nos deixe._ falou caminhando devagar em direção ao estranho e o abraçou e só assim, Louis deixou a sala.

- O que faz aqui? Já cansou de percorrer o mundo?_ perguntou sorrindo fraco pra ele.

- Sente-se, você não parece muito bem._ disse preocupado, o ajudando a chegar até a cadeira._ O que houve?

- Não sei... Desde ontem venho tendo visões, alucinações, sonhando dormindo e acordado com as mesmas coisas. Vampiros têm febre? Adoecem? Isso é impossível, eu sei, mas estou tendo, está acontecendo.

- Sua memória deve estar voltando, e não, não adoecemos, mas como nosso corpo funciona quase como o de um humano, não acho impossível termos febre. O cérebro é um membro poderoso e o seu deve estar em choque, não se preocupe, você ficará bom logo._ falou apertando sua mão.

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